terça-feira, 17 de abril de 2018

CRÔNICA DA SEMANA: A COR DO VENTO.

Observando a "cor do vento"

Hoje vendo muitos se despedirem no grupo criado há um bom tempo para troca interna de informações referente a trabalhos, e logo em seguida essas pessoas tão queridas que, de sobre maneira contribuíram para segurança do município, mandarem mensagem de adeus no PV. Eu me vi emotivo, perdido, triste, mas com a sensação de dever cumprido. De repente querendo saber a cor do Vento, lembrando de um filme de arte francês, que assisti aos 20 poucos anos, que hoje já não recordo nem o nome, apenas o momento em que a filha cega pergunta a mãe, qual era a cor do vento. A mãe respondeu que não sabia e a menina ficou sem resposta.
A chuva passou, resolvi sair e vesti a primeira camisa que achei, presente antigo, dado também por um amigo muito querido, Conrado, que andou por essas bandas. Cumprimentei algumas pessoas pelo município.
No final da tarde, encontrei uma munícipe residente desde a fundação e com aquela velha senhora de espírito jovial sente à porta do Presidente Médici, desabafei.
Disse: “Meus amigos estão indo embora e eu resolvi ficar. Os dois IPCS daqui antes de ir me abraçaram e quando senti que iriam dizer Adeus, eu cortei e disse lhes: Ei, até breve”.
A velha senhora falou: “Delegado é assim mesmo, uns vão, outros vem e uns permanecem”.
Eu: “Permanecem porque então?”
Ela: “Porque alguém tem que ficar para continuar a história. Para contar a história para aqueles que chegam. Como nós!”
Lembrei-me de meu professor Benilton Cruz que uma vez me disse que na vida ora somos narradores personagens, ora somos apenas narradores, ora somos personagens, era mais ou menos isso. Sinto que isso fez todo sentido hoje.
A todos vocês amigos que vão, fica somente gratidão e saudades, aos que chegam sejam bem-vindos e aos que ficam continuemos a história até podermos explicar qual a cor do vento em nossas páginas da vida. Boa viagem a todos nós nessa história que inicia e se reinicia aqui ali ou em qualquer lugar. Abs. Ary Vital Filho
Em nota:
Enquanto isso no Facebook:
Ary: - Como é mesmo Benilton Cruz? Somos personagens, narradores etc? Não lembro exatamente.
Benilton Cruz: - Exatamente como falas acima. E a cor do vento? A levo comigo, talvez a cor da esperança. Abraço fraterno.
Agradecimento:
Nunca pensei que essa crônica-carta fosse emocionar tantos, aqueles que leram muito obrigado. Obrigado pelas mensagens enviadas.
Entre o real e o imaginário, chegadas e partidas, entre a verdade e a fantasia aqui contada, o que eu já nem sei mais, encerro a crônica da semana. Um beijo à todos, fiquem com Deus. Ary Vital Filho.


Nenhum comentário:

Postar um comentário