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Para
os católicos, hoje é o único dia do ano em que não há missas. Os cristãos
celebram hoje uma das datas mais importantes do calendário religioso, em que se
recorda o julgamento, a crucificação e a morte de Jesus Cristo. A Sexta-Feira
Santa ou Sexta-Feira da Paixão foi marcada por procissões, ritos e encenações
sobre o calvário percorrido por Jesus, sendo considerada um dia de recolhimento
e abstenção como forma de comunhão com o seu sofrimento.
Veneração da Santa Cruz |
Para os católicos, é o
único dia do ano em que não se celebram missas e que tradicionalmente se evita
o consumo de carne. Aqui em nossa cidade, a Igreja católica deu continuidade
nos trabalhos da Semana Santa, com a Procissão da Via Sacra. A Procissão saiu da
casa da senhora Fia, no centro, com o início às 13h00min, passou pelas ruas da
cidade e se dirigiu até a Igreja Matriz, onde foi realizada a solenidade, com a
celebração da Paixão de Cristo, ministrada pelo Pároco Padre Jean Paul. Durante
a procissão, desabou uma forte chuva, mais felizmente já se chegava à Igreja. MAS O QUE É A SEXTA-FEIRA SANTA? VEJA A MATÉRIA COMPLETA CLICANDO ABAIXO.
SEXTA-FEIRA SANTA
Cristo crucificado. A morte de Jesus é o principal evento relembrado na
Sexta-feira Santa. Sexta-feira Santa é uma festa religiosa cristã que relembra a crucificação
de Jesus Cristo e sua morte no Calvário. O feriado é observado sempre na
sexta-feira que antecede o Domingo de Páscoa, o sexto dia da Semana Santa no
cristianismo ocidental e o sétimo no cristianismo oriental (que conta também o
Sábado de Lázaro, anterior ao Domingo de Ramos). É o segundo dia do Tríduo
Pascal e pode coincidir com a data da Páscoa judaica. Este dia é considerado um
feriado nacional em muitos países pelo mundo todo e em grande parte do
ocidente, especialmente as nações de maioria católica. De acordo com os relatos
nos evangelhos, os guardas do templo, guiados pelo apóstolo Judas Iscariotes,
prenderam Jesus no Getsêmani. Depois de beijar Jesus, o sinal combinado com os
guardas para demonstrar que era o líder do grupo, Judas recebeu trinta moedas de
prata (Mateus 26:14-16) como recompensa. Depois da prisão, Jesus foi levado à
casa de Anás, o sogro do sumo-sacerdote dos judeus, Caifás. Sem revelar nada
durante seu interrogatório, Jesus foi enviado para Caifás, que tinha consigo o
Sinédrio reunido (João 18:1-24). Muitas testemunhas apareceram para acusar
Jesus, mas seus relatos conflitavam entre si e Jesus manteve-se em silêncio.
Finalmente, o sumo-sacerdote desafiou Jesus dizendo: «Eu te conjuro pelo Deus
vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.» (Mateus 26:63) A
resposta de Jesus foi: «Tu o disseste; contudo vos declaro que vereis mais
tarde o Filho do homem sentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as
nuvens do céu.» (Mateus 26:64) Por conta disto, Caifás condenou Jesus por blasfêmia
e o Sinédrio concordou em sentenciá-lo à morte (Mateus 26:57-66). Pedro, que
esperava no pátio, negou Jesus por três vezes enquanto o interrogatório se
desenrolava, exatamente como Jesus havia previsto. Na manhã seguinte, uma
multidão seguiu com Jesus preso até o governador romano Pôncio Pilatos e o
acusaram de subversão contra o Império Romano, de se opor aos impostos pagos ao
césar e de auto-denominar "rei" (Lucas 23:1-2). Pilatos autorizou os
líderes judeus a julgarem Jesus de acordo com seus próprios costumes e
passar-lhe a sentença, mas foi lembrado pelos líderes judeus que os romanos não
lhes permitiam executar sentenças de morte (João 18:31). Pilatos interrogou
Jesus e afirmou para a multidão que não via fundamentos para uma pena de morte.
Quando ele soube que Jesus era da Galileia, Pilatos delegou o caso para o
tetrarca da região, Herodes Antipas, que, como Jesus, estava em Jerusalém para
a celebração da Páscoa judaica. Herodes também interrogou Jesus, mas não
conseguiu nenhuma resposta e enviou-o de volta a Pilatos, que disse para a
multidão que nem ele e nem Herodes viam motivo para condenar Jesus. Ele então
se decidiu por chicoteá-lo e soltá-lo, mas os sacerdotes incitaram a multidão a
pedir que Barrabás, que havia sido preso por assassinato durante uma revolta,
fosse solto no lugar dele. Quando Pilatos perguntou então o que deveria fazer
com Jesus, a resposta foi: «Crucifica-o!» (Marcos 15:6-14). A esposa de Pôncio
Pilatos havia sonhado com Jesus naquele mesmo dia e alertou Pilatos para que ele
não se envolvesse «na questão deste justo» (Mateus 27:19) e, perplexo, o
governador ordenou que ele fosse chicoteado e humilhado. Os sumo-sacerdotes
informaram então Pilatos de uma nova acusação e exigiram que ele fosse
condenado à morte por "alegar ser o Filho de Deus". Esta
possibilidade atemorizou Pilatos, que voltou a interrogar Jesus para descobrir
de onde ele havia vindo (João 19:1-9).
Voltando à multidão novamente, Pilatos declarou que Jesus era inocente e
lavou suas mãos para mostrar que não queria ter parte alguma em sua condenação,
mas mesmo assim entregou Jesus para que fosse crucificado para evitar uma
rebelião (Mateus 27:24-26). Jesus carregou sua cruz até o local de sua execução
(com a ajuda de Simão Cireneu), um lugar chamado "da Caveira" (Gólgota
em hebraico e Calvário em latim). Lá foi crucificado entre dois ladrões (João
19:17-22). Jesus agonizou na cruz por aproximadamente seis horas. Durante as
últimas três, do meio-dia às três da tarde, uma escuridão cobriu "toda a
terra" (Mateus 27:45, Marcos 15:13 e Lucas 23:44). Quando Jesus morreu,
houve um terremoto, túmulos se abriram e a cortina do Templo rasgou-se cima até
embaixo. José de Arimateia, um membro do Sinédrio e seguidor de Jesus em
segredo, foi até Pilatos e pediu o corpo de Jesus para que fosse sepultado
(Lucas 23:50-52). Outro seguidor de Jesus em segredo e também membro do
Sinédrio, Nicodemos, foi com José de Arimateia para ajudar a retirar o corpo da
cruz (João 19:39-40). Porém, Pilatos pediu que o centurião que estava de guarda
confirmasse que Jesus estava morto (Marcos 15:44) e um soldado furou o flanco
de Jesus com uma lança, o que provocou um fluxo de sangue e água do ferimento
(João 19:34). José de Arimateia então levou o corpo de Jesus, envolveu-o numa
mortalha de linho e o colocou em um túmulo novo que havia sido escavado num
rochedo (Mateus 27:59-60) que ficava num jardim perto do local da crucificação.
Nicodemos trouxe mirra e aloé e ungiu o corpo de Jesus, como era o costume dos
judeus (João 19:39-40). Para selar o túmulo, uma grande rocha foi rolada em
frente à entrada (Mateus 27:60) e todos voltaram para casa para iniciar o repouso
obrigatório do sabá, que começou ao pôr-do-sol (Lucas 23:54-56).
COMENTÁRIO NOSSO: A história acima me faz ver, que se passaram séculos e a
humanidade continua com o mesmo pensamento e fazendo a mesma escolha. Preciso
explicar????
Padre Jean Paul encerrando a solenidade |
A
Celebração
Hoje não se celebra a missa
em todo o mundo. O altar é iluminado sem mantel, sem cruz, sem velas nem
adornos. Recordamos a morte de Jesus. Os ministros se prostram no chão frente
ao altar no começo da cerimônia. É a imagem da humanidade rebaixada e oprimida,
e ao mesmo tempo penitente que implora perdão por seus pecados.
Vão vestidos de vermelho, a
cor dos mártires: de Jesus, o primeiro testemunho do amor do Pai e de todos
aqueles que, como ele, deram e continuam dando sua vida para proclamar a
libertação que Deus nos oferece.
Ação litúrgica na Morte do
Senhor
1. A ENTRADA
A impressionante celebração
litúrgica da Sexta-feira começa com um rito de entrada diferente de outros
dias: os ministros entram em silêncio, sem canto, vestidos de cor vermelha, a
cor do sangue, do martírio, se prostram no chão, enquanto a comunidade se
ajoelha, e depois de um espaço de silêncio, reza a oração do dia.
2. Celebração da Palavra
Primeira Leitura
Espetacular realismo nesta
profecia feita 800 anos antes de Cristo, chamada por muitos o 5º Evangelho. Que
nos introduz a alma sofredora de Cristo, durante toda sua vida e agora na hora
real de sua morte. Disponhamo-nos a vivê-la com Ele.
Leitura do Profeta Isaías
52, 13 ; 53
Eis que meu Servo há de
prosperar, ele se elevará, será exaltado, será posto nas alturas.
Exatamente como multidões
ficaram pasmadas à vista dele - tão desfigurado estava seu aspecto e a sua
forma não parecia a de um homem - assim agora nações numerosas ficarão
estupefactas a seu respeito, reis permanecerão silenciosos, ao verem coisas que
não lhes haviam sido contadas e ao tomarem consciência de coisas que não tinham
ouvido.
Quem creu naquilo que
ouvimos, e a quem se revelou o braço do Senhor? Ele cresceu diante dele como um
renovo, como raiz que brota de uma terra seca; não tinha beleza nem esplendor
que pudesse atrair o nosso olhar, nem formosura capaz de nos deleitar.
Era desprezado e abandonado
pelos homens, um homem sujeito à dor, familiarizado com a enfermidade, como uma
pessoa de quem todos escondem o rosto; desprezado, não fazíamos nenhum caso
dele.
E, no entanto, eram as
nossas enfermidades que ele levava sobre si, as nossas dores que ele carregava.
Mas nós o tínhamos como
vítima do castigo, ferido por Deus e humilhado.
Mas ele foi trespassado por
causa de nossas transgressões, esmagado em virtude de nossas iniqüidades.
O castigo que havia de
trazer-nos a paz, caiu sobre ele, sim, por suas feridas fomos curados.
Todos nós como ovelhas,
andávamos errantes, seguindo cada um o seu próprio caminho, mas o Senhor fez
cair sobre ele a iniqüidade de todos nós.
Foi maltratado, mas
livremente humilhou-se e não abriu a boca, como cordeiro conduzido ao
matadouro; como uma ovelha que permanece muda na presença de seus tosquiadores
ele não abriu a boca.
Após a detenção e
julgamento, foi preso. Dentre os seus contemporâneos, quem se preocupou com o
fato de ter ele sido cortado da terra dos vivos, de ter sido ferido pela
transgressão do seu povo?
Deram sepultura com os
ímpios, o seu túmulo está com os ricos, se bem que não tivesse praticado
violência nem tivesse havido engano em sua boca.
Mas o Senhor quis feri-lo,
submetê-lo à enfermidade. Mas, se ele oferece a sua vida como sacrifício pelo
pecado, certamente verá uma descendência, prolongará os seus dias, e por meio
dele o desígnio de Deus há de triunfar.
Após o trabalho fatigante de
sua alma ele verá a luz e se fartará. Pelo seu conhecimento, o justo, meu
Servo, justificará a muitos e levará sobre si as suas transgressões.
Eis porque lhe darei um
quinhão entre as multidões; com os fortes repartirá os despojos, visto que
entregou sua alma à morte e foi contado com os transgressores, mas na verdade
levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores fez intercessão.
Palavra do Senhor
Salmo responsorial
Neste Salmo, recitados por
Jesus na cruz entrecruzam-se a confiança, a dor, a solidão e a súplica: com o
Homem das dores, façamos nossa oração.
Sl 30, 2 e 6. 12-13. 15-16.
17 e 25.
Senhor, em tuas mãos eu
entrego meu espírito.
Senhor, eu me abrigo em ti:
que eu nunca fique envergonhado; Me salva por sua justiça. Liberta-me. Em tuas
mãos eu entrego meu espírito, és tu quem me resgatas Senhor.
Pelos opressores todos que
tenho já me tornei um escândalo; para meus vizinhos, um asco, e terror para
meus amigos. Os que me vêem na rua fogem para longe de mim; fui esquecido, como
um morto aos corações, estou como um objeto perdido.
Quanto a mim, Senhor, confio
em ti, e digo: " tú és o meu Deus!". Meus tempos estão em tua mão:
liberta-me da mão dos meus inimigos e perseguidores. Faze brilhar tua face
sobre o teu servo, salva-me por teu amor. Sede firmes, fortalecei vosso
coração, vós todos que esperais no Senhor.
Segunda leitura
O Sacerdote é o que une Deus
ao homem e os homens a Deus… Por isso Cristo é o perfeito Sacerdote: Deus e
Homem. O Único e Sumo e Eterno Sacerdote. Do qual o Sacerdócio: o Papa, os
Bispos, os sacerdotes e dos Diáconos unidos a Ele, são ministros, servidores,
ajudantes…
Leitura da Carta aos Hebreus
4,14-16; 5,7-9.
Temos, portanto, um sumo
sacerdote eminente, que atravessou os céus: Jesus, o Filho de Deus.
Permaneçamos, por isso, firmes na profissão de fé. Com efeito, não temos um
sumo sacerdote incapaz de se compadecer das nossas fraquezas, pois ele mesmo
foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado. Aproximemo-nos, então, com
segurança do trono da graça para conseguirmos misericórdia e alcançarmos graça,
como ajuda oportuna.
É ele que, nos dias de sua
vida terrestre, apresentou pedidos e súplicas, com veemente clamor e lágrimas,
àquele que o podia salvar da morte; e foi atendido por causa da sua submissão.
Embora fosse Filho, aprendeu, contudo, a obediência pelo sofrimento; e, levado
à perfeição, se tornou para todos os que lhe obedeceram a princípio da salvação
eterna.
Palavra do Senhor.
Versículo antes o Evangelho
(Fl 2, 8-9)
Cristo, por nós, humilhou-se
e foi obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso Deus o sobre exaltou
grandemente e o agraciou com o Nome que é acima de todo nome.
Como sempre, a celebração da
Palavra, depois da homilia conclui-se com uma ORAÇÃO UNIVERSAL, que hoje tem
mais sentido do que nunca: precisamente porque contemplamos a Cristo entregue
na cruz como Redentor da humanidade, pedimos a Deus a salvação de todos,
crentes e não crentes.
3. Adoração da Cruz
Depois das palavras passamos
a um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia: a veneração da Santa
Cruz é apresentada solenemente a Cruz à comunidade, cantando três vezes a
aclamação:
"Eis o lenho da Cruz,
onde esteve pregada a salvação do mundo. Ó VINDE ADOREMOS", e todos
ajoelhados uns instantes de cada vez, e então vamos, em procissão, venerar a
Cruz pessoalmente, com um genuflexão (ou inclinação profunda) e um beijo (ou
tocando-a com a mão e fazendo o sinal da cruz ); enquanto cantamos os louvores
ao Cristo na Cruz :
4. A comunhão
Desde de 1955, quando Pio
XII decidiu, na reforma que fez na Semana Santa, não somente o sacerdote - como
até então - mas também os fiéis podem comungar com o Corpo de Cristo.
Ainda que hoje não haja
propriamente Eucaristia, mas comungando do Pão consagrado na celebração de
ontem, Quinta-feira Santa, expressamos nossa participação na morte salvadora de
Cristo, recebendo seu "Corpo entregue por nós".
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
COMENTÁRIO NOSSO: A história acima me faz ver, que se passaram séculos e a
humanidade continua com o mesmo pensamento e fazendo a mesma escolha. Preciso
explicar????
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