Encenação realizada pelos jovens da Pastoral da Juventude |
Pároco Padre Jean Paul |
Para
os católicos, hoje é o único dia do ano em que não há missas. Os cristãos
celebram hoje uma das datas mais importantes do calendário religioso, em que se
recorda o julgamento, a crucificação e a morte de Jesus Cristo. A Sexta-Feira
Santa ou Sexta-Feira da Paixão foi marcada por procissões, ritos e encenações
sobre o calvário percorrido por Jesus, sendo considerada um dia de recolhimento
e abstenção como forma de comunhão com o seu sofrimento.
Preparação para adoração da cruz |
Para os católicos, é o
único dia do ano em que não se celebram missas e que tradicionalmente se evita
o consumo de carne. Aqui em nossa cidade, a Igreja católica deu continuidade
nos trabalhos da Semana Santa, com a Procissão da Via Sacra. A Procissão saiu
da rua em frente ao Quartel da Policia Militar, que coincidentemente fica na
divisão de um bairro para outro, ou seja, do lado da rua onde fica o Quartel é
Bairro Alvorada e do outro lado da Rua é Bairro Bela Vista, com o início às
13h00min, passou pelas ruas da cidade e se dirigiu até a Igreja Matriz, onde
foi realizada a solenidade, com a celebração da Paixão de Cristo, ministrada
pelo Pároco Padre Jean Paul. Durante a Procissão, foi realizado encenações
sobre o calvário percorrido por Jesus, encenado por jovens da Pastoral da
Juventude. MAS O QUE É A SEXTA-FEIRA
SANTA? VEJA A MATÉRIA COMPLETA CLICANDO ABAIXO.
O jovem Jefté Reghine no papel de Jesus |
SEXTA-FEIRA SANTA
Cristo
crucificado. A morte de Jesus é o principal evento relembrado na Sexta-feira Santa.
Sexta-feira Santa é uma festa religiosa cristã que relembra a crucificação de
Jesus Cristo e sua morte no Calvário. O feriado é observado sempre na
sexta-feira que antecede o Domingo de Páscoa, o sexto dia da Semana Santa no
cristianismo ocidental e o sétimo no cristianismo oriental (que conta também o
Sábado de Lázaro, anterior ao Domingo de Ramos). É o segundo dia do Tríduo
Pascal e pode coincidir com a data da Páscoa judaica.
]Este dia é considerado um
feriado nacional em muitos países pelo mundo todo e em grande parte do
ocidente, especialmente as nações de maioria católica. De acordo com os relatos
nos evangelhos, os guardas do templo, guiados pelo apóstolo Judas Iscariotes,
prenderam Jesus no Getsêmani. Depois de beijar Jesus, o sinal combinado com os
guardas para demonstrar que era o líder do grupo, Judas recebeu trinta moedas
de prata (Mateus 26:14-16) como recompensa. Depois da prisão, Jesus foi levado
à casa de Anás, o sogro do sumo-sacerdote dos judeus, Caifás.
Sem revelar nada
durante seu interrogatório, Jesus foi enviado para Caifás, que tinha consigo o
Sinédrio reunido (João 18:1-24). Muitas testemunhas apareceram para acusar
Jesus, mas seus relatos conflitavam entre si e Jesus manteve-se em silêncio.
Finalmente, o sumo-sacerdote desafiou Jesus dizendo: «Eu te conjuro pelo Deus
vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.» (Mateus 26:63) A
resposta de Jesus foi: «Tu o disseste; contudo vos declaro que vereis mais
tarde o Filho do homem sentado à direita do Todo-poderoso e vindo sobre as
nuvens do céu.» (Mateus 26:64) Por conta disto, Caifás condenou Jesus por
blasfêmia e o Sinédrio concordou em sentenciá-lo à morte (Mateus 26:57-66).
Pedro, que esperava no pátio, negou Jesus por três vezes enquanto o
interrogatório se desenrolava, exatamente como Jesus havia previsto. Na manhã
seguinte, uma multidão seguiu com Jesus preso até o governador romano Pôncio
Pilatos e o acusaram de subversão contra o Império Romano, de se opor aos
impostos pagos ao césar e de auto-denominar "rei" (Lucas 23:1-2).
Pilatos autorizou os líderes judeus a julgarem Jesus de acordo com seus
próprios costumes e passar-lhe a sentença, mas foi lembrado pelos líderes
judeus que os romanos não lhes permitiam executar sentenças de morte (João
18:31).
Pilatos interrogou Jesus e afirmou para a multidão que não via
fundamentos para uma pena de morte. Quando ele soube que Jesus era da Galileia,
Pilatos delegou o caso para o tetrarca da região, Herodes Antipas, que, como
Jesus, estava em Jerusalém para a celebração da Páscoa judaica. Herodes também
interrogou Jesus, mas não conseguiu nenhuma resposta e enviou-o de volta a
Pilatos, que disse para a multidão que nem ele e nem Herodes viam motivo para
condenar Jesus. Ele então se decidiu por chicoteá-lo e soltá-lo, mas os sacerdotes
incitaram a multidão a pedir que Barrabás, que havia sido preso por assassinato
durante uma revolta, fosse solto no lugar dele.
Quando Pilatos perguntou então
o que deveria fazer com Jesus, a resposta foi: «Crucifica-o!» (Marcos 15:6-14).
A esposa de Pôncio Pilatos havia sonhado com Jesus naquele mesmo dia e alertou
Pilatos para que ele não se envolvesse «na questão deste justo» (Mateus 27:19)
e, perplexo, o governador ordenou que ele fosse chicoteado e humilhado. Os
sumo-sacerdotes informaram então Pilatos de uma nova acusação e exigiram que
ele fosse condenado à morte por "alegar ser o Filho de Deus". Esta
possibilidade atemorizou Pilatos, que voltou a interrogar Jesus para descobrir
de onde ele havia vindo (João 19:1-9).
Voltando
à multidão novamente, Pilatos declarou que Jesus era inocente e lavou suas mãos
para mostrar que não queria ter parte alguma em sua condenação, mas mesmo assim
entregou Jesus para que fosse crucificado para evitar uma rebelião (Mateus
27:24-26). Jesus carregou sua cruz até o local de sua execução (com a ajuda de
Simão Cireneu), um lugar chamado "da Caveira" (Gólgota em hebraico e
Calvário em latim). Lá foi crucificado entre dois ladrões (João 19:17-22).
Jesus agonizou na cruz por aproximadamente seis horas. Durante as últimas três,
do meio-dia às três da tarde, uma escuridão cobriu "toda a terra"
(Mateus 27:45, Marcos 15:13 e Lucas 23:44).
Quando Jesus morreu, houve um
terremoto, túmulos se abriram e a cortina do Templo rasgou-se cima até embaixo.
José de Arimateia, um membro do Sinédrio e seguidor de Jesus em segredo, foi
até Pilatos e pediu o corpo de Jesus para que fosse sepultado (Lucas 23:50-52).
Outro seguidor de Jesus em segredo e também membro do Sinédrio, Nicodemos, foi
com José de Arimateia para ajudar a retirar o corpo da cruz (João 19:39-40).
Porém, Pilatos pediu que o centurião que estava de guarda confirmasse que Jesus
estava morto (Marcos 15:44) e um soldado furou o flanco de Jesus com uma lança,
o que provocou um fluxo de sangue e água do ferimento (João 19:34).
José de
Arimateia então levou o corpo de Jesus, envolveu-o numa mortalha de linho e o
colocou em um túmulo novo que havia sido escavado num rochedo (Mateus 27:59-60)
que ficava num jardim perto do local da crucificação. Nicodemos trouxe mirra e
aloé e ungiu o corpo de Jesus, como era o costume dos judeus (João 19:39-40).
Para selar o túmulo, uma grande rocha foi rolada em frente à entrada (Mateus
27:60) e todos voltaram para casa para iniciar o repouso obrigatório do sabá,
que começou ao pôr-do-sol (Lucas 23:54-56).
COMENTÁRIO NOSSO: A história acima me
faz ver, que se passaram séculos e a humanidade continua com o mesmo pensamento
e fazendo a mesma escolha. Preciso explicar???
A Celebração
Hoje
não se celebra a missa em todo o mundo. O altar é iluminado sem mantel, sem
cruz, sem velas nem adornos. Recordamos a morte de Jesus. Os ministros se
prostram no chão frente ao altar no começo da cerimônia. É a imagem da
humanidade rebaixada e oprimida, e ao mesmo tempo penitente que implora perdão
por seus pecados.
Vão
vestidos de vermelho, a cor dos mártires: de Jesus, o primeiro testemunho do
amor do Pai e de todos aqueles que, como ele, deram e continuam dando sua vida
para proclamar a libertação que Deus nos oferece.
Ação
litúrgica na Morte do Senhor
1. A ENTRADA
A
impressionante celebração litúrgica da Sexta-feira começa com um rito de
entrada diferente de outros dias: os ministros entram em silêncio, sem canto,
vestidos de cor vermelha, a cor do sangue, do martírio, se prostram no chão,
enquanto a comunidade se ajoelha, e depois de um espaço de silêncio, reza a
oração do dia.
2. Celebração da Palavra
Primeira
Leitura
Espetacular
realismo nesta profecia feita 800 anos antes de Cristo, chamada por muitos o 5º
Evangelho. Que nos introduz a alma sofredora de Cristo, durante toda sua vida e
agora na hora real de sua morte. Disponhamo-nos a vivê-la com Ele.
Leitura
do Profeta Isaías 52, 13 ; 53
Eis
que meu Servo há de prosperar, ele se elevará, será exaltado, será posto nas
alturas.
Exatamente
como multidões ficaram pasmadas à vista dele - tão desfigurado estava seu
aspecto e a sua forma não parecia a de um homem - assim agora nações numerosas
ficarão estupefactas a seu respeito, reis permanecerão silenciosos, ao verem
coisas que não lhes haviam sido contadas e ao tomarem consciência de coisas que
não tinham ouvido.
Quem
creu naquilo que ouvimos, e a quem se revelou o braço do Senhor? Ele cresceu
diante dele como um renovo, como raiz que brota de uma terra seca; não tinha
beleza nem esplendor que pudesse atrair o nosso olhar, nem formosura capaz de
nos deleitar.
Era desprezado
e abandonado pelos homens, um homem sujeito à dor, familiarizado com a
enfermidade, como uma pessoa de quem todos escondem o rosto; desprezado, não
fazíamos nenhum caso dele.
E,
no entanto, eram as nossas enfermidades que ele levava sobre si, as nossas
dores que ele carregava.
Mas
nós o tínhamos como vítima do castigo, ferido por Deus e humilhado.
Mas
ele foi trespassado por causa de nossas transgressões, esmagado em virtude de
nossas iniqüidades.
O
castigo que havia de trazer-nos a paz, caiu sobre ele, sim, por suas feridas
fomos curados.
Todos
nós como ovelhas, andávamos errantes, seguindo cada um o seu próprio caminho,
mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós.
Foi
maltratado, mas livremente humilhou-se e não abriu a boca, como cordeiro
conduzido ao matadouro; como uma ovelha que permanece muda na presença de seus
tosquiadores ele não abriu a boca.
Após
a detenção e julgamento, foi preso. Dentre os seus contemporâneos, quem se
preocupou com o fato de ter ele sido cortado da terra dos vivos, de ter sido
ferido pela transgressão do seu povo?
Deram
sepultura com os ímpios, o seu túmulo está com os ricos, se bem que não tivesse
praticado violência nem tivesse havido engano em sua boca.
Mas
o Senhor quis feri-lo, submetê-lo à enfermidade. Mas, se ele oferece a sua vida
como sacrifício pelo pecado, certamente verá uma descendência, prolongará os
seus dias, e por meio dele o desígnio de Deus há de triunfar.
Após
o trabalho fatigante de sua alma ele verá a luz e se fartará. Pelo seu
conhecimento, o justo, meu Servo, justificará a muitos e levará sobre si as
suas transgressões.
Eis
porque lhe darei um quinhão entre as multidões; com os fortes repartirá os
despojos, visto que entregou sua alma à morte e foi contado com os
transgressores, mas na verdade levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores
fez intercessão.
Palavra
do Senhor
Salmo
responsorial
Neste
Salmo, recitados por Jesus na cruz entrecruzam-se a confiança, a dor, a solidão
e a súplica: com o Homem das dores, façamos nossa oração.
Sl
30, 2 e 6. 12-13. 15-16. 17 e 25.
Senhor,
em tuas mãos eu entrego meu espírito.
Senhor,
eu me abrigo em ti: que eu nunca fique envergonhado; Me salva por sua justiça.
Liberta-me. Em tuas mãos eu entrego meu espírito, és tu quem me resgatas
Senhor.
Pelos
opressores todos que tenho já me tornei um escândalo; para meus vizinhos, um
asco, e terror para meus amigos. Os que me vêem na rua fogem para longe de mim;
fui esquecido, como um morto aos corações, estou como um objeto perdido.
Quanto
a mim, Senhor, confio em ti, e digo: " tú és o meu Deus!". Meus
tempos estão em tua mão: liberta-me da mão dos meus inimigos e perseguidores.
Faze brilhar tua face sobre o teu servo, salva-me por teu amor. Sede firmes,
fortalecei vosso coração, vós todos que esperais no Senhor.
Segunda
leitura
O
Sacerdote é o que une Deus ao homem e os homens a Deus… Por isso Cristo é o
perfeito Sacerdote: Deus e Homem. O Único e Sumo e Eterno Sacerdote. Do qual o
Sacerdócio: o Papa, os Bispos, os sacerdotes e dos Diáconos unidos a Ele, são
ministros, servidores, ajudantes…
Leitura
da Carta aos Hebreus 4,14-16; 5,7-9.
Temos,
portanto, um sumo sacerdote eminente, que atravessou os céus: Jesus, o Filho de
Deus. Permaneçamos, por isso, firmes na profissão de fé. Com efeito, não temos
um sumo sacerdote incapaz de se compadecer das nossas fraquezas, pois ele mesmo
foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado. Aproximemo-nos, então, com
segurança do trono da graça para conseguirmos misericórdia e alcançarmos graça,
como ajuda oportuna.
É
ele que, nos dias de sua vida terrestre, apresentou pedidos e súplicas, com
veemente clamor e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte; e foi atendido
por causa da sua submissão. Embora fosse Filho, aprendeu, contudo, a obediência
pelo sofrimento; e, levado à perfeição, se tornou para todos os que lhe
obedeceram a princípio da salvação eterna.
Palavra
do Senhor.
Versículo
antes o Evangelho (Fl 2, 8-9)
Cristo,
por nós, humilhou-se e foi obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso
Deus o sobre exaltou grandemente e o agraciou com o Nome que é acima de todo
nome.
Como
sempre, a celebração da Palavra, depois da homilia conclui-se com uma ORAÇÃO
UNIVERSAL, que hoje tem mais sentido do que nunca: precisamente porque
contemplamos a Cristo entregue na cruz como Redentor da humanidade, pedimos a
Deus a salvação de todos, crentes e não crentes.
3. Adoração da Cruz
Depois
das palavras passamos a um ato simbólico muito expressivo e próprio deste dia:
a veneração da Santa Cruz é apresentada solenemente a Cruz à comunidade,
cantando três vezes a aclamação:
"Eis
o lenho da Cruz, onde esteve pregada a salvação do mundo. Ó VINDE
ADOREMOS", e todos ajoelhados uns instantes de cada vez, e então vamos, em
procissão, venerar a Cruz pessoalmente, com um genuflexão (ou inclinação
profunda) e um beijo (ou tocando-a com a mão e fazendo o sinal da cruz );
enquanto cantamos os louvores ao Cristo na Cruz :
4. A comunhão
Desde
de 1955, quando Pio XII decidiu, na reforma que fez na Semana Santa, não
somente o sacerdote - como até então - mas também os fiéis podem comungar com o
Corpo de Cristo.
Ainda
que hoje não haja propriamente Eucaristia, mas comungando do Pão consagrado na
celebração de ontem, Quinta-feira Santa, expressamos nossa participação na
morte salvadora de Cristo, recebendo seu "Corpo entregue por nós".
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
As gatosas... |
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