A
BR-230, também conhecida como Rodovia Transamazônica, é uma rodovia federal
transversal do Brasil, com extensão implantada de 4 260 km (5 662,60
quilômetros incluindo os trechos não construídos). Foi criada durante o governo
do presidente Emílio Garrastazu Médici (1969 a 1974), sendo uma das obras
inacabadas devido às suas proporções enormes, realizadas durante o período do
governo militar. Ao extremo leste (na região Nordeste), se inicia na cidade de
Cabedelo, no estado da Paraíba; enquanto que ao extremo oeste (na região
Norte), se inicia na cidade de Lábrea, no estado do Amazonas.
No ano
de 1970, o então presidente do Brasil Emilio Garrastazu Médici decidiu colocar
em prática um ambicioso projeto com o objetivo de promover a integração
nacional e ampliar o desenvolvimento do norte do país: a construção da
Transamazônica. A rodovia seria capaz de atravessar vários estados, tendo
seu marco inicial na Paraíba e seu término na fronteira com o Peru.
Agora,
no próximo a completar 52 anos após o início das obras, o que se vê é
uma situação muito diferente da utopia de Médici: a abertura da estrada foi
interrompida antes de chegar ao país vizinho, e bilhões de reais já foram
gastos sem que a via sirva realmente como escoadouro da produção brasileira. O
governo federal ainda sustenta a promessa de pavimentar os trechos que
apresentam maior população no entorno, mas a operação é bastante lenta e
marcada por ciclos de reparos e estragos.
Carreta tombada no travessão dos Baianos |
Durante
o verão amazônico, época marcada pela seca, realizam-se diversos consertos nos
pontos de atoleiros e nos pequenos trechos de asfalto da rodovia. Entretanto,
quando chega o período de chuva, tanto a natureza quanto o tráfego acabam destruindo
o que havia sido feito, deixando a estrada em estado lamentável mais uma vez.
Quando
chove, atoleiros são comuns principalmente nos trechos que cortam os estados do
norte do Brasil. Não raro, caminhoneiros têm que passar a noite na
Transamazônica, aguardando o reboque. O desafio de cruzar a pista em meio à
estação de chuvas é tão grande que, na maioria das vezes, a logística e o custo
do frete não compensa a realização do transporte de cargas para essas regiões.
As
dificuldades para quem mora às margens da rodovia estão presentes em todos os
momentos do dia, pois, além das terras ao redor não favorecerem o cultivo
agrícola – devido ao desmatamento desenfreado -, os moradores sofrem com graves
problemas de falta de recursos e de infraestrutura. Algumas pessoas têm que
andar muitos quilômetros, para ter acesso a serviços básicos, como hospitais e
supermercados.
Embora
seja uma obra cara, o término da Transamazônica ajudaria não só a população que
vive ao longo de sua extensão, como também a economia do país, já que a estrada
serviria como mais uma opção de via para o escoamento da produção brasileira de
matéria-prima e de bens manufaturados.
Com
esse descaso, no verão o sofrimento é com a poeira, e no inverno, os usuários
continuam sofrendo com os atoleiros, que dificultam, e em muitos trechos é paralisado
por vários dias a trafegabilidade, prejudicando o comercio e a economia do
País.
EM TEMPO: O texto acima, foi uma parte transcrito da Wikipédia, e também extraída de um texto da página da Nacional Transporte (https://nacionaltransportes.com/), feito há sete anos atrás, que continua bem atual e adaptada por H. Marinho.
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