quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

POR ACASO

Angélica e Ilmo


Acaso (do latim a casu, sem causa) é algo que surge ou acontece a esmo, sem motivo ou explicação aparente. Ah, o acaso! Já falei dele algumas vezes. Gosto das reviras voltas na vida ocasionadas pelo ACASO. Embora as pessoas tenham tantas dificuldades em compreender e aceitar o aleatório, uma vez que a mente humana foi configurada para encontrar ordem nas coisas, uma lógica, mas, se o leitor for pesquisar na internet vai acabar encontrando uma série de obras do acaso, por exemplos: Acidentes aéreos, terrestres ou marítimos ocorridos, mas, por acaso, o seu passageiro teve a vida poupada por ter chegado atrasado ao embarque; Reencontros inesperados entre amigos que, por acaso, estavam em visita nada programada num determinado local; 
 
IPC Hércules e as motos do "acaso"
O encontro do amor da sua vida, quando, por acaso, você se encontrava realizando compras de hortaliças; O animal de estimação perdido, por acaso, salvo, quando você caminhava em uma rota não habitual; Dinheiro perdido, por acaso, encontrado; Relações de amizades nascidas por acaso; Canções tocadas na rádio que, por acaso, caem como uma luva no momento vivido pelo ouvinte, marcando uma temporada ou um estado de espírito; A página de um livro aberta por acaso com a dita informação que você precisava naquele momento etc. Na verdade, qualquer pessoa pode passar por tais situações imprevisíveis determinantes de um acontecimento ou fato. Hoje, vivenciamos isso. O ACASO virou caso de polícia. No final da tarde de ontem, por volta das 15hs, uma munícipe, fortemente abalada emocionalmente, procurou a delegacia de Rurópolis comunicando que haviam furtado sua motocicleta Honda Pop 100, cor vermelha, ano 2013, estacionada na frente de um estabelecimento comercial localizado no centro da cidade. 

Nervosa e com a sensação que jamais viria novamente seu bem, narrou aos policiais, que sua filha teria ido trabalhar levando o seu veículo e, POR ACASO, acabou emprestando-o a uma amiga para que ela fizesse um pagamento numa loja e, por questões de minutos, ao voltar acabou não mais achando o seu veículo.  Os investigadores acompanharam a mulher até o local do fato e notaram que, bem naquelas proximidades, havia um veículo com as mesmas características da res furtiva, inclusive o ano, porém, um pouco desgastada e enlameada. Durante a investigação, descobriu-se que não se tratava de crime de furto e sim de um mero engano, onde o proprietário da motocicleta deixada na frente da loja, sem perceber, após sair do comércio com seus mantimentos para a colônia, às pressas subiu na moto errada, que POR ACASO, estava, quase ao lado a sua, tão semelhante quanto, e que POR ACASO, sem qualquer esforço a chave que possuía nas mãos a ligou e deu partida. Fato este testado e comprovado, o curioso foi que as chaves que cada um dos proprietários possuía em mãos, serviram em ambos os veículos. “Ta gasta e suja, mas eu quero minha moto, porque já esta acostumada com o travessão”, me falou o homem. Motocicletas destrocadas e risos trocados convergiam para o mesmo fato. Para finalizar, eu somente tenho agradecer a perspicácia dos investigadores Hércules Araújo e Sérgio Silva que além de terem desvendado o suposto “crime”, me presentearam, POR ACASO, com esta história. Também, aqui, faço minhas homenagens ao senhor Ilmo Eckhort e Angélica Lima, personagens centrais desta narrativa, pois sem eles, POR ACASO, esta história não teria existido e POR ACASO não teríamos nos tornado amigos. Mas, convenhamos, há tantos mistérios nesta vida, como bem diz a escritora espírita Zibia Gasparetto “NADA É POR ACASO”.
Texto e fotografias: Ariosnaldo Vital Filho

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