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Padre Jean acompanhado de parte de seus convidados |
Neste sábado (21/09/2013), a
Paróquia Santíssima Trindade, promoveu um seminário sobre os direitos humanos,
com o tema “GRITO DOS EXCLUÍDOS 2013”.
O evento foi realizado nas dependências do Barracão Paroquial, com início à
08:00 horas e término às 14:00 horas. Foram convidados como palestrantes, o
Professor Egídio, representante da Comissão Pastoral da Terra, Prelazia de
Itaituba; senhora Domingas Bonfim, representante da Comissão de Justiça e Paz; Maria
de Lourdes – Pastoral da Juventude; senhora Patrícia – Pastoral da Criança;
senhora Maria França – Pastoral de Meio Ambiente; Professor Nascimento – SINTEP;
Doutor Ariosnaldo da Silva Vital Filho – Delegado de Policia Civil e Doutor
Plinio Tsuji Barros – Defensor Público. Pessoas de vários seguimentos da
sociedade estiveram presentes, afim de ouvir e interagir com os palestrantes.
Na oportunidade, o Padre Jean Paul, representando a paróquia, leu alguns
trechos da Bíblia Sagrada e abençoou o encontro e as pessoas presentes. Veja na íntegra o que os palestrantes
falaram, clicando abaixo.
EM TEMPO: Peço desculpas pelo atraso em postar a matéria, mais infelizmente não foi possível antes. Primeiro, motivo doença, segundo tempo, pois essa não é minha fonte de renda e tenho que batalhar para sobreviver e esses dias, graças ao Homem lá de cima, estou super enrolado para cumprir com os meus compromissos profissionais. Mais... "antes tarde do que nunca".
Para ver em tamanho grande, clique em cima das fotos:
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Professor Egidio |
Abertura – senhor Egídio:
bom dia pessoal, bom dia a todos, antes
de tudo, quero avisar que a advogada que foi convidada para vir de
Santarém, ligou ontem à tarde, dizendo
que está acontecendo um conflito entre indígenas e quilombolas em uma
comunidade no município daquela cidade, e ela teve que ir para lá, para fazer a
mediação do referido conflito. Lamentamos a ausência da doutora , mas contamos
aqui com a presença do Doutor Ariosnaldo e Doutor Plínio e que juntos iremos
participar dessa palestra, que terá o início agora e com o término previsto
para as 14:00 horas. O objetivo da Igreja e da sociedade, é que a gente esteja,
conversando, o que são direitos humanos, o que são esses valores para os
cidadãos, da pessoa em si, e que a gente esteja buscando, demais atuantes de
nossa sociedade, em busca dos nossos direitos,
e também exercendo os nosso deveres. Nosso objetivo, é de estar
motivando esse debate, essa discussão, nesse sentido. O grito dos excluídos, é
uma ação, uma manifestação da sociedade, que vem ao longo dos anos, se unido
para colocar a sua realidade na rua. Para discutir, como está sendo colocado na
prática, as políticas públicas, como que a sociedade, tem usufruído dos seus
direitos. E aí, uma das temáticas é a
questão do estado que temos e do estado em que queremos. Hoje, a gente espera a
participação de todos vocês, nesse debate, a partir da fala das pessoas que vão
estar aqui presentes, conforme a programação, que terá início com a fala das
pastorais sociais, cinco minutos para cada representante das pastorais sociais;
em seguida fica com a palavra o Doutor Ariosnaldo. Após a fala dele, a gente
abre para algumas perguntas e quem quiser acrescentar alguma coisa na fala
dele, a gente coloca à disposição e depois o Doutor Plínio, com a sua fala
também. Após a fala dele, também poderá haver algumas perguntas e depois, a
gente abre os debates, para quem quiser vir aqui na frente, fazer a sua
colocação, o seu aparte e sua realidade, para que a gente possa, nesse debate,
ficar sentindo a nossa realidade, nossa situação, que a gente possa dar um
encaminhamento para de forma organizada, esteja buscando os nossos direitos.
Agora vamos ter uma oração com o Padre Jean Paul, abençoando a abertura desse dia.
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Padre Jean Paul |
Padre Jean Paul: Na
oportunidade, o padre leu alguns trechos da Bíblia Sagrada, rezou e abençoou os
presentes.
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Professor Egidio |
Após as palavras do Padre
Jean Paul, o professor Egídio, fez a chamada dos palestrante, para que os
mesmos fossem ocupar seus lugares junto à mesa. Posteriormente, como
representante da Comissão Pastoral da Terra, Prelazia de Itaituba, falou o
seguinte: Estamos juntos, nessa organização. A gente que está mais ligado às
condições fundiárias, questões da luta do trabalhador pela terra, a gente tem
visto que nos últimos anos, a pressão sobre o agricultor, no sentido, de forma
até obscura, que eles não percebem, mas há uma força no sentido de forçar os
agricultores a deixarem os seus lotes, venderem por qualquer preço e virem
embora para a cidade. No último estudo, ou na última pesquisa que fizemos, a
gente vem percebendo, que o município de Rurópolis, ao longo de dez anos, já
perdeu mais de vinte por cento de sua população rural. É uma cidade que nasceu,
com o nome de cidade rural, mais que está perdendo, e perdendo rapidamente, os
seus moradores da zona rural, está virando uma cidade urbana. Que complicação
que isso traz? A agricultura familiar, perdendo a sua força, perdendo a sua
produção, e quando o agricultor, não tem uma relação de trabalho com a terra,
de plantar e de colher, e ele parte para uma outra profissão, profissão essa,
que ele não está capacitado profissionalmente, mais é um trabalho que vai
ajuda-lo a sobreviver, mais quando ele não tem um apoio das instituições
públicas no sentido de ele produzir, produzir com qualidade, que lhe dê
dignidade para viver lá na zona rural, e nisso tem uma infinidade de
obstáculos, estradas, vicinais, educação dos filhos, preço da produção,
financiamentos, isso vai levando os agricultores aos poucos vir embora para a
cidade. Quando o agricultor percebe que ele tem a possibilidade de sobreviver
de uma maneira digna, que ele pode sobreviver na cidade porque ele tem uma
ajuda do governo, pela situação que ele está vivendo lá na sua propriedade, e
desanima e vem embora para a cidade. Compra uma casinha lá no bairro da
periferia e vem embora para a cidade. Não importa a sua situação econômica,
mais ele tem o que dá para sobreviver e na visão dele, está até melhor do que
ele está vivendo lá, então ele se desfaz de sua terra e vem morar para a
cidade. Sem emprego, sem estudo, mais ele vai procurar uma forma de sobreviver
aqui na cidade. E é isso que a gente está observando ao longo de muitos anos
aqui no município de Rurópolis. O que é uma tristeza, pois o próprio nome da
cidade já diz: cidade rural. E, agricultura no município de Rurópolis, no
momento, é uma agricultura de importação. O que Rurópolis produz? Cacau a
banana e o gado, são os três produtos de peso na economia agrícola do município
de Rurópolis. Em que condições, esses produtores estão produzindo, isso que a
gente tem que olhar a realidade de cada um. Então é isso, que faz a gente estar
nessa luta, visando buscar alternativas, para que o agricultor, possa viver e
viver com dignidade lá na sua terra. Então essa é a fala da Comissão Pastoral
da Terra, trabalho que a gente vem fazendo, representando a Prelazia de
Itaituba.
Após as suas palavras, o
senhor Egídio , chamou a senhora Domingas, representante da Comissão de Justiça
e Paz, para que ela pudesse dar a sua fala pelo grupo de trabalho de Rurópolis,
sobre a questão de Justiça e Paz integridade da criação.
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Senhora Domingas |
Bom dia
para todas as mulheres, para todos os homens, bom dia para o pessoal da mesa, é
um prazer imenso, a gente poder receber vocês aqui. Em nome da Comissão e em
meu nome, agradeço. Porque... os gritos dos excluídos, até o momento aqui em
Rurópolis, a gente tentou fazer nas ruas, no dia 07 de setembro, porque? Porque
o povo excluído a nível nacional, é um conjunto de ação que se manifesta na
semana da Pátria, e culmina no dia sete de setembro. Mas essa experiência da
rua, a gente foi analisando, e nós não tínhamos muito êxito, parece que a nossa
mensagem, não chegava nos corações e nas mentes das pessoas. Porque sete de
setembro já é um dia de muito movimento na cidade. Então esse ano a gente
planejou a fazer um dia diferenciado, um outro momento, e aí nos tentamos
também sair nas ruas, mas sentar com esse objetivo, que analisássemos melhor as
mensagens, as propostas, o grito dos excluídos. Falando no início, eu estava
relembrando, que já faz dezoito anos, que o grito dos excluídos está na rua.
Desde de 1995, então já faz bastante tempo. Hoje, queremos fazer dessa
reflexão, sobre os vinte e cinco anos da Constituição Brasileira. Eu estava também
lembrando, já faz alguns anos, que a JUPIC vem atuando também na nossa região.
Eu lembro que entre os anos de 2002 a 2005, foi o momento de muitas
articulações, para a gente poder configurar grupo de pessoas, no sentido de
atuar como mediador nos conflitos das comunidades. E aí na época, a gente
articulou bastante, com vários encontros, curso de capacitação, formação,
visando oferecer conhecimentos básicos na área de direitos humanos, para grupo
de pessoas. Sabendo-se que aqui em Rurópolis, conseguimos trabalhar com
dezoito. Hoje, uns são atuantes, outros já se foram daqui, e outros também
voltaram para as suas casas, porque? Porque o desafio de ser liderança atinge
todos os dias todas as áreas. Todas as pastorais sociais, todos os movimentos
de luta. Porque? A gente faz uma análise. A Constituição Brasileira, que nos
chamamos de Carta Magna, Carta Política, Lei Maior, a gente percebe, que essa
Constituição, é assim mais ou menos pra o povo brasileiro, valor que tem a
Bíblia para os cristãos, não é mesmo? Porque a constituição brasileira, ela foi
feita para que? Para editar o exercício do poder de estado e garantir os nosso
direitos. Direitos esses, que nos não temos
só depois que fizeram a constituição brasileira; direito esse que todo
cidadão, e todo indivíduo já nasce com ele, não é verdade? A Constituição Brasileira só foi, para
garantir, para acontecer na prática, de verdade, todo o indivíduo, todo cidadão
que viesse a ter direito a vida, também viesse a usufruir. E aí a gente
percebe, que na prática, nas maiorias das vezes, as nossas autoridades, sendo
elas de qualquer nível, elas próprias estão lesando a Constituição. Colocam em
práticas, ações que infringem a Lei maior. E nós, como cidadãos brasileiros, também
, a maioria das vezes, temos atitudes, que não são coerentes, para usufruir dos
nosso direitos. É aí que as vezes as lideranças, vão perdendo os seus
anseios.,, vão se desanimando, e agente percebe que nesse sentido, a sociedade
vai criando um método, um vício, onde a corrupção, aumenta cada vez mais. Onde
o comodismo atinge cada vez mais o povo brasileiro. A gente percebe que prática
de assistencialismos, paternalismo, abuso de poder, e várias outras, com isso a
gente vai perdendo as esperanças e não lutando pelos nosso direitos. Aquilo que
está garantido, muitas vezes adquirido, vai ficando às margens, e é por isso
que nós, as lideranças, vamos sentindo essa necessidade de acordar, de dar uma
balançada, e mexer com as pessoas, para ver se a gente acorda, e injetar uma
injeção de ânimo, e nos aproximar mais um do outro para essas reflexões. Nos
vimos então que trazer os excluídos para um momento desse, talvez a mensagem
seja de grande aproveito. Nos sabemos que tem muitas pessoas comprometidas,
dentro do próprio poder Legislativo, do próprio poder Judiciário, Ministério
Público, e outros, mas, a gente sabe que tem pessoas que não tem vontade, falta
vontade política, falta consciência, com a nossa parte; as vezes a gente tem
conhecimento, mas não quer levar o nosso conhecimento a serviço da justiça, não
quer colocar o nosso conhecimento, a nosso próprio serviço, nosso bem estar e
do bem estar do outro. E ser mediador de conflito em uma sociedade tão individualista como a nossa, é desafiante, é
complicado. E quando a gente dá uma olhadinha nos acontecimentos, as vezes tão
próximos de nós, a gente percebe, que quem ainda exige, que ainda luta, que
quem ainda está a serviço da vida, e da justiça social para todos, na maioria
das vezes é repreendido, na maioria das vezes é até dizimado da sociedade. Essa
é a minha fala.
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Maria de Lourdes |
Maria de Lourdes – Pastoral da
Juventude: Bom dia a todos e a todas, bom
dia à comissão de frente, primeiro vou começar falando de minha experiência,
como coordenação. Ano passado, a PJ PAJUR passou por uma fase meia difícil,
então assumi a coordenação. Sofri bastante no começo, pois não tinha nenhum
tipo de experiência como coordenação da pastoral; grupo de base, até que já
tinha e tal, dava pra levar, e como pastoral não. Então, o pessoal olhava pra
gente assim... que que essa doida faz aí? Essa menina não sabe de nada. A
principio pra gente, a gente já se sente excluído, porque a maioria das vezes,
a própria população, pensa que os jovens da pastoral são marginais. Quando
saímos juntos para algum lugar, as pessoas olham e dizem, lá vem o grupo de
marginais. Cara isso não existe... Então um dos nossos desafios, é tentar
mostrar pra população, que a gente não somos jovens que eles tem a conclusão,
que a conclusão que as pessoas tiram da PJ, tiram dos jovens que fazem parte da
PJ, de Rurópolis, até mesmo da geral, não é esse bicho de sete cabeças. Tem pai
que diz: vou tentar colocar meu filho no grupo de jovens, porque lá ele vai
aprender isso e aquilo outro. O pai é o primeiro...a primeira escada para que o
filho veja que a igreja e a escola não dão conta sozinho. De jeito maneira, não
adianta, jogar para cima da gente que a gente não vai conseguir se não contar
com o apoio dos pais. Um desafio bem grande também, nosso maior desafio, é o
diálogo, é difícil dizer o que é o certo e o que é o errado para o jovem. O que
a PJ entende, como juventude excluída, é aquela juventude que sofre
preconceito, pela sua cor, pela sua cultura, pelo seu modo de vestir, pelo seu
estilo de vida.
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Senhora Patrícia |
Patrícia – Pastoral da
Criança: Bom dia! Não sou muito de protocolo, mais estou agora como
representante da Pastoral da Criança, ganhei do Padre, a coordenação, junto com
a dona Cleusa, no vamos a partir de agora caminhar na coordenação da pastoral.
Trabalhava na pastoral da criança, onde eu morava, lá em Morais de Almeida, já
trabalhava lá, e quando mudei para cá, comecei a trabalhar na pastoral daqui.
Aqui, infelizmente a nossa pastoral, é muito devagar, e estamos pensando agora,
reanima-la, ela está muito doentinha e vamos trata-la e reanima-la. Preciso
muito, já estou caminhando nas comunidades,
procurando pessoas que queiram nos auxiliar nessa jornada, que não é
fácil. Ser voluntário não é fácil. Trabalhar sem ganhar nada, não é fácil. A
recompensa que a gente ganha, não é em dinheiro, não é aqui, a recompensa que a
gente tem, é a saúde das crianças que a gente acompanha, é o pai e a mãe das
crianças que a gente acompanha, que é bom, é um parto seguro, que nasce uma
criança saudável, que o acompanhamento que a Pastoral faz, é desde de a mãe até
a criança quando completa seis anos de idade. Aí a gente entrega... essa
entrega, é o que? É para o mundo, para um sistema de saúde diferente do que a
gente faz. Porque a gente faz o acompanhamento da mãe, mês a mês, o peso, a
alimentação, se for preciso a gente encaminha para um sistema de saúde público,
para um hospital, mas depois de seis anos, a criança tem que ter esse
acompanhamento mais próximo. Claro que ninguém vai abandonar essas crianças,
mais fazemos outro tipo de acompanhamento, que será através de fichas e com
todas as anotações que fazemos. Agora vou falar um pouco sobre a Pastoral da
Criança. A Pastoral d Criança, foi fundada em 1983, na cidade de Florestópolis,
estado do Paraná, pela médica sanitarista e pediatra, Doutora Zilda Arns
Neumann, e pelo então Arcebispo de Londrina, hoje cardeal emérito, Dom Geraldo
Majella Agnelo. A Pastoral da Criança hoje se faz presente em todos os estados
brasileiros e em outros 21 países. A Pastoral da Criança tem por objetivo o
desenvolvimento integral das crianças, promovendo, em função delas, também suas
famílias e comunidades, sem distinção de raça, cor, profissão, nacionalidade,
sexo, credo religioso ou político.
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Professora Maria França |
Maria França – Pastoral de
Meio Ambiente – Bom dia a todos, nós estamos aqui representando a Pastoral de
Meio Ambiente, juntamente com as outras pastorais aqui também, e dizer que não
estamos de fora também desse grito, e importante lembrar, hoje aqui, alguns
outros desafios, avanços a algumas outras atividades desenvolvidas, pois aqui
tem várias pessoas que lembram ou que vão lembrar juntos, dessas atividades,
juntamente com a Pastoral do Meio Ambiente e as outras entidades como o SINTEP,
Associação do Bairro do Leitoso, e também as escolas, então, a Pastoral do Meio
Ambiente, juntamente com essas entidades, já desenvolveu algumas atividades,
lembro que o bairro, a escola, juntamente com a associação, desenvolveu um
projeto de conservação, lá do Rio Leitoso. A Pastoral, em conjunto, fizemos
esse trabalho, inclusive, tinha um matadouro, que estava contaminando o rio, e
estava prejudicando também o ambiente da escola que se encontrava muito perto,
e fizemos junto com o SINTEP um abaixo assinado, uma carta, e deu certo. Foi
retirado o matadouro daquele local. É claro, que isso foi só o começo, pois a
luta continua, pois a questão ambiental hoje é uma necessidade, educação
ambiental é uma necessidade. A gente está vendo as consequências que estão
ocorrendo, e a gente pensava que só aconteceria longe de nós. Mas aqui tão
próximo de nós, já aconteceram e acontecem desastres terríveis. Isso faz com
que a gente comece a refletir, hoje não adianta mais dizer, que todo mundo já
está consciente do que vem ocorrendo e do que é necessário fazer. Precisamos
hoje, é sair do comodismo e agir. As vezes devemos começar pelas pequenas
coisas, aquelas que estão ao nosso alcance. Um exemplo, é cuidar do lixo, do
próprio lixo de casa, o lixo de cada dia, pois é uma coisa pequena, da para
começar fazendo em nossa própria casa e até isso está difícil hoje.
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Professor Nascimento |
Professor Nascimento –
SINTEP – Bom dia a todos, bom dia palestrantes aqui, o grito dos excluídos,
como já foi dito por aqueles que me antecederam aqui, esse ano ele traz esse
tema dos vinte e cinco anos da Constituição e Direitos Humanos, Avanços e
Desafios. Entretanto, por estar aqui representando os trabalhadores da educação
do município, educação municipal, vou falar um pouquinho, dos poucos avanços e
dos inúmeros desafios que temos como trabalhadores da educação, na luta pela
garantia dos nossos direitos. Então, um avanço que nós podemos considerar, é a
organização e a estruturação da sub sede do sindicato representativo da
categoria. SINTEP com essa nomenclatura existe desde de 1988, no inicio, foi
implantado no município de Rurópolis, por falta de experiência nós fizemos duas
tentativas e funcionou por um determinado período depois fracassou. Nós ficamos
um bom período aí, em que quando a gente reivindicava a possiblidade de
participar de algumas discussões, principalmente com o governo, erámos
questionado, com a pergunta de cadê o representante de vocês, cadê o
representante da categoria de vocês. Então isso desde de 1995, nos estamos com
o SINTEP atuante no município de Rurópolis. Com essa organização nossa, desde
1998. Outro aspecto que nos consideramos um avanço, é a construção do plano de
cargos e carreira e remuneração unificado para esses trabalhadores. Porque nos
ficamos também em determinado período, lutando pelos nosso direitos mas ainda
não tínhamos uma lei principal, que normatizasse, que regulamentasse, a
carreira do trabalhador da educação no município de Rurópolis. Então em 2009,
nos conseguimos construir e aprovar o Plano de Carreira dos Trabalhadores na
Educação. Outro aspecto que consideramos
também avanço, é a possibilidade de estarmos participando, nas discussões do
SINTEP, não só no munícipio, porque o SINTEP existe em todo o Estado do Pará, e
a nossa estrutura é uma coordenação estadual, uma coordenação executiva
estadual, com sede em Belém, uma coordenação regional, a nossa regional é a
regional oeste do Pará, nós temos aí quinze municípios que fazem parte dessa
regional, tem uma coordenação regional e cada município tem uma sub sede. A
nossa fica aqui à Avenida Brasil, em frente ao Foto Vitória. Nós temos também,
como propõe o tema, inúmeros desafios, como a gente vê ai na fala que já
estabeleceram aqui, a garantia dos
direitos muitas vezes é um desafio muito grande, que para nós trabalhadores da
educação, não é diferente. Um grande desafio para nós hoje, é manter a maioria
da categoria organizada. É manter a maioria dos trabalhadores da educação
organizados. Porque nem sempre as nossas lutas, elas conseguem trazer o
resultado que a gente espera. Nem sempre os nosso direitos, são garantidos na
forma que deveriam. E aí, alguns fatores contribuem para isso. As vezes as
dificuldades de um diálogo com os governos; as vezes a morosidade em dar
encaminhamento em algumas situações; isso as vezes faz as pessoas desanimarem.
A gente fica esperando resultados, mas a gente sabe que a luta continua e que
diante da situação que a gente vê hoje na sociedade, se faz cada vez mais
necessário, não só os trabalhadores da educação, mais todos os trabalhadores se
manterem unidos e organizados, para manter e/ou garantir os seus direitos. Um
outro desafio para nós, é lutar para que os interesses essencialmente
educacionais, se sobreponham aos interesses políticos partidários dentro da
educação. Para nós hoje, como representante dos trabalhadores da educação, é
até lamentável dizer isso, principalmente para mim pessoalmente, vejo
como o maior desafio. Porque se a gente olhar, no modo geral, a educação do
município hoje, ela não está sendo encarada, como deveria. Muitas vezes a
educação é utilizada, como moeda de troca, e aí quando se dá esse tipo de
relação, sem sempre se prioriza a aptidão, a classificação, a disponibilidade,
então, esse para nós, é o grande desafio, por isso nós temos essa luta, em
parceria com algumas entidades, mas procuramos manter a nossa organização autônoma
e classista, queremos sempre preservar a nossa independência em relação a
situação política partidária. Até porque não teria como, porque cada membro
desta organização tem a sua opinião, tem o seu ponto de vista. A gente respeita
isso, mas quando se trata da nossa luta de classe, ela precisa ser autônoma e
classista. E por fim, um outro desafio muito importante e muito grande, que a
gente tem hoje, é reformular e implementar o plano de carreira do qual eu já
falei agora a pouco. Para vocês terem uma ideia, o nosso plano de carreira é de
2009, este ano, nós esperamos e lutamos para que seja reformulado. Muitas
coisas mudou nesses quatro anos. A educação mudou, a realidade do município
mudou, o jeito de se fazer educação mudou, a qualificação dos funcionários da
educação mudou, e a Lei também precisa mudar. E apesar de já ter quatro anos,
essa Lei ainda não foi implementada, ou seja, a Lei existe, foi constituída em
2009, foi aprovada e sancionada pelo poder executivo, mas ainda não existiu um
ato do poder executivo, para implementar, para fazer o enquadramento dos grupos
que estão amparados por essa Lei. Ou seja, a Lei está aí, mas se algum direito
nosso que está lá, não está sendo garantido, tem que brigar para tentar
garantir esse direito que já foi aprovado em Lei. Se Ela já tivesse sido
implementada, nossa luta seria muito diferente. Tem desafios? Tem avanços? Sim,
só que eu costumo dizer nas minhas falas por aí que o desafio, os desafios não
existem para nos fazer desanimar. A cada desafio que se põe a nossa frente, nós
temos a possibilidade de demonstrar a nossa capacidade de superá-lo. Essa fala
eu dirijo a todos os que estão aqui presentes. Isso é uma regra básica para a
nossa vida.
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DPC Ary Vital |
Doutor Ariosnaldo da Silva
Vital Filho – Delegado de Policia Civil – Bom dia a todos, bom dia mesa, também
não vou me ater a protocolos, até porque nós estamos aqui justamente para debater vários temas, e quero que vocês
perguntem bastante, tirem as dúvidas de vocês, até porque sou muito provocador,
gosto mesmo de provocar determinadas situações, então, o que me foi proposto,
foi direitos humanos e a segurança. Pegando um pouquinho de tudo o que foi
falado, interessante que o vídeo que eu trouxe, na verdade eu trouxe vários
vídeos, e um dos vídeos que eu trouxe, vai... digamos assim, simplificar,
sintetizar, tudo isso que foi dito, nós falamos aqui... o primeiro palestrante
falou, sobre a situação de terras que muitos colonos estão deixando suas terras
e indo para a cidade em busca de melhorias e chegando lá, encontra outra
dificuldade e acaba se criando uma bola de neve. Outro fato aqui que nós ouvimos,
foi a respeito da juventude... desculpe a segunda palestrante foi a professora
Domingas, ela falou a respeito da legislação, da Constituição Federal, que é
tida como a Lei Maior, e ali que está os direitos e garantias do cidadão, e a
professora Patricia, ela faz toda uma análise, e ali ela diz que o estatuto da
criança e do Adolescente, fala do direito a vida, do direito a segurança, do
direito ao lazer, e tudo isso, é direitos humanos. O papel dos jovens, como a
nossa palestrante aqui falou, o preconceito, que vive a respeito, critério da
idade, as vezes a pessoa é muito jovem é porque é muito jovem, se a pessoa já
passa dos sessenta, já é considerado idoso, já não tem qualquer utilidade para
a sociedade, mas essa é a cabeça de mente preconceituosa, porque eu nunca
escondo de ninguém aqui, eu sempre fui muito transparente, quando eu cheguei
aqui, diziam: “esse delegado é filhinho de papai e de mamãe”. Fui e ainda dou
graças Deus que família tenho, fui criado no meio de irmãos, primos, sobrinho,
sobrinhas, e graças a Deus, minha família embora longe, é muito forte. Então a
gente tem que buscar e resgatar esses valores no seio familiar, porque é ali
que a gente aprende o que é certo e o que é errado. É ali que nossos pais e
nossas mães, são as nossas primeiras pessoas indicativa de conduta. Nós estamos
vendo a agressão dentro de casa e a gente vai levar para a sociedade também
agressão. Se agente ver preconceito dentro de casa a gente vai devolver para a
sociedade, também o preconceito. Isso aqui que eu falo também nas escolas, que
eu digo que chamar o outro de gordo, não vai te deixar mais magro; chamar o
outro de feio, não vai te deixar mais bonito; chamar o outro de velho não vai
te deixar mais novo; chamar o outro de gay, não vai te deixar mais macho, não
vai...pelo contrário, sabe o que vai te deixar, mais preconceituoso. Uma pessoa
mais excluída, que procura se excluir, da sociedade, também vai ser excluído
por esses pensamentos. Então, uma pergunta que a gente tem que se fazer, tem
que se analisar, é: “o que estou fazendo para ser excluído?” “E o que que estou
excluindo?” Do meio seio familiar, da sociedade, do meu meio de convivência,
porque estou fazendo isso? E porque eu também estou sendo excluído? Então, são
várias questões, lá no início o Padre estava falando da questão, de que estamos
todos reunidos aqui, a voz de Deus sendo abençoada... a nossa Constituição
Federal, ela fala aqui que o povo reunido no território, aos olhos de Deus, até
porque nosso direito ele se baseia, em normas, ele se baseia regras, né, que
visam buscar uma perfeição, que visa buscar regras que estão ali nos dez
mandamentos, por exemplo: o adultério, o adultério ele não é mas crime, mas
ainda é uma situação que é abominável sim, na sociedade, umas abominam mais, outras abominam menos. A bigamia,
continua sendo um crime... e a bigamia, não é uma forma de adultério? Então eu
trouxe um vídeo, de uma cantora, muito interessante, que o título, na verdade
um poema, chamado “Só de Sacanagem”, é uma fala ali, que em suma, só de
sacanagem nós temos que ser honestos, só de sacanagem, nós temos que ser
justos, porque? Porque hoje, a gente vive numa sociedade, onde há uma inversão
de valores, em uma sala de aula, o aluno ele quer se comportar como mestre,
como professor, ele que quer ensinar. Ele que quer dizer o que tem que ser
feito. Dentro hoje de casa, no seio familiar, eu vejo isso quando vai para o
Conselho Tutelar, quando vai para a delegacia de policia, o filho que quer dar
ordem para o pai, que quer dar ordem para a mãe, é o filho que vem desrespeitar
os avós. Então como estou dizendo, é uma inversão de valores, uma inversão de
valores que hoje, autoridades, seja policial, seja representante do Ministério
Público, seja do judiciário, seja
defensor público, eu vejo isso durante a situação de uma situação policial
realizada, nos estamos abordando, o cidadão está sem capacete, está com a
motocicleta totalmente adulterada, está causando perturbação ao sossego alheio,
o cidadão está todo errado, e bate no peito, e chama pelos seus direitos, mas
primeiro para chamar pelos nosso direitos, a gente tem também que lembrar dos
nossos deveres, que que nós estamos fazendo? Estou cumprindo com os meus
deveres? E não são os deveres legais, mas os deveres morais. Estou sendo um bom
filho, estou sendo um bom amigo, estou inserido naquela sociedade? O que que eu
estou fazendo naquela sociedade? Por exemplo hoje, o Padre pensou que eu não
viria... negativo, de jeito nenhum, eu assumi um compromisso, eu vinha, com
certeza, isso aqui é um compromisso moral que eu tenho para com a sociedade, é
aquilo que o palestrante falou, nós temos que devolver para a sociedade, nós
temos que colocar a serviço da sociedade, o nosso conhecimento. Eu tenho outras
situações no âmbito legalista, no âmbito criminal, para resolver, que eu vou
resolver, quando eu sair daqui, até porque, tem os policiais nas ruas
averiguando isso, para estar aqui com vocês, para tirar as dúvidas de vocês e
passar alguma mensagem a respeito disso. Então vamos passar o primeiro vídeo, e
posteriormente iremos para os questionamentos, e os interrogatório. É tão
interessante doutor, que essa semana, aquilo que falei da inversão, da troca de
papéis, da inversão de valores. Eu estava na delegacia, tem uma parte que o
Ronivaldo faz, pegando depoimentos, tem outro que eu faço ali a triagem ... e
eu comecei a fazer as perguntas, várias perguntas para o cidadão, e passu algum
tempo, quando me toquei, era eu que já estava sendo interrogado. Eu disse vem
cá rapaz, pera aí, quem tem que fazer as perguntas, sou eu, você que está sendo
interrogado, você que é o agressor, você que invadiu um esfera, de um direito,
uma agressão física, em uma outra pessoa. Então pera aí, se a gente não tiver
cuidado, quando a gente menos espera, a gente mudou de posição, a gente mudou...né?
Quando dei por mim, o indivíduo já estava me interrogando... pera aí... e eu já
estava entrando na onda também. Muitas vezes, o cansaço, o stress, se a gente
não se policiar, se a gente não se atenar, a gente acaba entrando naquela
situação. Não é verdade? É a mesma coisa que eu falo para vocês, a inversão de
papéis, professores tem que estar cientes na sala de aula, que é ele que é a
autoridade, ele que vai dominar a situação, e não deixar ser dominado. Tenho
recebido também, denuncias de alunos com mau comportamento, que já trazem de
dentro de casa, e que empurra, eu digo que a gente vai empurrando. Família
acaba perdendo aquele controle, empurra para o Conselho Tutelar, o Conselho
Tutelar empurra para a escola, a escola empurra para o Conselho Tutelar, o
Conselho Tutelar empurra para o delegado, o delegado empurra para o defensor, o
defensor empurra para o Ministério Público que empurra para o Juiz, até se
chegar a uma situação através da aplicação da... (Aí houve a interrupção de uma
adolescentes, contando de um caso que aconteceu em sala de aula). Um
palestrante aqui também falou, referente a luta pelos direitos, que muitos
direitos foram conseguidos através de lutas ao longo do tempo, e hoje o mínimo
que nos temos , nós temos que lutar por eles, porque senão vão se perdendo ao
longo do tempo e não se utiliza. Então essa situação é interessante, e nós
temos que manter o controle. Não só o controle, mas também o equilíbrio. Após
essas palavras, foi passado os vídeos os quais todos acharam muito interessantes
e condizentes com o assunto abordado. O povo interagiu e houve muitas
perguntas, que foram respondidas pelo DPC Ary Vital, que respondeu com
inteligência, deixando todos satisfeitos com sua palestra e seus argumentos.
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Doutor Plinio Tsuji Barros |
Doutor Plinio Tsuji Barros –
Defensor Público – Bom... quem não me conhece, sou o defensor público aqui do
município de Rurópolis, Plinio Tsuji Barros. Recebi um convite do Padre João Paulo, para estar colaborando
hoje, passando alguma experiência e ele colocou como temática, para eu
desenvolver, Direitos e deveres da família. Eu, observando essa situação, que
está dentro de uma programação do “GRITO DOS EXCLUÍDOS” , procurei pesquisar e
estudar, essa situação, porque a Igreja desenvolve esse trabalho, a questão o
grito dos excluídos, os direitos humanos, e assim vi uma abordagem interessante
de estudo e aí lembrei, na época que eu era
ainda estudante universitário, fazia um outro curso, serviço social, eu
tinha uma visão, distorcida da igreja, eu morava com uma tia, ela era muito
religiosa, e eu naquela de estudante, era questionador , tinha alguns pontos,
que não concordava com a igreja, eu questionava muito, eu lembro que eu
questionava essa situação da igreja. Porque que a igreja não tinha um papel de
atuação social, questionava essa situação. A gente vivia num mundo, e vive onde
você vê, cada vez mais a questão da exclusão, dos poderosos dominando, uma
situação que a cada dia piora e eu tinha esse questionamento. A igreja deveria
ter um papel mais atuante, de atuação. Eu não tinha esse conhecimento. Agora,
estudando, verificando, eu vejo que a igreja ela tem um papel fundamental e ela
atua sim e atua muito na área social. Prova disso é esse evento hoje. Eu
verificando na história, o grito dos excluídos, é uma iniciativa da igreja. O
setor social, a pastoral social da CNBB, que criou o grito dos excluídos. Foi
uma força e um movimento de esclarecimento e de luta. Então você percebe que a
igreja, ela tem o seu papel, ele atua, e tua bastante no lado social. Lembro,
que quando vim aqui para o município, eu logo conheci o Irmão Luis. Eu gostaria
nesse momento, fazer um louvor ao Irmão Luis, pelo papel social, que no tempo
que ele esteve aqui, ele se envolveu em iniciativas sociais, dedicação de luta,
e isso me aproximou mais da igreja, porque eu vi na prática, essa situação de
luta para os excluídos. Para a camada mais pobre, um olhar diferenciado, e
naquela época ele fez uma programação, no mês de julho, onde fomos visitar
várias comunidades do setor rural, e o objetivo primordial, dessas visitas, que
foram várias palestras, era de estar colocando, a situação dos jovens, para que
os jovens venham participar da sociedade civil organizada, ouvimos vários
relatos aqui de várias pessoas, colocando essa situação que os jovens estão
cada vez mais céticos, não participam. Se formos verificar aqui, pouquíssimos
jovens com interesses, e naquela ocasião, buscávamos resgatar essa situação,
para que aparecessem novas lideranças, para verificar junto aos jovens, a
iniciativa, de tomar posições, de brigar pelo um município melhor, por um
estado melhor, por um Brasil melhor. O objetivo naquelas palestras era isso, e buscar os jovens, para
enfrentamento dessa realidade. É como a dona Creusa colocou, as figuras se
repetem, você veja um bairro bastante atuante como ela colocou, o Bairro
Leitoso que reivindica luta. Mas se você for vê, são apenas quatro pessoas. Não
há uma renovação. Vai chegar o momento que essas pessoas, não vão poder mais
colaborar. E ai o movimento vai se esvair? Vai haver outras pessoas, outras
lideranças pra continuar essa luta? Então naquela época, a preocupação do Irmão
Luis já era essa. De que o jovem que tivesse esse olhar, para tomar iniciativa,
desenvolver projetos, criar outras
soluções para galgar a caminhada de luta. Como o Nascimento colocou, vamos ter
bastante derrotas, inúmeros momentos de tristezas, mas a luta é contínua, os
seguimentos tem que estar unidos, como ele colocou uma situação, você veja aqui
no município, se a gente for retratar a questão dos excluídos. Hoje os
professores, estão no nível de excluídos, infelizmente, e é uma classe grande,
que se fosse unida, teria um poder imenso, de luta e reivindicação. Mas é uma
classe que está desorganizada e desunida. Só há interesses pessoais. Conversando
também como o Doutor Ary colocou aquela questão de “papo cabeça”. Como é que
pode, uma classe como a dos professores hoje, que é grande, não conseguem
eleger representantes. Uma classe como essa, deveria ter pelo menos um ou dois
vereadores para estar lutando, aí sim teria força. O grito dos excluídos, vem
para isso, para se fazer uma reflexão, da situação que nos vivemos e propor
soluções. O grito dos excluídos ele vem justamente, para reforçar uma situação
simbólica. E porque que vem na semana da Pátria? Porque a semana da Pátria, comemora-se a
Independência do Brasil. Então a respeito do grito dos excluídos, é nesse
sentido, deve-se fazer uma reflexão de outras situações e buscar uma
independência em vários setores. Essa é a reflexão que a gente tem que fazer. Doutor
Plinio ainda deu vários exemplos de excluídos e dos problemas existentes em
nosso município, onde vários setores não estão funcionando, principalmente na
área de segurança. Disse ainda que a família é a base de tudo e que muitas coisas
estão faltando para que possamos ter uma vida tranquila e que todos devem se
unir e reivindicar seus direitos para possamos ter uma perspectiva, afim de dar
melhores condições para um futuro próspero aos nossos jovens. Falou ainda de
vários assuntos, dentre eles a família, as condições que se encontram nosso
jovens, a falta de perspectivas, drogas, insegurança, etc. Várias pessoas
interagiram com o palestrante e no final de sua palestra, ainda ficou atendendo
em particular a várias pessoas que necessitavam de sua ajuda no setor jurídico,
instruindo-as como proceder afim de resolver os seus problemas.
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Momento de oração |
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Momento de oração |
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Ora do rango |
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Lanche sobrou |
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Professora interagindo com os palestrantes |
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Encerramento |
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