UM ABRAÇÃO A TODOS AS MÃES
Ida Maria - Minha querida mãe biológica |
Era uma noite de
quarta-feira. Ainda era cedo, eu não estava me sentindo bem, uma falta de ar
terrível e uma dor no peito. Nada de
aflição e nem estresse, apenas cansaço em razão do dia corrido de trabalho que
deixa o corpo e a mente acelerados e ainda assim, ao fim, a gente acha que nada
aconteceu e está faltando algo. Confesso minha cabeça não anda muito boa, sinto
que o vírus que me tomou na semana passada causou pane no meu sistema e me
desconfigurou e ao poucos me reprogramo, me reorganizo, me reconstruo. Aliás, este poder de reconstrução e recomeços
herdei de minha mãe Ida Maria Soares da Silva. Reconstruir-se quantas vezes
forem necessárias, sempre.
Mãe Marlene (mãe do coração) |
Está no meu D.N.A, assim como tantas outras coisas
boas à mim repassadas no ventre e trabalhadas ao longo do tempo, que não foram
perdidas, mesmo que haja opressão e injustiças. Naquela noite de quarta-feira,
fui até a janela e fiquei observando o céu e seus astros e como o E.T de Steven
Spielberg, senti vontade de ir para casa. Voltar para o ninho, para o colo. A
gente no final sempre volta. Não tenho vergonha de dizer isso, de forma alguma,
pois colo de mãe não tem idade, nem dia ou hora, pois a ligação entre mães e
filhos é tão misteriosa e mágica, por isso é eterna.
Minutos depois ainda
contemplando os astros vejo o celular tocar
e adivinhem quem era para me confortar naquele momento?
- Meu filho, como você está?
Ela perguntou.
- Estou bem, mãe. E aí em
casa tudo tranqüilo?
Perguntei, pois não é comum
ela telefonar durante a noite para mim.
- Somente liguei para dizer
Te amo, me deu um aperto no peito e uma saudade imensa do meu menino.
Mãe Ivone (mãe do coração) |
Então, daí, nós conversamos
sobre tantos outros assuntos. Remexemos no baú da memória e aquecemos nossos
corações saudosos ao compartilharmos histórias.
Naquela noite, mais uma vez,
o universo me provou que há um eterno cordão umbilical invisível, místico,
mágico, imortal, extraordinário entre mães e suas crias. Elas sentem, advinham,
prenunciam, onde quer que elas estejam e sabem quando estamos precisando de um
simples “oi” ou ouvir pelo menos uma voz familiar.
Minha mãe, certamente, a
primeira mulher que vi, após abrir os olhos naquela madrugada do ano de 1976.
Minha Mãe, aquela que já me conhecia mesmo antes de eu nascer. Minha Mãe,
aquela me
embalou no berço e ensinou a pentear os cabelos, amarrar os cadarços
dos sapatos, as primeiras noções de higiene e do que é certo e errado. Minha
Mãe, aquele que me gerou, cuidou e me nutriu. Minha Mãe, aquele que defendeu
minha honra, ainda quando nem sabia o que era isso e me ensinou que o melhor
caminho é do bem. Minha Mãe, aquela que me criou com princípios morais básicos,
sempre me lembrando desde pequeno que mães, pais, professores, avós, tios,
vizinhos, eram autoridades dignas de respeito, de consideração e que desejar ao
próximo um bom dia, uma boa tarde ou uma boa noite são vitais para se iniciar
qualquer conversa, tornando-a amistosa e até agradável. Minha Mãe, aquela que
me contava histórias fantásticas e notícias de jornais. Minha Mãe, aquela que
me levava pelas manhãs, quando criança, para escola e nas tardes, me ajudava no
dever de casa. Minha Mãe, aquela que pegou na minha mão, por várias vezes, para
que eu pudesse aprender fazer as letras do meu nome e me levantar todas as
vezes que eu caísse, inclusive até hoje. VEJA A MATÉRIA COMPLETA E MAIS FOTOS, CLICANDO ABAIXO.
Eudineia e Emanuel |
Eudineia, Vitória e Vida |
Minha Mãe, aquela que ainda, em tempos
de e-mail, me escreve cartas, postadas no correio e diz: “Para você não
esquecer a letra de sua mãe”. Minha Mãe, aquela que sempre torceu pela minha
felicidade sem medir esforços ou lágrimas. Minha Mãe, aquela que vibrou de
alegria com cada feito meu ou notícia boa ocorrida na minha vida, mas também é
a mesma que sofreu todas às vezes que fiquei doente e com cada tristeza minha
ou sensação de fracasso, porém, me ensinou a rir, a superar, a virar a página,
a reconstruir-se toda vez que fosse preciso, lembrando-me que existe jeito para
tudo, menos para a morte. Típica frase de Mãe, né!
Minha Mãe, aquela que ralha,
briga e me chama atenção todas as vezes que mereço, mas também, me acolhe, me
embala e me ama intensamente todos os dias da minha vida. Minha Mãe, que me
ensinou a ter disciplina e respeito pelo próximo, contudo, ser impiedoso diante
das calúnias e injustiças. Minha Mãe, que me ensinou brincar, ter amigos,
conservá-los, não ter preconceitos, respeitar a natureza e tudo que Deus
colocou em volta. Minha Mãe, aquela que me ensinou olhar para o céu e acreditar
na existência de um Pai, todo poderoso, criador de todas as coisas e que não há
oração sem resposta.
Minha Mãe, sem dúvida, é
minha melhor memória, crônica, conto e declaração de amor.
E aí surgiu a crônica da
semana. Por que não fazer uma homenagem às mães da cidade de Rurópolis? Cidade
esta que me acolheu como filho, assim como tantos outros que de longe vieram.
Então, eu fui à busca de histórias sobre essas mamães ruropolense. Ficou
impossível escolher apenas uma ou algumas, já que todas são encantadoras,
especiais e únicas, seria uma injustiça e muito deselegante da minha parte não
publicar todas. E nesse caminho, tive a honra de encontrar mães tão
maravilhosas e acolhedoras dotadas de amor imensurável e afetos desmedidos,
incontidos e infinitos por seus filhos.
Erika Sousa e Yasmim |
Regilene e Maria Raimunda (mãe) |
Resolvi propor a elas, com intermédio
de uma assessora “ad hoc” (nomeada para aquele ato), para que me enviassem suas
fotos em família, pois, dessa forma conseguiria homenageá-las na crônica da
semana. Nossa! Fiquei impressionado e muito feliz com o resultado e com a
credibilidade depositada naquilo que escrevo e compartilho. Foram muitas fotos
a mim encaminhadas via WhatsApp, facebook e e-mail.
Elizangela Guedes e Bianca |
ADIVINHA QUEM É A CRIANÇA |
Curioso foi uma senhora que
me perguntou assim:
- Doutor, mãe de criação
também pode participar? Vale?
Aquela pergunta feita me
emocionou tanto que respondi no ímpeto, sem me alongar:
- Claro que vale, sem
dúvida, Mãe é Mãe sempre, não somente as biológicas, mas também aquelas de alma
e coração. Todas são mães, sem exceção.
Silvia e Elaine |
Silvia e Karine |
Certamente, todas vocês,
independente de como este laço afetivo nasceu, são e serão sempre as melhores
memórias, crônicas, contos e declarações de amor escritas nos corações de seus
filhos.
Foram tantas fotos de filhos
com suas mães e vice-versa recebidas que me afasta qualquer escolha ou
predileção até a minha história com minha mãe, nesta crônica, ficou difícil de
terminar, aliás, sempre será interminável, sempre será para sempre, assim como
tantas outras a mim enviadas.
Berenice, Yan e Yago |
Raimunda Nonato e Gabrielly |
Agradeço a todas as mamães e
seus filhos pelas fotos e mensagens enviadas, algumas delas me chamaram até de
“meu filho”. Que honra! Muito obrigado por vocês terem embarcado na fantasia
proposta por mim, Só mesmo sendo coisa de mãe. Ah, Helder Marinho adorei a foto
assim que eu encontrar com a minha vou fazer uma igualzinha. Eu morri de
inveja. Para o colo de mãe a idade é atemporal.
Para finalizar, compartilho
com vocês o poema “Mães”, que encontrei guardado nos meus arquivos, entretanto,
a autoria ainda me é desconhecida, mas isso, não lhe tira a emoção. Um beijo a
todas, fiquem com Deus e até semana que vem. Feliz dia das mães.
Tatiane e Maria Gabriele |
Cícera e Acliciane |
Mães.
Mãe branca, mãe preta, mãe
amarela
Mãe loura, morena ou ruiva
Mãe caseira ou cigana
itinerante
Mãe de todas as raças, de
todas as cores
Mãe que mendiga, mãe que
trabalha
Mãe que freqüenta alta
sociedade
Mãe que é mãe a todo momento
Lucilene e Leilane |
Lucilene, Emilly e Karolayne |
Sem importar condição social
Mãe é só uma palavra que soa
Como favos de mel dentro da
boca.
Mãe guerreira, mãe preciosa
Mãe zelosa, preocupada
Mãe cozinheira, lavadeira,
até catadora
Mãe empresária,
industriaria, comerciaria
Mãe dona de casa, madame ou
empregada
Mãe que luta com todas as
garras
Marcilene França e Maria Clara |
Lidia Lima e Layza |
Mãe que batalha por um
bem-estar
Por querer muito para o seu
filho ou filha
Que sempre tenha em seu
mundo
Momentos de muita paz e amor
Com um crescimento interior
Que o faça um alguém nesta
vida.
Mãe biológica, mãe adotiva
Mãe que reza, que abençoa
Mãe que perde noites de sono
Mãe que ensina a ler e
escrever
Simone Tsuji e Lucas |
Rute Alencar, Sayla e Eduarda |
Mãe que nos mostra o que é a
vida
E o caminho certo a
percorrer
Mãe que é Pai em sua
ausência,
Pai que é Mãe em tempo
integral
Como o substituto adequado
Sem ter medo de ser piegas
Mas por necessidade
primordial
De chegar enfim ao final da
estrada,
Ver seu rebento crescido,
vitorioso
Como um grande ser humano
real.
Sirlane e Lucas |
Ruticleia Tsuji, Amanda e Ayumi |
Mãe que sempre incentiva
A lutar, vencer, crescer
Como gente, ser humano
Sem pisar no semelhante
Procurar ser alguém
importante
Acreditar em Deus, ter fé
Mãe que só pensa no que é
melhor
Mãe que acarinha, que
acalanta
Mãe que bronqueia na hora
certa
Mostrando um caminho para
seguir
Priscilla e Emely |
Lucivania Loiola e filhos |
Mãe que está sempre presente
Em todas as horas
Mesmo que a distância se
faça sentir.
Mãe é mãe não importa onde
esteja
Rutinéia dos Santos e Vinicius |
Não importa o que seja
Nada tira o seu valor.
E por você mãe presente,
onipotente
Que se orgulha por ser mãe,
Por correr atrás do tempo
Tentando suavizar suas
marcas
Por você que é mãe ausente
Manuela Tsuji e filhos |
Aparecida e Paulla |
Mãe que existe só na
lembrança
Que partiu tão de repente
Deixando no ar só a saudade
Eu te faço esta homenagem.
Mãe de todo dia, ano por ano
Mãe, Mamãe, Mãezinha
Mammy do meu, do seu coração
Este é o nome mais lindo
Suave, sonoro, abençoado
Por Maria, rainha de todas
as Mães.
Que Deus guarda com todo
carinho
Bem no meio da palma de sua
mão.
Autoria Desconhecida.
Paula Genuíno e Filho |
Edna Alve e Euzamar |
Sandra Baségio e Isabela |
Marcia e Kadu |
Mirian Albertino e Dayse |
Carla Araújo e Carlos Eduardo |
Livia Gaia e filho |
Sirlane (mãe) e Samara |
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