quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

CENTENAS DE FIÉIS SE FIZERAM PRESENTES NA MISSA DE QUARTA FEIRA DE CINZAS

Pároco Padre Jaime Maria Gato, na Homilia

“JESUS CRISTO, SOIS BENDITO, SOIS O UNGIDO DE DEUS PAI!

OXALÁ OUVÍSSEIS HOJE A SUA VOZ: NÃO FECHEIS OS CORAÇÕES EM MERIBA! (SI 94,8)”

A igreja ficou pequena para a quantidade de pessoas
presentes

Com essas palavras, o Pároco Padre Jaime Maria Gato, iniciou o Evangelho (Mateus 6,1-6.16-18), da Santa Missa de ontem, dia 14 de fevereiro de 2024, QUARTA FEIRA DE CINZAS.

Centenas de fiéis se fizeram presente à Igreja de São Francisco de Assis, mais conhecida como Igreja Católica Matriz para ouvir as palavras do Senhor Nosso Deus, através do Pároco Padre Jaime Maria Gato.

A celebração teve inicio às 20:00 horas, com seus ritos habituais, com acolhida, 1ª Leitura (Joel 2,12-18); Salmo Responsorial (50)51; 2ª Leitura (2 Coríntios 5,20-6,2); Evangelho (Mateus 6,1-6.16-18); Homilia; Benção, Distribuição das Cinzas e seguindo com os ritos normais da Santa Eucaristia.  

A Quarta-feira de Cinzas é uma data presente no calendário litúrgico do cristianismo, ela marca o encerramento do Carnaval e, consequentemente, o início da Quaresma. Esta última marca o início do período de preparação e antecipação da Páscoa. A Quarta-feira de Cinzas é observada em diversas denominações cristãs, como o catolicismo, o anglicanismo, o luteranismo. 

Equipe de Cântico

O encerramento do Carnaval com a Quarta-feira de Cinzas coloca fim no período de celebrações tidas como carnais, afinal, o Carnaval é comumente conhecido como a festa da carne.

Com o fim do Carnaval, inicia-se um período que tem uma característica diferente: a de conservação de uma vida religiosa, santa e devota. Esse é o momento da Quaresma, o tradicional período de 40 dias que antecede a Páscoa e que deve ser observado mediante a realização de penitências, tais quais o jejum e obras de caridade.

Missa de Quarta-feira de Cinzas

Durante a Quarta-feira de Cinzas, acontece a missa que é muito conhecida pelo ritual de imposição de cinzas. Esse ritual tem todo um simbolismo que faz sentido dentro daquilo que acreditam os cristãos.

A imposição de cinzas, dentro do que acreditam os cristãos, simboliza o caráter transitório dos seres humanos na Terra, pois o pó relembra o que se torna o corpo humano depois da morte. Sendo assim, acreditam os cristãos, a mortalidade do ser humano é encarada como um fator pelo qual ele deve buscar a graça de Deus. A participação dos fiéis nesse ritual denota exatamente essa devoção.

Comunhão
Oração Eucarística

Sua origem é bastante nebulosa, mas acredita-se que tenha surgido baseado em tradições orientais que foram absorvidas pelo cristianismo durante a existência da Igreja primitiva. Especula-se que a prática se consolidou como um ritual da Quarta-feira de Cinzas em algum momento da Idade Média.

As cinzas usadas na imposição não são quaisquer cinzas, mas as que foram obtidas da queima dos ramos usados na missa de Domingo dos Ramos do ano anterior. Esse é o dia que marca o início da Semana Santa dentro da tradição cristã. Os ramos queimados, ainda, são abençoados com água benta, e as cinzas obtidas da queima recebem aromatizantes.

Somente o padre pode realizar a imposição de cinzas, e, durante o ritual, ele faz o desenho de uma cruz na testa do fiel. A Igreja pede aos fiéis que vão para a missa de Quarta-feira de Cinzas em jejum.

Texto de Daniel Neves Silva, adaptação H. Marinho – Fotos Jonas Lourenço - VEJA MAIS FOTOS CLICANDO NO LINK ABAIXO👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

RURÓPOLIS: 50 ANOS – LEMBRANÇAS DE UM PIONEIRO

Antiga agência do Banco da Amazônia em Rurópolis (foto extraída do Google)

Crônica de Ercio Bemerguy*

Presidente descerrando a Placa
Inaugural da Agêncvia do BASA

Posso dizer como o poeta: “Meninos, eu vi!”. Sim, eu vi, em 12/02/1974, nascer a Rurópolis Presidente Medici, hoje, uma próspera cidade localizada às proximidades do “cruzamento” da Transamazônica com a Rodovia Santarém-Cuiabá. As origens de Rurópolis têm a ver com o Programa de Integração Nacional (PIN), instituído no ano de 1970 e implantado a partir de 1971. O objetivo do PIN era o de desenvolver um grande programa de colonização dirigida na Amazônia, trazendo trabalhadores de diversos pontos do Brasil, em especial do Nordeste para povoar a região que tinha como lema "integrar para não entregar".

Ali, acompanhei, do início até ao final, a construção de um prédio onde instalei e gerenciei por quase dois anos a primeira agência bancária – do Banco da Amazônia S/A – inaugurada pelo então presidente da República, general Emílio Garrastazu Médici, presentes, também, entre inúmeras outras destacadas autoridades, o governador do Pará, Fernando Guilhon, Jorge Babot de Miranda, presidente do BASA e José de Moura Cavalcante, presidente do INCRA. Assisti a montagem, no meio da mata, de imensos canteiros de obras e a execução, diuturnamente, de serviços de desmatamento de grandes áreas.

Populares assistindo a saída do Presidente, do Prédio da 
Agência do BASA

Era grande a quantidade de caminhões, caçambas, tratores e betoneiras preparando, transportando e despejando concreto nas ruas, calçadas, casas e praças e em centenas de outras obras que iam surgindo da noite para o dia, concluídas com rapidez impressionante. Testemunhei, também, a chegada de gaúchos, nordestinos, catarinenses, enfim, de milhares de imigrantes de diversas regiões brasileiras, homens e mulheres, de todas as idades, transportados em ônibus e em carrocerias de caminhões, para povoar a região e trabalhar, prioritariamente, na agricultura, plantando arroz, milho e feijão. Quando chegavam, o Incra disponibilizava uma casinha a cada uma das famílias, além de dar uma ajuda mensal em dinheiro, equivalente ao valor de um salário mínimo vigente naquela época, isso durante seis meses.

Outra coisa: era comovente e, ao mesmo tempo, muito gratificante ver centenas de operários – chamados de “peões” – alojados em grandes barracões cobertos de lona ou de palha, sem paredes, com goteiras, sem o mínimo de segurança e conforto, porém, todos alegres e felizes, certos de que estavam contribuindo para fazer nascer um povoado, uma futura cidade para gerar emprego e renda pra muita gente. 

Reunião no interior da Agencia do BASA
(Ercio de óculos escuro e bigode)

Era um sonho, sim, mas que se transformou em realidade, pois Rurópolis, como município autônomo, passou à categoria de cidade através da Lei nº5.446, de 10 de maio de 1988, e instalado no dia primeiro de janeiro de 1989, durante o governo Hélio Mota Gueiros, com área desmembrada de Aveiro. Sua população era de 35.033 mil habitantes - dados IBGE-2008.ntes - dados IBGE-2008.

Ao ser inaugurada, Rurópolis dispunha apenas de um belíssimo hotel construído em madeira da melhor qualidade, uma galeria comercial com dez pequenas lojas, uma estação rodoviária com bar e restaurante, uma igrejinha ecumênica, um hospital, escritório do INCRA, agência do BASA, umas cinquentas casas residenciais, uma praça, uma escola, uma quadra de esportes, água encanada e luz elétrica. 

Ercio Bemerguy, inspecionando um plantio de arroz
de cliente financiado pelo BASA

Tudo era administrado e custeado pelo INCRA. Inúmeras foram as minhas viagens, à serviço, ou simplesmente para passar o fim de semana junto aos meus familiares em Santarém. Dirigindo o meu próprio carro, lá ia eu com muitas dificuldades no trajeto de 214 quilômetros de estrada de chão batido, sem um pingo de asfalto. Enfrentava buracos, poeira, muita lama e, às vezes, fazia muita força para tirar do atoleiro o meu valente fusquinha. Um detalhe não pode deixar de ser registrado aqui: não foram poucas as vezes que eu era obrigado a transportar no trecho Santarém/Rurópolis, apenas na companhia de um colega de trabalho - o Ramiro (Sarará) -, muito dinheiro destinado ao suprimento do Caixa da agência bancária que eu gerenciava. Viajávamos desarmados e nunca fomos assaltados ou pelo menos importunados na estrada ou nas paradas que fazíamos, por quem quer que seja, ao contrário do que acontece atualmente, com a bandidagem imperando em toda parte, assaltando bancos, sequestrando e matando pessoas. Parabéns aos pioneiros e aos atuais habitantes de Rurópolis, bem como aos seus governantes, pelo transcurso, ontem, de seus 50 anos de existência.


*Ercio Bermeguy, dentre outras profissões e hobby, é funcionário do BASA, locutor de rádio, membro da ALAS – Academia de Letras e Artes de Santarém, e administrador do Blog “O Mocorongo”, onde gosta de escrever as suas lembranças. Vale ressaltar que ERCIO MEMERGUY, foi o PRIMEIRO GERENTE DO NANCO DA AMAZÔNIA, em Rurópolis. Hoje, juntamente com seus familiares, reside em Belém.


Matéria extraída na íntegra do Blog “O Mocorongo”. 

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

IGREJA CATÓLICA REALIZA MISSA EM AÇÃO DE GRAÇA PELOS 50 ANOS DE RURÓPOLIS.

Pároco Padre Jaime Maria Gato, com os fiés na Missa de Ação de Graça
 
O bolo personalizado

Com mais uma iniciativa do Pároco Padre Jaime Maria Gato, ontem, 12 de ferreiro de 2024, foi realizada, com início às 20:00 horas, na Igreja Católica Matriz, a Celebração Eucarística em Ação de Graça, pelos 50 anos de existência de RURÓPOLIS, que no seu inicio se chamava RURÓPOLIS PRESIDENTE MÉDICI.

Com a Construção da Transamazônica, no início da década de 1970, a colonização dirigida pelo INCRA, foi uma forma planejada de ocupação da Amazônia. É neste contexto histórico que surge Rurópolis, planejada para ser um centro urbano que assim como outros existentes no projeto que exigia uma infraestrutura padronizada que viesse cumprir com as normas estabelecidas no projeto.

Primeira Dama Maria Padilha, com os Pioneiros

Inaugurada em 12 de fevereiro de 1974, pelo então Presidente da República Emílio Garrastazu Médici, Rurópolis Presidente Médici, entra para a história por ser a primeira cidade construída na Transamazônica e a única rurópolis implantada pelo PIN, no cruzamento das rodovias Transamazônica e Cuiabá Santarém. Foi elevada à categoria de distrito, pela LEI de nº 5.370 de 07 de maio de 1987, publicado no diário oficial de 29 de maio do mesmo ano, e finalmente emancipada, através da LEI Estadual nº 5446 de 10 de maio de 1988, na época abrangia uma área territorial de 6.922,96 km, elevada à categoria de município sob o nome de RURÓPOLIS, desmembrado de Aveiro.

Com a realização da Santa Missa no dia de ontem, o Pároco Padre Jaime Maria Gato, relembrou o dia 12 de fevereiro de 1974, quando antes das inaugurações e festejos de comemoração alusivas à fundação, foi realizada a Missa em Ação de Graça, onde foi abençoado aquele momento de grande relevância, e sonhos que se tornaram realidade para milhares de pessoas.

Senhora Irene Freire, chegou com o marido em 1969

Antes do encerramento da Santa Missa, o Pároco chamou a Senhora Maria dos Santos Padilha, Primeira Dama do Município, que estava presente representando o Prefeito Joselino TAKÁ Padilha, que não pode comparecer por estar em outro local, cumprindo suas obrigações como gestor municipal, para usar da palavra, como também, o Vereador Jonas Lourenço da Silva, representando o Legislativo. Ambos levaram suas mensagens e pode ser ouvida na íntegra, nos vídeos abaixo.  

Na oportunidade o Pároco convidou também alguns pioneiros para ficarem à frente da Assembleia, e o senhor Cléo Farias, que chegou no ano da fundação (1974), e a senhora Irene Freire, que chegou ANTES da fundação (1969), falaram um pouco do que enfrentaram quando das suas chegadas (vídeo abaixo). Irene Freire, Maria de Lourdes Almeida Marinho (Fia, que chegou no ano de 1972),  Cléo Farias, Maria Divina Cansado, Maria Eluiza Rodrigues, Fatima Soares, Domingos e mais uma senhora que infelizmente não sei o nome, foram os convidados para representarem os pioneiros.

Uma ótima Homilia feita pelo Pároco, falando da anicversariante:



Essa primeira missa em ação de graça referente a fundação de Rurópolis, contou com a presença de poucos fiéis. Mas o Pároco justiça a ausência, e fala que a missa de ontem, não teve quantidade, mas teve qualidade. A realização da missa de ontem, foi decidida após a missa de domingo e além das várias programações alusivas ao aniversário, como também por ser uma “segunda de carnaval” e tendo várias programações carnavalescas, no mesmo horário, não houve tempo para uma boa divulgação. Mas, a Missa de Ação de Graça, conforme o Pároco, irá continuar e no próximo ano, será muito melhor, tanto de público como melhor programada.

Parabéns e Bênção final

Para encerrar com “chave de ouro”, no final da Santa Missa, teve bolo personalizado, não faltando também o “Parabéns pra ocê”.

Texto, fotografias e vídeos de H. Marinho - Veja a matéria completa, com muitos vídeos e fotos, clicando no link abaixo 👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇👇

sábado, 10 de fevereiro de 2024

RURÓPOLIS ... DOS 36 ANOS AOS 50...

Prefeito Joselino TAKÁ Padilha, e os ex-prefeitos de Rurópolis
 
O INCRA - Unidade Avançada de Rurópolis, hoje funciona precariamente, haja vista, todos os problemas serem resolvidos pela Superintendencia de Santarém. Antonio Gilberto Ferreira de Barros, chegou em Rurópolis em janeiro de 1974, fez o período de experiencia e em 25 de março, foi admitido e continua até a presente data. Gilberto é o uníco remascente do Quadro do INCRA e é o unico que faz o atendimento na Unidade.

Prefeito, Vice e o primeiro escalão do Executivo 

Com a Construção da Transamazônica, no início da década de 1970, a colonização dirigida pelo INCRA, foi uma forma planejada de ocupação da Amazônia. É neste contexto histórico que surge Rurópolis, planejada para ser um centro urbano que assim como outros existentes no projeto que exigia uma infraestrutura padronizada que viesse cumprir com as normas estabelecidas no projeto.

Inaugurada em 12 de fevereiro de 1974, pelo então Presidente da República Emílio Garrastazu Médici, Rurópolis Presidente Médici, entra para a história por ser a primeira cidade construída na Transamazônica e a única rurópolis implantada pelo PIN, no cruzamento das rodovias Transamazônica e Cuiabá Santarém.

Após o fracasso do projeto de colonização do Governo Federal, Rurópolis Presidente Médici ficou sob administração de Aveiro já que seu território pertencia a este município. Elevada à categoria de distrito, pela LEI de nº 5.370 de 07 de maio de 1987, publicado no diário oficial de 29 de maio do mesmo ano. O distrito de Rurópolis Presidente Médici e a sede do município de Aveiro, não tinham nenhum tipo de ligação rodoviária ou fluvial, as relações comerciais entre os mesmos eram realizadas através dos municípios de Santarém e Itaituba.

Legislativo atual

Almejando a emancipação política e um maior desenvolvimento, a sociedade civil organizada, instituições sociais e lideranças locais realizaram mobilizações com o objetivo de formar uma comissão provisória pro-emancipação, que foi criada no dia 12 de fevereiro de 1987, composta por representantes de vários seguimentos da sociedade.

No dia 24 de abril de 1988 foi realizado o plebiscito, que teve resultado favorável à emancipação. A Rurópolis Presidente Médici foi finalmente emancipada, através da LEI Estadual nº 5446 de 10 de maio de 1988, na época abrangia uma área territorial de 6.922,96 km, elevada à categoria de município sob o nome de RURÓPOLIS, desmembrado de Aveiro.  O distrito sede foi instalado em 01-01-1989. Em divisão territorial datada de 17-I-1991, o município é constituído do distrito sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005.

Rurópolis é um município brasileiro do Estado do Pará, pertencente à Mesorregião do Sudoeste Paraense. Localiza-se no norte brasileiro. Sua população estimada pelo IBGE em 2021 era de 52.473 habitantes. Possui uma área de 6.991,379 km².

Doutora Juliana Fernandes Neves - Titular do judiciário

Nesta segunda-feira, dia 12 de fevereiro de 2023, RURÓPOLIS estará completando 50 ANOS DE FUNDAÇÃO. Apesar de ainda necessitar de muitas coisas, vemos que muita coisa mudou, e a área urbana cresceu e prosperou, juntamente com o número de munícipes.

Temos um ótimo Hospital Municipal, muito bem equipado, com UBS em vários bairros, como também na área urbana; bons e ótimos colégios, tanto na área urbana, como na área rural; a infraestrutura está sendo bem cuidada, com as recuperações constantes de estradas, vicinais, e asfaltamento na área urbana; na segurança, contamos com a Polícia Civil, Policia Militar, SIDETRAN, DEMUTRAN, etc. Como em toda localidade, também temos os nossos problemas, que são muitos, mais que os governantes, juntamente com os habitantes, estão tentando mudar esse quadro.

A gestão atual tem como titular o Prefeito JOSELINO TAKÁ PADILHA, e Vice, ERZENIR ORBEN, que tem como componentes de sua equipe de trabalho no primeiro escalão, os seguintes secretários: ANDERSON SILVA DOS SANTOS; Secretaria Municipal de Administração e planejamento – SEMAP; RENATO FERREIRA DE BARROS NETO - Secretaria Municipal de Finanças – SEMFIN; JURANDIR FERREIRA VIEIRA, Secretaria Municipal de Educação Cultura e Deporte – SEMECD; MARIA DOS SANTOS PADILHA, Secretaria Municipal de Trabalho e Assistência Social – SEMTRAS; FRANCISCA SOARES SCHOMMER, Secretaria Municipal de Saúde – SEMSA; EDER DA SILVA BASEGIO, Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMMA; CARLOS MEURER NASCIMENTO, Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento – SEMAB e MARCIANO LIRA ALMEIDA, Secretaria Municipal de Infraestrutura – SEMINFRA.

Câmara Municipal

O Poder Legislativo é composto por treze vereadores, tem como Presidente o Vereador Guto da Silva Touta (PSC); Vice, Anderson Guimarães Pinto (MDB); 1º Secretário, Jonas Lourenço da Silva (PT), e 2º Secretário, Elivaldo Conceição Silva (MDB)

Igreja Católica Matriz

Os demais Vereadores são: Elias José Zanetti (DEM); Francisco Flaviano de Sousa – Professor Flaviano (MDB); Ismael Carvalho Cunha - Ismael do Salão (PSB); Marcelo Duarte Correa (PSB); Paulo Soares de Sousa - Paulão (MDB); Raimundo Nonato Souza Silva - Nonatinho (PSDB); Robson Alves da Silva (PRB); Sebastião Rodrigues da Silva - Neguinho Labigó (PPS); e Sérgio Ribeiro (MDB). 

No Judiciário, contamos com os trabalhos da Juíza, Doutora Juliana Fernandes Neves. No momento o município se encontra sem Promotor titular.

Rurópolis, desde sua emancipação, já contou com sete nomes que administraram o município. Seis eleitos uma ou duas vezes pelo povo e um que administrou através de intervenção Estadual. Veja a seguir, os nomes dos prefeitos e interventor, e seus períodos à frente do executivo municipal:  Zericé da Silva Dias - Período: 1989 a 1992; Aprigio Pereira da Silva -Período: 1993 a 1996; Zericé da Silva Dias - Período: 1997 a 1998; Averaldo Pereira Lima, como interventor estadual - Período: 1999 a início de 2000; José Paulo Genuíno - Período: 2000. 

Escola Municipal

Era o vice de Zericé Dias e assumiu; José Paulo Genuíno - Período: 2001 a 2004; Aparecido Florentino da Silva - Período: 2005 a 2008; Aparecido Florentino da Silva - Período: 2009 a 2012; Pablo Raphael Gomes Genuíno - Período: 2013 a 2016; Joselino Padilha, Taká - Período: 2017 até 2020; Joselino Padilha, Taká - Período: 2021 – 2024)

O Prefeito Joselino TAKÁ Padilha, está exercendo o SEGUNDO mandato, e sua gestão ainda conta com a credibilidade de seus munícipes, haja vista, o trabalho que vem sendo realizado nesse período. Há pessoas contrárias? Claro que há, se não fosse assim, não haveria a política... A maioria dos munícipes acredita nesse governo, e com a ajuda e a participação de todos, o futuro é promissor. Parabéns Rurópolis, que todos juntos possamos lutar por dias melhores, que venha mais, muito mais! 


Texto feito com ajuda do Google e fotografias, algumas também extraídas do Google.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

RURÓPOLIS DA FUNDAÇÃO À EMANCIPAÇÃO


Casas construída pelo INCRA e entregue aos agricultores

“O povo brasileiro responde ao desafio da história ocupando o coração da Amazônia”. Com estas palavras, o então presidente da República, Emílio Garrastazu Médici inaugurou em 12 de fevereiro de 1974 a Rurópolis batizada com seu próprio nome, localizada no Pará. A Rurópolis Presidente Médici foi fundada no entroncamento da BR 163, Cuiabá – Santarém e BR 230, Transamazônica, as duas grandes rodovias previstas no Programa de Integração Nacional (PIN), uma das principais políticas do governo militar. O modelo de desenvolvimento pretendido pela ditadura para a região da Transamazônica previa a criação de Agrovilas, Agrópolis e Rurópolis. Essas últimas, seriam o ponto alto do modelo de urbanismo pretendido, com serviços bancários, escolas e hospitais. Apenas a Rurópolis Presidente Médici, no entanto, foi inaugurada em um evento que contou com a presença de várias autoridades e teve ampla cobertura da imprensa.

Hotel Presidente Médici

A Transamazônica representava muito mais do que um projeto de estrada. Sua construção buscava materializar um grande programa de colonização na Amazônia e transformação de um território. A rodovia era apresentada nas propagandas oficiais como símbolo do “progresso e da segurança nacional” e como um grande projeto nacionalista que resolveria os problemas sociais da região.

Neste projeto, a colonização daquela vasta região seria feita por trabalhadores/as migrantes nordestinos e sulistas, incentivados a trabalhar na expansão da fronteira agrícola. Estava implícita a concepção de que a presença do elemento branco e “evoluído” nortearia o progresso da região. Ainda hoje é comum ouvir histórias de favorecimento de sulistas em detrimento dos nordestinos no que diz respeito ao acesso de bons lotes e crédito para produção. Além disso, há um apagamento da presença indígena nos relatos oficiais, apesar da larga utilização do trabalho dos povos originários locais nas construções naquela região. 

Familia residente na "Vila da Palha"

Os primeiros colonos, que foram trazidos oficialmente pelo Instituto de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), obtiveram os lotes de terra mais próximos da rodovia. Já as famílias candidatas à colonos que chegaram atraídas pela propaganda, mas fora do programa oficial, acabavam se instalando nos lotes mais distantes ou se aglomeravam nas imediações de Rurópolis, à espera do tão sonhado pedaço de terra. O PIN também previa que parte dos trabalhadores migrantes mobilizados para a construção das rodovias pudessem fixar-se na região, transformando-os em colonos.

A cidade planejada Rurópolis Presidente Médici era destinada apenas aos prédios de instituições públicas e dos prestadores de serviços, além das moradias dos funcionários dessas instituições. Era proibida a construção de novas casas sem autorização das autoridades governamentais. As numerosas famílias do Nordeste e do Sul que chegavam eram obrigadas a improvisar habitações nas margens da rodovia e da cidade planejada.

Inicio da cidade planejada

O principal local dessas moradias precárias ficou conhecido como Vila da Palha. As moradias da vila eram construídas com madeira das sobras da cidade planejada, sacos de cimento utilizado na obra e palha da floresta.

As mulheres e as crianças costumavam ficar na Vila da Palha, onde, além de se sentirem mais seguras, eventualmente era possível ganhar algum dinheiro prestando serviços para os moradores da cidade planejada. Os homens adentravam a mata para abrir as picadas que permitissem chegar aos lotes. Muitas vezes este trabalho ocorria de maneira coletiva, com as diferentes famílias ajudando-se mutuamente para abrir picadas, construir pontes, derrubar a mata e construir casas nos lotes.

Área Comercial
Primeira Igreja Católica

Às vésperas da inauguração oficial da Rurópolis Presidente Médici as autoridades locais decidiram que aquela ocupação não planejada poderia manchar a imagem do projeto e decidiram que todas as famílias deveriam ser retiradas. Dias antes da solenidade de inauguração um funcionário do INCRA conhecido como Carlão comandou a desocupação violenta da área. Segundo seu Eucídio, antigo morador da região, “tocaram fogo nas casas e o pessoal tudo correndo de dentro de casa. Esse Carlão mandou tocar fogo e trator empurrando com gente, aquela coisa assim… deu dó.” As pessoas e objetos foram colocados em caminhões. Algumas foram levadas para os lotes distantes, outras foram deixados na margem da Transamazônica a alguns quilômetros de distância da cidade planejada em uma área conhecida hoje como Petezinho. Na antiga área de Vila Palha foi semeado arroz e na ocasião do evento de inauguração já havia um exuberante gramado verde que nada lembrava a existência de uma “favela” nos limites da cidade planejada.

Fundação SESP

Embora nada tenha sido oficialmente registrado, ainda é forte na região a memória sobre o “Massacre da Vila da Palha”. O projeto que prometia a redenção e a integração nacional deixou de ser prioridade do Estado brasileiro nos anos subsequentes à inauguração e os discursos oficiais se esforçaram em produzir um apagamento dos conflitos, desencontros e resistências durante sua implementação. Em 1988, a Rurópolis Presidente Médici se emancipou politicamente e tornou-se município preservando apenas o nome de RURÓPOLIS. A antiga área ocupada pela Vila da Palha é hoje conhecida como os bairros periféricos da Serraria e do Leitoso, residência dos trabalhadores e trabalhadoras da cidade.

Vale ressaltar, que no período de 1972 (ano que começou a chegar os funcionários para a construção iniciais das casas e ruas, ou seja, o começo da infraestrutura) à 1988, o INCRA era o responsável por tudo. Telefone, luz, água, etc., tudo era de responsabilidade do INCRA e não tinha ônus pelo usufruto.

Agencia do Banco da Amazônia

O INCRA construiu uma serraria de última geração, de onde tirava as madeiras para a construção das casas dos funcionários, escritório, etc. Nas dependências da serraria, tinha três Caldeiras à lenha (Locomóveis), que abastecia de energia, tanto a serraria, como toda a Rurópolis. O INCRA construiu ainda um sistema de abastecimento de água, para fornecer água gratuitamente às casas dos funcionários e mais tarde, para toda a população (ainda é usada até os dias de hoje).  O INCRA agia como hoje age a Prefeitura. O Executor (chefe das Unidades Avançadas), tinham o poder que um prefeito tem hoje. Nesse período, foi difícil o crescimento, haja vista, que o INCRA proibia a construção de residências particulares. Posteriormente foi liberado, mas as construções tinham que obedecer ao padrão exigido, e as pessoas achavam demasiado caro.

MUITOS DIZEM QUE A CONSTRUÇÃO DAS RODOVIAS E A COLONIZAÇÃO, FOI UMA UTOPIA. NA MINHA HUMILDE OPINIÃO, O INCRA E AS RODOVIAS TROUXERAM MUITA PROSPERIDADE PARA TODOS AQUELES QUE REALMENTE QUISERAM TRABALHAR. TEMOS EXEMPLOS DOS DOIS LADOS DA MOEDA...

Em tempo: Amanhã, sábado, postaremos outra matéria referente aos 50 anos, contando um pouco do que aconteceu após a emancipação...


Fotografias cedidas pela Professora Fatima da Silva Sampaio.
Texto de Magno Michell Marçal Braga com complementação de H. Marinho