Doutor Ary - Palestrante |
Alunos: Doutor, em que o
senhor se inspira para fazer as suas crônicas?
Eu: No cotidiano. É
observando pessoas, lugares, situações que se me emocionarem ou me chamarem a
minha atenção de alguma forma elas nascem.
Alunos: Qual crônica que o
senhor mais gostou de escrever?
Eu: Jamais poderei escolher
somente uma, pois, seria uma injustiça irreparável com todas as outras. Todas
possuem personagens memoráveis e histórias de vida fantásticas. Cada uma possui
um ensinamento. E vocês têm alguma preferida?
E de repente foi um
falatório.
- Ei, vamos organizar. Cada
um fala a crônica que mais gostou.
Alunos: O recheio do bolo,
Dona menina, O roteiro da vida, Os fantasmas se divertem, Caminhos do coração
(Padrinhos), Vire a página, Deuzinho (Atestado), Para Sempre (Dr. José
Calegaro), Duas vidas (Ethel), Neubert Barulho, Uma pescaria debaixo do
Jambeiro, etc.
E aqueles alunos do nono ano
me certificaram que eram realmente meus eleitores e como as minhas histórias
estariam influenciando na sua vida.
Alunos: Doutor, qual seu
escritor favorito?
Eu: Darei a vocês,
basicamente, a mesma resposta quando me perguntaram qual seria minha crônica
favorita. Jamais poderei escolher somente um, pois, seria uma injustiça
irreparável com todos os outros, pois, cada um possui sua forma de escrever,
seu processo de criação de seus personagens e histórias. Posso citar a vocês os
meus escritores e poetas favoritos: Machado de Assis, Florbela Espanca, Clarice
Lispector, Paulo Leminski, Nelson Rodrigues, William Shakespeare, José de
Alencar, Monteiro Lobato, Luís Fernando Veríssimo, Cecília Meireles, Carlos
Drummond de Andrade, Ariano Suassuna, Paulo Coelho, Jorge Amado e tantos e
tantos outros.
Aluna: Posso fazer uma
pergunta?
Eu: Sim
Aluna: Como você arruma
tempo para escrever?
Eu: Também não sei, porque
sou sobrecarregado de tarefas. Fazer uma instituição funcionar de forma correta
e eficaz num município, onde você se torna totalmente responsável para atender
um demanda, não é nada fácil, principalmente quando há mais adversidades a
serem enfrentadas do que facilidades para desenvolver um trabalho. Mas, tenho
prazer em escrevê-las. Elas fazem parte da minha higiene mental, com elas eu me
divirto, brinco, dou boas risadas, choro, reflito, critico, alfineto situações
comportamentais cotidianas, então, sempre terei tempo para elas. VEJA A MATÉRIA COMPLETA CLICANDO ABAIXO.
Aluna: É fácil escrever uma
crônica? A inspiração vem assim do nada?
Eu: Tecnicamente não é
fácil, mas emocionalmente sim. Eu me prendo a emoção. Quanto a inspiração nem
sempre ela vem, pois há pessoas incríveis nesta cidade que tenho observado que
gostaria muito de escrever sobre elas, mas até agora, ainda não consegui encontrar
o ponto e o momento exato que dali possa surgir uma boa história. Eu tenho que
vivenciar, por isso que disse que todas que escrevi foram especiais e únicas.
Olha só, de repente aqui, pode-se nascer a crônica da semana. Como é seu nome?
Aluna: Clelma.
Eu: Como escreve?
Alunos: Com “C”.
Aluna: Com “K”.
Eu: Afinal é com “C” ou com
“K”?
Aluna: Com “K”.
Eu: Vou escrever assim K
(Clelma).
E de repente eu pensei
comigo: Interessante “C” e o “K”, brigando como irmãos e os dois filhos da
mesma mãe.
Eu: Taí, daqui pode nasceu
uma futura crônica, o dia em que o “C” entrou num ringue com o “K”. Façam suas
apostas quem vai ganhar? Por que você gosta do “K” ao invés do “C”.
Aluna: Por que “K”, doido, é
“K”.
Eu: Hum???
Aluna: “K” é mais elegante,
é mais Top, é mais “Zika”.
Eu: Vou discutir? Não né.
Apenas vejo que esta briga não foi definida. Não há um vencedor. Ainda estou
torcendo pelo “C”.
Aluna: Por que?
Eu: Por que com “C” se
escreve Coração e com “K” não.
E as histórias continuaram e
com esta “deixa” entrei nas questões de escolhas de nomes e o que eles
representam para cada um. E assim conhecendo cada um dos alunos, escrevendo
seus nomes no quadro para não esquecê-los. E vimos que cada nome ali me apresentado
possuía um significado, um poder, um brilho, uma sonoridade, uma construção, um
encantamento assim como seus legítimos donos. Até as professores Jovita e
Celiene compartilharam suas histórias. Foi muito gratificante.
Eu: Afinal de Crônicas... Já
que estamos falando em autores e histórias, para encerrar no encontro, vou
contar lhes uma história que gosto muito. Quem um dia tiver a oportunidade
leiam “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá”
é um livro infanto juvenil do escritor brasileiro Jorge Amado, publicado
em 1976. É uma novela escrita em 1948, em Paris, onde então ele residia com sua
esposa Zélia Gattai e seu filho João Jorge. Foi um presente de aniversário dado
ao filho, quando João Jorge completou um ano de idade. Jorge Amado quando
escreveu a novela, ele não tinha intenção de publicá-lo. O texto foi colocado
junto aos pertences de João Jorge e ficou perdido até 1976, quando, João,
vasculhando seus guardados antigos, reencontrou a obra do pai e tomou
conhecimento de sua existência. Farei um resumo: O Tempo prometera a Manhã um
prêmio, se a história que ela lhe contasse fosse boa. A manhã topou o desafio e
resolveu narrar a história de amor entre o Gato Malhado e a Andorinha Sinhá. O
Gato Malhado era velho, mal-humorado e muito mau e um dia, todos os animais do
parque fugiram dele, mas, somente uma jovem andorinha permaneceu num galho de
uma árvore. Nasceu deste primeiro embate uma empatia enorme entre estes dois
animais e uma grande história de amor.
Alunos: Como termina? Eles
se casam? Ficam Juntos?
Eu: Calma, vão ler o livro.
Eu li e sei que não vão se arrepender. A narrativa de Jorge Amado, o mesmo
autor de Tieta do Agreste e Capitães de Areia é rica em detalhes e nós faz
pensar muito. A moral da história é que o mundo somente será melhor quando as
pessoas aceitarem suas diferenças sejam elas raciais, sociais, linguísticas,
educativas. Estas afirmações, eu faço com base num excerto do texto do livro:
“O mundo só vai prestar para nele se viver no dia em que a gente vir um gato
maltês casar com uma alegre andorinha Saindo os dois a voar, o noivo e sua
noivinha Dom Gato e Dona Andorinha” .
Alunos: E a Manhã ganhou o
prêmio?
Eu: Vão ler o livro,
procurem a Rosa Azul. Certamente, você contando uma boa história, o Tempo
também lhes dará esta recompensa.
E as horas foram se
passando, que nem percebemos e nasceu a crônica da Semana. Perdoem-me Rose e
Dimitri, Zé Pequeno e Maria Bonita, mas nossa história foi bem melhor.
Então vamos para a crônica
da Semana?
Lugar e tempo do fato:
Ontem, 03 de Setembro, de 2015, Escola Municipal de Ensino Fundamental Almir
Gabriel, cidade de Rurópolis/Pará. Numa sala de Aula.
Personagens: Uma galera do
Turno da Manhã e Turno da Tarde do nono ano. Vide lista de Chamada. Chamada com
“CH”, neste caso aqui não tem ringue com o “X”.
Agora me pegou, a final de
“crônicas”, a gente está começando ou encerrando?
Realmente esses alunos conheceram não o delegado, o chefe de policia cheio de problemas para resolver, conheceram um mito das crônicas que empresta seu tempo para levar conhecimento, entretenimento, suspense, entre outros. O delegado mostrou que é sério sem ser arrogante. Ouvi da minha filha Jaqueline do nono ano muitos elogios aos professores e ao escritor Ariosvaldo. A policia Civil e Militar esta de parabéns pelos trabalhos realizados na escola Almir Gabriel. Parabenizo também as professoras Celiene, Jovita e Jocivania pelo lindo trabalho.
ResponderExcluirViva a Escola Almir Gabriel,aos alunos e funcionários da escola.
Realmente esses alunos conheceram não o delegado, o chefe de policia cheio de problemas para resolver, conheceram um mito das crônicas que empresta seu tempo para levar conhecimento, entretenimento, suspense, entre outros. O delegado mostrou que é sério sem ser arrogante. Ouvi da minha filha Jaqueline do nono ano muitos elogios aos professores e ao escritor Ariosvaldo. A policia Civil e Militar esta de parabéns pelos trabalhos realizados na escola Almir Gabriel. Parabenizo também as professoras Celiene, Jovita e Jocivania pelo lindo trabalho.
ResponderExcluirViva a Escola Almir Gabriel,aos alunos e funcionários da escola.