Palanque reservado às autoridades |
Arquibancada para o povo |
Já está quase tudo pronto
para o desfile alusivo às comemorações do dia da Independência do Brasil. Neste
ano, o prefeito Pablo Genuíno, preocupado com o bem estar de seus munícipes,
estará proporcionando um feito inédito em nossa cidade, que é a instalação de
arquibancadas, para as pessoas que estão vindas prestigiar o evento, possa
ficar mais acomodado, em vez de ficarem horas em pé, muitas vezes com filhos
pequenos no colo. Além das arquibancadas para o povão, também haverá o palanque
oficial para que as autoridades possam ficar mais à vontade e prestigiar o
desfile em melhores acomodações. O desfile terá inicio a partir da 17h00min. Há
muita controvérsia sobre a instalação da arquibancada, mas, isso sempre haverá,
o importante é que as pessoas que vão usufruir possam gostar e se sentir à
vontade. Mas, tudo bem, quase tudo arrumado, quase tudo pronto, aí vem à
pergunta: Vocês ainda lembram, ou sabem o que realmente se comemora no dia de
hoje e nessa data tão importante? Não custa nada relembrar, não é mesmo? Então
vamos lá... VEJA A MATÉRIA COMPLETA CLICANDO ABAIXO.
A Independência do Brasil é celebrada em todo dia 07 de setembro.
Essa comemoração acontece desde a época do Primeiro Império, que, a cada ano,
rememorava a ocasião em que o país se tornou independente de Portugal no ano de
1822. O processo de independência do Brasil teve como principais atores
históricos, além do príncipe regente D. Pedro (que se tornou o imperador D.
Pedro I), alguns representantes da elite interessada na ruptura entre Brasil e
Portugal. Entre esses representantes, encontrava-se aquele que também se tornou
um dos maiores articuladores do Império, José Bonifácio de Andrada e Silva.
De certa forma, a
possibilidade de um “Brasil independente” remonta à época da vinda da família
real para o Brasil em 1808, acontecimento que inaugurou em nosso país o chamado
Período Joanino. D. João VI veio com sua corte para o Brasil por ter se
recusado a ser conivente com a política do Bloqueio Continental, imposta por
Napoleão Bonaparte contra o Reino Unido. Como Portugal possuía importantes
acordos econômicos com os ingleses, D. João VI achou por bem desobedecer às
ordens do imperador francês e abandonar a Península Ibérica, sendo escoltado
por navios ingleses até a costa brasileira.
Nessa época, o Brasil foi
alçado à condição de Reino Unido, junto a Portugal e Algarves, deixando assim a
condição de ser colônia. Muitas das ações empreendidas por D. João VI no Brasil
durante o período em que aqui esteve (1808-1821) colaboraram para que o país
ganhasse uma relevância que ainda não possuía. Essa relevância tinha dimensões
econômicas, políticas e culturais. Entretanto, nos anos que seguiram após o fim
da Era Napoleônica (1799-1815), Portugal passou por intensas turbulências
políticas. Essa situação exigiu a volta do rei D. João VI com sua corte em
1821.
O rei português deixou no
Brasil como seu representante D. Pedro, seu filho, que recebeu o título de
príncipe regente. Durante o ano de 1821 e até os primeiros dias do mês de
setembro de 1822, as turbulências políticas de Portugal fizeram-se refletir
também no Brasil. As assembléias que ocorriam em Lisboa (que contavam também
com representantes brasileiros) ganhavam pautas que defendiam o retorno de
Portugal como o centro político do referido Reino Unido e, por conseqüência, a
submissão do Brasil à sua posição.
Ao mesmo tempo, em terras
brasileiras, o príncipe regente, orientado por representantes das elites
políticas locais, promovia uma série de reformas que desagradavam às elites
lusitanas. As ações de D. Pedro mobilizaram a corte portuguesa a pedir a sua
volta imediata para Portugal no início de 1822. D. Pedro recusou-se a abandonar
o Brasil e, em 09 de janeiro, optou pela sua permanência no país. Esse dia
ficou conhecido como Dia do Fico.
As indisposições entre
Portugal e Brasil continuaram ao longo do primeiro semestre de 1822. Esse
período de intensas discussões e propostas direcionadas à efetivação da
independência foi exaustivamente estudado por muitos historiadores, tanto
português quanto brasileiro. No Brasil, destacam-se os nomes de Oliveira Lima e
Nelson Werneck Sodré. No mês de setembro, as cortes portuguesas deram um
ultimato para D. Pedro voltar para Portugal, sob ameaça de ataque militar. O
príncipe que estava em viagem ao estado de São Paulo recebeu a notícia e,
antecipando uma decisão que já estava quase nas “vias de fato”, declarou o país
independente às margens do rio Ipiranga, no dia 07. Esse gesto implicaria a
futura organização do país enquanto nação e enquanto império, um projeto que
não era fácil de ser conduzido, como acentua o historiador Boris Fausto:
“Alcançado em 7 de setembro
de 1822, às margens do riacho Ipiranga, dom Pedro proferiu o chamado Grito do
Ipiranga, formalizando a Independência do Brasil. Em 1° de dezembro, como
apenas 24 anos, o príncipe, regente era coroado Imperador, recebendo o título
de dom Pedro I. O Brasil se tornava independente, com a manutenção da forma
monárquica de governo. Mais ainda, o novo país teria no trono um rei português.
Este último fato criava uma situação estranha, porque uma figura originária da
Metrópole assumia o comando do país. Em todo de dom Pedro I e da questão de sua
permanência no trono muitas disputas iriam ocorrer, nos anos seguintes.”
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