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Senhor Valdir Burmann e esposa na labuta |
AONDE
ESTA O PROJETO DA AGRICULTURA FAMILIAR RURAL???
O Estado do Pará vem se
tornando um estado agrícola com grande proporção na produção de milho, arroz e
soja. Entre meio a esses, temos a agricultura familiar rural que vem perdendo
espaço para a monocultura que antes tinha como renda para a agricultura familiar
o milho, arroz, farinha e tantas outras que vão para as feiras. A falta de
projetos e tecnologias já levou à agricultura familiar a descapitalização sem
condição de continuar no campo levando a maior concentração de terra na
Transamazônica e Cuiabá Santarém não tem condição de produzir nada em solo
degradado parecem não termos técnicos na região para pressionar as prefeituras,
o governo do Estado, os próprios sindicatos dos trabalhadores rurais não estão
tendo uma bandeira de luta para a agricultura familiar rural. Esperar por uma política
que não consegue resolver os problemas do povo, só conseguirão produzir uma
corrupção generalizada em todos os setores da sociedade, diante a um estado que
só produz a sensação de impunidade, com leis defasadas, um parlamento dominado
pelo espaço da corrupção. A crise política é maior que a crise econômica, falta
espaço para tratar os problemas do povo brasileiro. Se o Brasil pensa que vai
resolver os problemas com futebol e carnaval está enganado. Se nosso parlamento
continuar com esse sono profundo, a vaca vai pro brejo, ainda está em tempo
para o Estado por na cadeia os bandidos que estão na rua e dar sossego para
quem trabalha. É o direito de ir e vir. Não falei nada de mais apenas uma
realidade vivida. Eu tenho um recado para os políticos: só a honestidade vai
salvar o país de tanta crise, o povo sabe, o que precisa é o Estado limpar a
ficha de todos os candidatos, porque na maioria das vezes o eleitor se obriga a
votar em candidatos corruptos seria como escolher em dez raposas uma que não
vai no galinheiro, porque todas vão vamos tirar da mentalidade do eleitor que
ele não sabe escolher, quem não sabe escolher são os partidos, porque o
candidato já vem pronto para o eleitor votar. No parlamento as causas do povo
sofrem a restrição não há espaços os parlamentares não sabem fazer do
parlamento uma prestação coletiva com massa.
Para isso estão lá para
representar e encaminhar soluções e fiscalizar as leis que estão servindo e as
que estão atrapalhando, fazer uma avaliação no projeto ambiental, que vem
amedrontando os agricultores da região em quanto que o projeto não oferece
nenhuma alternativa.
A falta de atenção dos
governos que já se passaram já levou a maior concentração de terra na Cuiabá e
Transamazônica os agricultores que ainda estão resistindo na transamazônica já
estão com suas áreas terras degradadas exigindo correção de solo e tecnologia
mais avançadas, os agricultores que venderam seus lotes não estão mais na
terra, estão nas cidades em busca de empregos que é mais difícil gerando
grandes problemas sociais. As faltas de um projeto que contribui com a nossa
realidade fazem com que acelere a venda de lotes na Transamazônica e Cuiabá
Santarém; não temos um projeto que assegure o homem no campo temos uma
agricultura familiar rural descapitalizada sem meios de produção, ainda é o
fogo, enxada, foice e machado, é ilusão pensar que vamos parar com as queimadas
que são umas dos meios de produção que temos.
Precisamos de projetos com
que venha substituir as queimadas e os meios de produção usados hoje por uma
tecnologia mais avançada, que pode ser buscada através lavoura mecanizadas,
podemos produzir mais com menos terra seguindo a FIDENE, de Porto Alegre. Assim
a Amazônia com uma camada de solo esterilizado com excesso de fertilizantes que
precisa ser corrigido com a prática da mistura do solo e não a prática do fogo,
porque é nesta camada que vive as bactérias, pois são elas que tornam o solo
poroso e fértil para o plantio com a prática do fogo são as bactérias as
vítimas desta prática, conhecida por todos os nossos técnicos, que até hoje
nada fizeram quando se fala em mistura de solo e o arado.
Precisamos de um projeto
diferenciado do grão agro negócio para a agricultura familiar rural que precisa
de tecnologia avançada, sabemos também que internacionalmente é comemorado o
dia internacional da agricultura familiar rural, em 2011 a assembléia geral da
ONU, por unanimidade declarou 2014 o ano internacional da agricultura familiar
rural em quanto que aqui no Brasil nos não comemoramos, ou seja, aqui no Estado
do Pará se vê um Brasil de costa para a agricultura familiar rural não há um
projeto compatível com que o governo diz que a agricultura familiar é
responsável por 70% do alimento que vai à mesa de cada brasileiro.
A agricultura familiar rural
cobra um projeto sustentável para transamazônica e Cuiabá Santarém, ou seja,
para o Estado do Pará.
A falta de produção é
também, a falta de meios de produção que na agricultura familiar rural é ainda
o fogo e a foice, a enxada e o machado com a chegada da tecnologia agrícola e a
monocultura da soja não há como competir agricultores totalmente
descapitalizados sem meios de produção precisamos de uma políticas agrícola que
envolva os agricultores dentro de um projeto sustentável a achatamento da
agricultura familiar rural abre as portas para o processo do avanço
inflacionário os alimentos básicos estão desaparecendo dos mercados precisando
vim de outras regiões do pais tornando-se mais caro inflação é um descontrole
econômico que precisa ser tratado agricultura familiar é uma realidade que
precisa ser tratada com muito cuidado o projeto ambiental não oferece nenhuma
alternativa e a agricultura familiar está ficando cada vez mais restrita a
produzir na região dando lugar á mono cultura uma política agrícola que passe
por dentro de todos os segmentos da sociedade pois todos devem se sentir
responsável pela educação saúde e alimentação transporte saneamento e
segurança.
Precisamos contribuir na
elaboração de uma política que combine com o desenvolvimento e preservação do
meio ambiente implementada pela pequena produção agrícola familiar que as políticas
de crédito comercialização e educação ambiental e fundiária estejam a serviço
da agricultura familiar ao contrário virar mão de obra para o agronegócio o
grande produtor é ilusão pensar que os grandes empresários estejam interessados
na reforma agrária para ampliar o mercado de seus produtos na verdade seu
interesse é produzir apenas para exportação e por um mercado interno restrito
assim a agricultura não atende ao consumidor interno que precisa de alimentos
nutritivos baratos e de fácil distribuição e consumo.
Desta forma os preços ficam
altos e chegamos importar alimentos. Precisamos de projetos que substituam as
queimadas recursos pra fazer a correção das áreas degradadas através de uma
tecnologia que pode ser buscada através de mecanização de lavoura, a
agricultura familiar rural é responsável, por mais de 70% do alimento que vai
na mesa de cada brasileiro, basta o governo se convencer desta viabilidade
econômica e fazer investimentos que atenda as necessidades concretas da
agricultura familiar, ou ganhamos com isso, ou toda sociedade perde.
Valdir
Burmann é um dos agricultores pioneiros na região, veio do sul e hoje reside na
Comunidade São Francisco - Macanã - Placas - Pará.
(Texto de Valdir Burmann para o Blog Sem Polêmica, colocado na íntegra)