Observando a "cor do vento" |
Hoje vendo muitos se
despedirem no grupo criado há um bom tempo para troca interna de informações
referente a trabalhos, e logo em seguida essas pessoas tão queridas que, de
sobre maneira contribuíram para segurança do município, mandarem mensagem de
adeus no PV. Eu me vi emotivo, perdido, triste, mas com a sensação de dever
cumprido. De repente querendo saber a cor do Vento, lembrando de um filme de
arte francês, que assisti aos 20 poucos anos, que hoje já não recordo nem o
nome, apenas o momento em que a filha cega pergunta a mãe, qual era a cor do
vento. A mãe respondeu que não sabia e a menina ficou sem resposta.
A chuva passou, resolvi sair
e vesti a primeira camisa que achei, presente antigo, dado também por um amigo
muito querido, Conrado, que andou por essas bandas. Cumprimentei algumas
pessoas pelo município.
No final da tarde, encontrei
uma munícipe residente desde a fundação e com aquela velha senhora de espírito
jovial sente à porta do Presidente Médici, desabafei.
Disse: “Meus amigos estão
indo embora e eu resolvi ficar. Os dois IPCS daqui antes de ir me abraçaram e
quando senti que iriam dizer Adeus, eu cortei e disse lhes: Ei, até breve”.
A velha senhora falou:
“Delegado é assim mesmo, uns vão, outros vem e uns permanecem”.
Eu: “Permanecem porque
então?”
Ela: “Porque alguém tem que
ficar para continuar a história. Para contar a história para aqueles que
chegam. Como nós!”
Lembrei-me de meu professor
Benilton Cruz que uma vez me disse que na vida ora somos narradores
personagens, ora somos apenas narradores, ora somos personagens, era mais ou
menos isso. Sinto que isso fez todo sentido hoje.
A todos vocês amigos que
vão, fica somente gratidão e saudades, aos que chegam sejam bem-vindos e aos
que ficam continuemos a história até podermos explicar qual a cor do vento em
nossas páginas da vida. Boa viagem a todos nós nessa história que inicia e se
reinicia aqui ali ou em qualquer lugar. Abs. Ary Vital Filho
Em nota:
Enquanto isso no Facebook:
Ary: - Como é mesmo Benilton
Cruz? Somos personagens, narradores etc? Não lembro exatamente.
Benilton Cruz: - Exatamente
como falas acima. E a cor do vento? A levo comigo, talvez a cor da esperança.
Abraço fraterno.
Agradecimento:
Nunca pensei que essa
crônica-carta fosse emocionar tantos, aqueles que leram muito obrigado.
Obrigado pelas mensagens enviadas.
Entre o real e o imaginário,
chegadas e partidas, entre a verdade e a fantasia aqui contada, o que eu já nem
sei mais, encerro a crônica da semana. Um beijo à todos, fiquem com Deus. Ary Vital Filho.
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