Tiago, seu filho, IPC Hercules e DPC Ary Vital |
Incidente de percurso o que significa?
Segundo o “pai dos burros”, antes chamado de “Dicionário”, hoje de “Google”,
trata-se de evento ou acontecimento imprevisto e
desprovido de maior importância ou fato inconveniente ou desagradável, contudo,
me perdoe o “Google” ou o “Aurélio”, a última afirmativa não procede. A vida é mesmo interessante, um
fascinante mistério. Lembro quando tomei posse do cargo de delegado de Polícia
Civil do Estado do Pará e fui lotado no município de Rurópolis. Ei, peraí!
Rurópolis, onde fica? Vamos ver no mapa. Pensei: Hum...Tenho que pegar um avião
até a cidade de Santarém e depois uma condução até a cidade. E se eu for de
barco? Barco, não, vai acabar desistindo, então, se é para partir que seja
logo. Mesmo com as malas prontas e passagem comprada eu disse: vou, não vou,
vou não, sabe de uma coisa vou. Meus pais realmente não acreditavam que eu
partiria, mas sou assim, repentino e intenso. Peço perdão aos grandes amigos
que não pude abraçar antes de me despedir. Não fui feito para “Adeus”, mas sim
para “Até logo”. Mas, ainda tive dúvidas, muitas, pois, estava entrando
num mundo desconhecido, fora da minha zona emocional de conforto para viver uma
história. E acho que contei uma boa história para quem vinha apenas passar uma
semana e ficou todo esse tempo. Nossa!!!!!
No primeiro ano do Curso de Direito, em
especial, na disciplina Teoria Geral do Estado, aprendi que Niccolo Maquiavel,
no livro “o Príncipe”, dizia: “É melhor ser temido do que amado", fase
esta somatizada com o incidente de percurso de ontem, que me fez revirar minha
caixa de ferramentas emocionais e repensar: “Vale mais ser amado ou temido”.
Ontem, depois de um dia exaustivo, digo... Exaustivo mesmo, porque atendi o
público no município de Rurópolis e depois me desloquei com o investigador
Hércules dos Santos Araújo e com Auxiliar Administrativo Raeudson Costa para
cidade de Placas para apurar um crime de Homicídio, ao retornar, já de noite,
pela Rodovia Transamazônica, embora todos os cuidados, a viatura acabou batendo
num buraco e com a pressão o pneu furou e amassou a jance.
Por sorte, o
condutor era bom. Conseguimos chegar até uma borracharia, localizada na
comunidade do Macanã, às margens da Rodovia Transamazônica, a 50 km do centro
da cidade de Placas, que embora estivesse fechada, o proprietário com um
sorriso no rosto nos atendeu e veio logo dizendo: “Delegado Ariosnaldo, o
senhor caiu do céu preciso de ajuda”. Nossa! Sabe aquelas horas que você coloca
sua dor no bolso e vai atender a dor do outro? Pois é, minha rotina. Atendi o
rapaz numa questão simples para mim, mas tão complexa para ele. E nesta conversa...
No blá, blá, blá, ele trocou o pneu, arrumou os danos. Perguntei quanto
custava, ele me falou que nada. Apenas queria bater uma foto comigo e divulgar
o trabalho na internet. Tiago falou que escuta falar muito do nosso trabalho,
falar de mim, do Hércules e dos trabalhos realizados na delegacia e queria me
conhecer pessoalmente. Poxa! Presentão do acaso né, pois, mais um amigo que
conquistei, graças ao acaso. Então, Tiago Santos Sousa, obrigado
pelos préstimos, pela atenção, pela ajuda amiga e pelos elogios, mas, ontem à
noite eu que estava precisando de ajuda, pois, com todo respeito e admiração
que eu tenho pelos pensadores, mas, Maquiavel nunca me recebeu com um sorriso
sincero no rosto e muito menos me ensinou a trocar pneu. Deus te abençoe!
Grande abraço do delegado Ariosnaldo Vital Filho.
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