segunda-feira, 25 de março de 2013

UM INFELIZ MAL-ENTENDIDO

Alfredo Olivio


Na semana passada o senhor Alfredo Olivio Gerlach, 80 anos, natural do Rio Grande do Sul, residente no Bairro Centro da cidade de Rurópolis, comunicou na Delegacia de Policia Civil que teria entregue uma bomba de borrifação de veneno a uma pessoa para prestar serviços braçais em uma área de sua posse, no entanto, o braçal não compareceu ao serviço, e ao ser abordado e questionado sobre sua falta no serviço o mesmo informou que estava muito embriagado e sem condições de trabalhar, e perguntado sobre o paradeiro da bomba de borrifar, o mesmo informou ao idoso que não se recordava de ter pego nenhum objeto de seu empregador. Diante da insistente negativa do suspeito, sentindo-se enganado, Alfredo procurou a Delegacia para registrar boletim de ocorrência sobre o fato. Como toda ocorrência Policial gera um procedimento policial, o delegado de polícia civil da cidade teve a minúcia de averiguar a veracidade e a culpabilidade do suspeito, para que não houvesse entraves futuros. Assim, Doutor Ariosnaldo da Silva Vital Filho determinou que o investigador de polícia civil Hercules Araújo empreendesse diligência policial com o intuito de localizar o suspeito e reaver o bem subtraído. No final de semana, o suspeito foi localizado e identificado como velho conhecido da polícia pela prática de desordem por influência de bebida alcoólica e ao ser questionado sobre o crime cometido ele afirmou que não praticou furto algum, pois se recorda que encontrava-se ingerindo bebida alcoólica em um bar da feirinha, quando foi procurado pelo senhor Alfredo lhe propondo trabalho. E, após tanta insistência, ele aceitou o labor para borrifar veneno em sua propriedade na zona rural. No dia seguinte, estranhou, pois soube que a polícia estava a sua procura, mas não se recordava de bomba alguma, entretanto, somente no final de semana, ele foi abordado por um dono de bar da cidade informando que teria esquecido embriagado uma bomba de borrifar veneno em seu estabelecimento, que após reaver o objeto deixou guardado em uma oficina mecânica, onde atualmente é empregado, e que pretendia se apresentar na delegacia para esclarecer o caso, pois se sente muito envergonhado de levar a fama de ladrão.
¨Sou cachaceiro sim, mas nunca ladrão, que as pessoas usam minha fraqueza para propor trabalho em troca de cachaça¨ Afirmou o homem ao entregar a bomba a polícia.
No final, o bem foi devolvido ao seu respectivo dono, o qual se deu por encerrado o infeliz mal-entendido.
Moral da história: “Não devemos abusar da fraqueza alheia, pode lhe custar caro”. 
 Informações e fotografia: Policia Civil

Duvido se não for presepada do Ceará...

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