Um dia
o vento novamente encontrou outra criança.
Vento: olá
menino!
E o
menino encantado com o vento contou seu sonho.
Menino: Vento
eu quero ser grande.
Vento: Ainda
não menino. Um dia irás conhecer o senhor TEMPO ele vai te mostrar que tudo tem
um momento exato para acontecer, para florescer e amadurecer.
E o
vento continuou: Menino por que queres ser grande?
Menino: Por
que quero ser um astronauta, um piloto de helicóptero, um mágico, um cantor, um
astro da música, um artista famoso, um cientista, um professor, um construtor,
um médico, um veterinário, um advogado, um engenheiro, um marinheiro, um
bombeiro, um policial.
Vento: Calma
menino, você pode ser tantas coisas. Temos tempo para isso. O TEMPO te trará
sonhos, mas para realizar deves seguir um caminho.
Menino: Que
caminho?
Vento: Do
coração, ele não se engana. Fique atento para os sinais. E depois que você o
escutar terá a certeza do que deve correr atrás. A voz do coração impulsiona
nossos sonhos e realizações.
Menino: E você Vento o que faz na vida?
Vento: Eu
danço com a vida. Estou aqui, ali e em qualquer lugar. Trago alívio para
aqueles que precisam. Também sou destrutivo, mas por puro reflexo de ato humano
danoso. Na verdade, o que gosto mesmo, é trazer e levar lembranças. Lembrar aos
adultos, que também já foram meninos, que em algum dia também brincamos na rua,
numa avenida em pleno 7 de setembro ou que construímos castelos de areia.
E o
fim da tarde chegou:
Menino: Vento quando a gente vai se ver de novo?
Vento: A
qualquer hora a gente pode se encontrar de novo, e vou guardar esta lembrança,
este sonho de um civil estampado em sua farda. Vou conversar com o TEMPO,
senhor de todos os hinos, para inspirar cada vez mais este pequeno coração.
E o
Menino e o Vento marcharam a tarde inteira numa avenida rumo ao imaginário.
Entre
o real e o imaginário, junto aos sonhos de criança ouvido pelo tempo, encerro a
crônica da semana, fiquem com Deus, um beijo a todos. Ary Vital Filho.
EM
NOTA:
É com
muita alegria que escrevo esta crônica em pleno 8 de setembro de 2023, depois
desta ilustre visita do pequeno Yan Maicon Silva Zanetti que representou
a Polícia Civil no desfile de 7 de setembro na Praça Cívica de Rurópolis. Falar
sobre sonhos, infância, realizações e outros sentimentos bons, tudo o que
precisamos para terminar este ano. Emocionante saber que ainda há pais que
incentivam seus filhos a trilharem os caminhos da ordem, da lei e da Justiça.
Só uma observação, e o puxão de orelha não vem do vento e sim do delegado: nota
10 pela iniciativa, mas dedo fora do gatilho, menino, menino. Grande abraço
fraterno Ary Vital Filho.
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