Esse
ano de 2016 foi intenso e cheio de reviravoltas. Pelo menos para mim foi assim.
Ora comédia, ora drama, ora aventura, ora romance, ora terror, ora suspense e
muito mistério, mas estes não duram para sempre. Aliás, nada é para sempre. E
de repente, quando vi se foram 365 dias, ufa! Sempre falei a todos que gosto de
finais, eles são tão importantes. Quem diria que no final da trama aquele nobre
plebeu deixou a caverna do dragão e foi parar num castelo!? É...são as reviravoltas
da vida, e haja paciência, haja coração ou aja coração (assim mesmo no
imperativo).
Certa vez, ouvi dizer que as reviravoltas servem para nos sacudir
e nos fazer acordar, mostrar para gente que merece mais, muito mais, mais e
mais. Quer saber? No final tudo valeu a pena. Há um ditado Chinês que diz que a
vida é um jogo de xadrez, e quando esse jogo termina o peão e o rei vão para a
mesma caixa. Legal né! Por isso gosto de finais. E gosto daqueles tão clichês,
bobos, leves, cheio de abraços, beijos e comunhão, isso demonstra que a
história foi bem contada.
Tudo
que é seu, de uma forma ou de outra, acha uma maneira de te encontrar. Há quase
dez anos meu mundo foi chacoalhado e de repente me vi num avião partindo para
uma cidade que não conhecia.
Assustado em vim assim mesmo e encontrei tanta
gente boa, tanta gente bacana, de tantos risos, de tantos abraços, palavras e
afagos que isso fez a minha estadia aqui mais leve, me deu forças para suportar
a saudade de casa, a ausência dos abraços de meus pais, as conversas sem
sentido e despretensiosas com meu irmão, primos, amigos, o humor ácido de minha
avó de 89 anos e o cheiro de meu antigo quarto.
E
fazendo uma retrospectiva, o meu amor pela cidade de Rurópolis e vice-versa
continua o mesmo, intacto, renovado como um presente de fim de ano deixado na
porta com um laço vermelho e um bilhete dizendo: “Te amo”. Eu pude sentir tudo
isso de novo nesses últimos três dias com cada abraço e sorriso recebido das
pessoas que visitaram a UIPP e aqui deixaram comigo o seu melhor.
E é isso que
Rurópolis precisa que deixemos nosso melhor, nosso melhor sorriso, nosso melhor
aperto de mão, nossa melhor versão, nosso amor para com o próximo. Que, em
2017, possamos mais ouvir e enxergar o próximo, e sermos mais tolerantes com as
diferenças.
Recebam
os próximos 365 dias de 2017 como um presente de Deus com uma fita vermelha e
tudo. Como eu gosto de ganhar presente com fitas vermelhas então... Na
antiguidade, as fitas vermelhas possuíam um significado de proteção, onde as
forças negativas não se aproximavam do objeto ali embalado. Eu estava me
lembrando disso num dia desses quando assistia a abertura de uma novela da
globo em que uma fita vermelha se entrelaça entre cenários naturais, fato
este
que foi inspirado em uma lenda chinesa que diz que duas pessoas predestinadas a
ficarem juntas para toda a vida são ligadas por uma fita vermelha invisível e
fatalmente irão se encontrar no futuro, por mais que se afastem.
Pois
é, que 2017 venha embrulhado num belo papel de presente com uma gigantesca fita
vermelha e que todos os nossos próximos 365 dias sejam abençoados, cheio de
fartura, menos violência, prosperidade, amor ao próximo e a vida.
Entre
o real e o imaginário, a verdade e a fantasia, presentes com fitas vermelhas,
encerro a última crônica do ano e desejo um ano novo, próspero, robusto de
alegrias a todos nós, fiquem com Deus. Ary Vital Filho.