História
A independência do Brasil aconteceu em 7 de setembro de 1822, quando, supostamente, Dom Pedro (futuro d. Pedro I) proclamou o grito da independência às margens do Rio Ipiranga, na atual cidade de São Paulo. Com isso, o Brasil rompeu sua ligação com Portugal e consolidou-se como nação independente.
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A
independência foi resultado de um processo de desgaste nas relações entre os
colonos brasileiros, sobretudo da elite, com Portugal. Isso teve relação direta
com a Revolução Liberal do Porto de 1820, mas podemos considerar que tudo
começou com a transferência da família real portuguesa para o Brasil, em 1808.
A
transferência da família real foi uma consequência da Era Napoleônica e
motivada pela invasão de Portugal pelas tropas francesas. A mudança da família
real portuguesa para o Rio de Janeiro foi, portanto, uma fuga. Após se instalar
no Rio de Janeiro, foi iniciado o que ficou conhecido como Período Joanino.
Esse
nome faz referência a Dom João VI, regente que esteve à frente de Portugal e só
se tornou rei português a partir de 1816. Aqui no Brasil, Dom João VI realizou
uma série de medidas que contribuiu para a modernização do Brasil, promovendo
desenvolvimento econômico e florescimento cultural e artístico.
Duas
medidas de destaque foram à abertura dos portos, em 1808, e a elevação do
Brasil à condição de reino, em 1815. Com essa última medida, o Brasil deixou de
ser uma colônia e tornou-se parte do reino português. Essa situação, no
entanto, desagradava a muitos em Portugal. Assim, em 1820, estourou a citada
Revolução Liberal do Porto.
Essa
revolução mobilizou a elite de Portugal pelo desejo de reformas no país, que
incluíam o retorno do rei para Lisboa. O ponto de partida para o processo de
independência do Brasil foi, portanto, a intenção da Corte portuguesa
(instituição à frente dessa revolução em Portugal) de revogar todas as medidas
tomadas por Dom João VI durante o Período Joanino.
Foi
por causa da possibilidade de recolonização do Brasil que o nosso processo de
independência iniciou-se. A elite econômica do país – nesse caso, a elite do
Sudeste – não aceitava essa possibilidade porque afetaria seus interesses econômicos.
Negociações estenderam-se durante 1820 e 1821, mas, a partir de 1822, o
sentimento separatista começou a ganhar força.
Quem
encabeçou a independência do Brasil foi o príncipe regente Dom Pedro. À medida
que a situação foi tornando-se irreconciliável, o príncipe foi convencido a
liderar o processo de independência do Brasil. Em 7 de setembro de 1822, a
situação mostrou-se insustentável, e o regente declarou a independência.
É
importante dizer que o nosso processo de independência não foi pacífico, uma
vez que houve resistência, o que resultou em batalhas em locais como Bahia,
Pará e Cisplatina (atual Uruguai). As tropas ditas “brasileiras” venceram e
conseguiram subjugar os movimentos de resistência.
Portugal
acabou reconhecendo nossa independência em 1824, depois que os ingleses
mediaram um acordo entre brasileiros e portugueses. O Brasil, como nação
independente, organizou-se como uma monarquia e Dom Pedro foi aclamado e
coroado como imperador do Brasil. Assim, a partir de 1822, ele começou a ser de
Dom Pedro I.
Feriado
O 7
de setembro é um dia extremamente importante para a nossa história. A memória
coletiva em nosso país consolidou essa data como o dia em que d. Pedro realizou
o grito da nossa independência, sendo esse acontecimento um marco de fundação
de nosso país. Apesar disso, os historiadores atualmente não têm certeza se Dom
Pedro realizou, de fato, o Grito do Ipiranga.
Sendo
considerado um dos marcos fundador, a data é entendida como um momento
importante para a memória coletiva do brasileiro e, por isso, deve ser celebrado.
A importância da data é facilmente identificada pelo fato de que ela é um
feriado nacional e é um dos três feriados que comemoram acontecimentos
marcantes da história brasileira (os outros são o Dia de Tiradentes e o Dia da
Proclamação da República).
O 7
de setembro só foi transformado em feriado nacional durante o governo de Eurico
Gaspar Dutra, o primeiro presidente do Brasil após a ditadura de Vargas. Essa
lei decretou a existência de sete feriados no calendário brasileiro e foi
reforçada e modificada por uma lei assinada durante o governo de Fernando
Henrique Cardoso.
Lei
nº 662, de 6 de abril de 1949;
Lei
nº 10.607, de 19 de dezembro de 2002.
As
comemorações da independência no Brasil acontecem sobretudo nas grandes cidades
do Brasil e são marcadas por desfiles realizados pelo Exército brasileiro. Na
capital, Brasília, são realizados desfiles de membros das Forças Armadas
(Marinha, Exército e Aeronáutica), assim como acontecem desfiles de bandas e
até de veteranos da Força Expedicionária Brasileira, que lutou na Segunda
Guerra.
No
dia 7 de setembro, são realizados desfiles militares nas grandes cidades do
Brasil.
A
Esquadrilha da Fumaça, destacamento da Aeronáutica famoso por realizar
exibições acrobáticas com aviões, faz exibições na capital. As comemorações de
7 de setembro são tão expressivas que, em 2018, por exemplo, cerca de 30 mil
pessoas assistiram aos desfiles em São Paulo e Campo Grande, e 10 mil, em
Florianópolis.
Texto de Daniel
Neves, Graduado em História
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