Repórter Frank Ewerton entrevistando o advogdo da Camara Dr. Raifran |
Ainda dentro do intervalo da
sessão, que foi bem longo, aproveitamos para saber também a opinião do assessor
jurídico da Câmara de Vereadores de Rurópolis, Doutor Raifran, que deu uma
entrevista exclusiva a nosso repórter Frank Ewerton. Leia a entrevista:
FRANK
EWERTON: Doutor Raifran, qual é sua avaliação sobre esse episódio
que está sendo realizado hoje aqui na câmara, já que no último dia 28, a mesa diretora foi destituída?
DOUTOR
RAIFRAN: Bom dia meu caro repórter, nos estamos com esse episódio
aí que de certa forma desconfortável, porque entendemos que houve legitimidade
na mesa diretora eleita no dia primeiro de janeiro, e por uma ordem judicial,
via mandato de segurança, o juiz decidiu e entendeu que teria sido uma mesa
composta de vícios, e resolveu anular aquela eleição e destituir a mesa
diretora e agora estamos nesse impasse para uma nova eleição. Inclusive, até
trazendo uma grande tristeza, de que naquele momento a vereadora Flora Variani compôs
aquela mesa e hoje compõe uma outra mesa, já que é pretendente a compor a mesa
diretora atual. Eu lamento muito a vereadora Flora ter se portado dessa forma.
F
E : Doutor
Raifran, por se tratar de uma casa de lei, por se tratar da Câmara onde legisla
as leis e lá o judiciário, o juiz pode empossar um vereador, para poder haver
uma nova presidência?
Doutor Raifran assessorando o vereador Jonas Lourenço |
DOUTOR
RAIFRAN: Veja bem, o poder judiciário, é o poder que ele tem a
prorrogativa de poder rever qualquer ilegalidade seja em qualquer dos poderes
em qualquer situação. Ele entendeu através desse mandato de segurança que houve
ilegalidade e determinou uma nova eleição. Eu fico... a minha interpretação,
como já me expressei a ele, essa não seria, no meu entender, não seria a melhor
atitude, é porque aqui se trata de assuntos interna corporis, que é exclusivo
da câmara e que constitucionalmente os poderes são harmônicos e são
independentes. Então qualquer invasão de poderes, eles são inconstitucionais,
passivos de serem revistos esses atos. Quanto ao Regimento Interno, que é
aquele que rege todos os preceitos da câmara, tem um dispositivo que diz, que o
juiz da comarca na ausência da mesa anterior dê posse aos vereadores e faça a
tramitação normal. Eu entendo que ele só teria essa competência, o judiciário só
poderia tomar essa atitude na sessão de instalação dos trabalhos legislativos,
dessa nova legislação que no dia primeiro de janeiro. Se a mesa que o Taká era
presidente, o Vereador Joselino Padilha, nosso amigo Taká, estivesse ausente, o
juiz teria competência para presidir aquela sessão. As demais, eu entendo que o
juiz não tem essa competência de chegar aqui e fazer um tipo de sessão e
principalmente eleger uma nova diretoria, diretoria essa que já foi eleita, foi
destituída, está em nível de tribunal, o tribunal vai rever essa decisão do juiz
se foi correta ou não, se vai manter ou se vai revogar, mas está sub judice.
Então entendo que nesse momento, não seria o melhor caminho do Doutor Gláucio
caminhar por essa trilha.
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