Angélica e Ilmo |
Acaso (do latim a casu, sem
causa) é algo que surge ou acontece a esmo, sem motivo ou explicação aparente.
Ah, o acaso! Já falei dele algumas vezes. Gosto das reviras voltas na vida
ocasionadas pelo ACASO. Embora as pessoas tenham tantas dificuldades em compreender
e aceitar o aleatório, uma vez que a mente humana foi configurada para
encontrar ordem nas coisas, uma lógica, mas, se o leitor for pesquisar na
internet vai acabar encontrando uma série de obras do acaso, por exemplos:
Acidentes aéreos, terrestres ou marítimos ocorridos, mas, por acaso, o seu
passageiro teve a vida poupada por ter chegado atrasado ao embarque; Reencontros
inesperados entre amigos que, por acaso, estavam em visita nada programada num
determinado local;
O encontro do amor da sua vida, quando, por acaso, você se
encontrava realizando compras de hortaliças; O animal de estimação perdido, por
acaso, salvo, quando você caminhava em uma rota não habitual; Dinheiro perdido,
por acaso, encontrado; Relações de amizades nascidas por acaso; Canções tocadas
na rádio que, por acaso, caem como uma luva no momento vivido pelo ouvinte,
marcando uma temporada ou um estado de espírito; A página de um livro aberta
por acaso com a dita informação que você precisava naquele momento etc. Na
verdade, qualquer pessoa pode passar por tais situações imprevisíveis determinantes
de um acontecimento ou fato. Hoje, vivenciamos isso. O ACASO virou caso de
polícia. No final da tarde de ontem, por volta das 15hs, uma munícipe, fortemente
abalada emocionalmente, procurou a delegacia de Rurópolis comunicando que
haviam furtado sua motocicleta Honda Pop 100, cor vermelha, ano 2013,
estacionada na frente de um estabelecimento comercial localizado no centro da
cidade.
Nervosa e com a sensação que jamais viria novamente seu bem, narrou aos
policiais, que sua filha teria ido trabalhar levando o seu veículo e, POR
ACASO, acabou emprestando-o a uma amiga para que ela fizesse um pagamento numa
loja e, por questões de minutos, ao voltar acabou não mais achando o seu
veículo. Os investigadores acompanharam
a mulher até o local do fato e notaram que, bem naquelas proximidades, havia um
veículo com as mesmas características da res furtiva, inclusive o ano, porém, um pouco desgastada e
enlameada. Durante a investigação, descobriu-se que não se tratava de crime de
furto e sim de um mero engano, onde o proprietário da motocicleta deixada na
frente da loja, sem perceber, após sair do comércio com seus mantimentos para a
colônia, às pressas subiu na moto errada, que POR ACASO, estava, quase ao lado
a sua, tão semelhante quanto, e que POR ACASO, sem qualquer esforço a chave que
possuía nas mãos a ligou e deu partida. Fato este testado e comprovado, o
curioso foi que as chaves que cada um dos proprietários possuía em mãos,
serviram em ambos os veículos. “Ta gasta e suja, mas eu quero minha moto,
porque já esta acostumada com o travessão”, me falou o homem. Motocicletas
destrocadas e risos trocados convergiam para o mesmo fato. Para finalizar, eu
somente tenho agradecer a perspicácia dos investigadores Hércules Araújo e
Sérgio Silva que além de terem desvendado o suposto “crime”, me presentearam,
POR ACASO, com esta história. Também, aqui, faço minhas homenagens ao senhor
Ilmo Eckhort e Angélica Lima, personagens centrais desta narrativa, pois sem
eles, POR ACASO, esta história não teria existido e POR ACASO não teríamos nos
tornado amigos. Mas, convenhamos, há tantos mistérios nesta vida, como bem diz
a escritora espírita Zibia Gasparetto “NADA
É POR ACASO”.
Texto e fotografias: Ariosnaldo Vital Filho
Nenhum comentário:
Postar um comentário