terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

CRÔNICA DE SEGUNDA: O ATESTADO DE BOA CONDUTA

Senhor Deuzinho chegando com a poupa de muruci

Com DPC Ary, mostrando seu Atestado

Quero agradecer imensamente ao espaço o qual foi me concedido no blog Sem Polêmica e a todos os leitores de minhas crônicas semanais. Ta um sucesso (palmas). Viral (palmas). Pessoas me encontram na rua e dizem: "Doutor, muito bacana aquilo que o senhor escreveu e quem será o próximo?". “Eu respondo: não sei, pode ser você”. E me perguntam: "Qual é o critério?" Eu respondo: "não sei, na verdade nenhum, pois nada é planejado, tudo é de momento carregado de emoção. Perdoem-me, pois querem respostas, mas somente tenho perguntas. Na verdade, quem é agraciado sou eu, pois acabo abrindo um relicário, encontrando um livro esquecido e folheio as páginas da vida de pessoas até então desconhecidas para mim e a partir daí se brota um apreço e até uma amizade. 


Não nego, arrisco-me e exponho-me com meus textos sem medo de ser feliz. Aos poucos a vida me mostra por quem e pelos “quês” que devo lutar. Reinvento-me quantas vezes forem necessárias até acertar, mas não uso máscaras e gosto tanto quando elas caem de alguns rostos, pois, o que é CERTO é CERTO. Hoje, já no finzinho da tarde, adivinhem quem me aparece na delegacia, batendo na porta com um sorriso largo e diz: “Doutor, posso entrar?” E tem como não retribuir da mesma forma? Então o fiz: “Entre seu Deuzinho, o que lhe devo a honra? Trouxe minha poupa?” Ele: “Não somente sua poupa, mas vim lhe provar tudo que eu lhe disse. Está aqui o meu atestado de boa conduta”. E como duas crianças nós lemos aquele documento. 

Com todo respeito dei total valor ao ato (nota máxima), pois, sei que aquele documento representa muito a ele, afinal, atualmente, num país de escândalos sejam estes reais ou armados, manter uma conduta ilibada é para poucos. Ele ainda me contou que os familiares e amigos leram nossa conversa na internet e até reencontrou outras pessoas que estavam distantes.
- Deuzinho, o Senhor percebeu onde já estamos novamente? Perguntei.
- Dentro da delegacia de novo. Respondeu rindo. 
- Pois é! Afirmei, demonstrando um riso tímido no canto da boca.
- Agora é pela terceira vez. Ele falou.
- E desta vez para me mostrar o seu atestado de boa conduta. Falei.
- Então... Tome sua poupas.
- De Muruci? Perguntei.
- Sim. Respondeu.
- Quanto é? Faço questão. Perguntei e paguei.
- Obrigado. Ele agradeceu.
- E eu que agradeço, pois na verdade ali naquele momento, havia uma simplicidade, uma leveza, uma sinceridade entre duas pessoas, sem máscaras, sem blefes ou sem vaidades.
E ele se foi levando seu carrinho de hortaliças e já de longe parou e me acenou com uma das mãos. Como já me disseram: você é nosso curinga. Pois é! Se dúvida, a carta é uma peça chave que muda toda história num jogo de baralho de forma favorável a quem o tem. Lembrando que para ter esta carta o único fator é a SORTE.

Nota:

E depois que a consegue tem que saber usar. Boa noite e uma semana abençoada para todos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário