Pedro Buaz com o autor... |
Todos nós sabemos que os
animais não falam! Porém, cada bicho de acordo com a sua natureza emite sons,
barulhos. Somos nós seres-humanos conforme nossos sentimentos que temos a mania
de humanizar os bichos.
Então vamos a nossa história
da semana.
Eram quase 6:00h da manhã de
sábado e eu ouvia um som que estava longe, vindo da floresta do Hotel Presidente
Médici. Som não, na verdade era um berro que cortava o silêncio.
- Bééééééééééééééé.
E eu abri a janela e olhava,
olhava, olhava e não via nada. E de repente outro berro:
- Bééééééééééééééé.
Até que saí e com uma
lanterna na mão eu fui atrás daquilo que me assustava e ao mesmo tempo me
intrigava.
Ainda estava escuro parecia
aqueles cenários do filme Sexta-Feira 13.
E quanto mais eu procurava, mais o berro me assombrava, contudo, não
conseguia ver onde estava tal bicho. E o tempo estava passando, e eu andando e
me cortando com os galhos e cascas das árvores, mas pouco me importava, eu
queria mesmo descobrir o que estava acontecendo. Para completar meus óculos
caíram no chão, e como achá-los com quase 7 graus de miopia. Desistir nada,
continuei, estava armado e perigoso, numa mão a lanterna e na outra minha
câmera digital. Sem ver nada, somente escutava o som, mas de repente um
silêncio tumular. Pronto, agora f*****. Recuei para o prédio, fui buscar outro
par de óculos. E já com o dia claro eu voltei para a floresta, onde achei meus
óculos perdidos bem perto do bicho que quando me viu “disse”:
- Bééééééééééééééé.
Eu:
- Te achei. Então, é um
Carneiro.
De repente aparece Pedro
Buaz:
- Ei Doutor, o senhor está
fotografando a minha carneira.
Eu:
- Uma carneira?
Ele:
- É uma carneira. E o Senhor
está fotografando minha carneira para colocar no facebook, instagram, mandar em
grupo de WhatsApp.
Eu fiquei olhando admirado
para o Seu Pedro e pensando como ele está antenado nas redes sociais.
Ele:
- Olha Doutor, se o senhor
publicar a minha carneira nas redes sociais terá que me pagar direitos
autorais.
Eu:
- Vou torná-la famosa seu
Pedro.
E enquanto o diálogo rolava
ali na floresta, a carneira ficou muda. Totalmente muda e desconfiada.
Pedro Buaz:
- Bora tomar café doutor,
deixa de bater foto da minha carneira.
Eu:
- Seu Pedro onde o senhor
comprou essa carneira?
Ele:
- Ganhei. Um amigo meu me
deu. Essa carneira sobreviveu ao ataque de uma onça.
Eu:
- Nossa! E agora a carneira
enfrentou o delegado.
E seu Pedro caiu na
gargalhada.
Eu:
-Seu Pedro, mate minha
curiosidade, mas como é mesmo o nome da carneira?
Ele laconicamente respondeu:
- Bé!
Eu fazendo uma cara séria,
perguntei:
- Bé?
Ele:
- É, Bé!
Eu:
- Bé? Só Bé? Bé de Bé?
Ele:
- É. Foi o nome que meus
netos deram para a carneira. E eu gostei do nome dela. Bé de Bézinha.
E parecia que a carneira
sabia que estávamos ali falando dela. Tanto é que de repente, ela deixou de ser
muda e passou a berrar constantemente:
- Bééééééééééééééé,
Bééééééééééééééé, Bééééééééééééééé, Bééééééééééééééé, Bééééééééééééééé,
Bééééééééééééééé, Bééééééééééééééé, Bééééééééééééééé, Bééééééééééééééé,
Bééééééééééééééé.
E a história acabou assim,
com um Bééééééééééééééé da carneira Bé.
Realmente o nome da carneira
não poderia ser outro.
Entre o real e o imaginário,
entre a verdade e a fantasia aqui contada, entre tantos “bés”, o que eu já nem
sei mais, encerro a crônica do dia. Um beijo à todos, fiquem com Deus. Ary
Vital Filho.
Curiosidade:
“No cenário das estórias,
das fábulas, aparece em 620 c.C., Esopo, que reuniu centena de contos de
animais, repetindo os padrões de comportamento humano. Ele foi conhecido como o
maior contador de estórias da antiguidade, foi dele a expressão : A Moral da
Estória “.
O francês Jean de La
Fontaine, no séc.XVII, foi conhecido como o maior historiador do mundo
ocidental. Sua obra prima ”Fábulas” inspirada no mestre Esopo, mostrava a
agressividade e a ignorância humana, através dos animais. Os chamados contos de
fadas não existiam apenas para crianças, mas também para adultos. No início
eles não foram escritos para crianças. Vários historiadores como Irmãos Grimm,
Monteiro Lobato, e outros, se inspiraram nos animais. Alguns deles : O Gato de
Botas , A Gata Borralheira, O Patinho Feio, O Rouxinol, A Pequena Sereia, A
Bela e a Fera, O Leão e o Rato, Mamãe Ganso, Os Três Porquinhos , Mogli, o
Menino Lobo, Bambi, Dumbo, Os Dálmatas, O Rei Leão, etc.”
Cada dia mais lindu...
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