sexta-feira, 15 de março de 2013

PRATAS DA CASA: OS FILHOS DO MIGUEL FURTADO

Família Furtado (falta dois que estão em Santarém)


Hoje, o blog Sem Polêmica, tem a honra de mostrar mais uma matéria denominada “PRATAS DA CASA”. Hoje, 15 de abril de 2013, através do professor Marcos Furtado será contada, em um resumo, o quanto ele e seus irmãos batalharam para conseguir os diplomas que hoje ostentam com tanto orgulho. Esse orgulho é merecedor de nossos aplausos, pois apesar das dificuldades, das condições precárias de seus pais, conseguiram vencer por seus próprios méritos. Não precisaram sujar suas mãos, seus caráter e muito menos suas personalidades. Hoje são vencedores, mais continuam unidos, preservando os laços familiares e dando sempre o valor devido a seus pais que tanto lutaram e sofreram para dar o melhor que eles tinham e que graças a Deus os filhos reconheceram e fizeram jus a confiança neles depositadas. CLIQUE ABAIXO PARA VER A MATÉRIA COMPLETA.





Os Filhos do Miguel Furtado
   Há exatos 23 anos (1990), quem conheceu a nossa família, dificilmente, diria ser possível nos encontrarmos, onde nos encontramos hoje. Meu pai, fazendo um serviço de escritório pouco rentável, e minha mãe trabalhando dia e noite como costureira, ao que se somavam os cuidados com os cinco filhos menores. O meu velhinho, sempre sonhador, tinha o desejo de ver todos nós formados, trabalhando e unidos. Isto era difícil, mas não era impossível, sobretudo, para aqueles que confiam na palavra do evangelho: “a fé remove montanhas”.
   Conforme o exposto acima, e baseado na fé e no trabalho dos meus pais, começou-se a caminhada:
   - Em fevereiro de 1993, lá ia eu para Santarém com 15 anos, fazer o 1º ano científico no Colégio Dom Amando, um dos melhores da Amazônia. Era muito para um plebeu, ficar entre a elite Santarena. Fui e comecei a grande batalha. Não sabia eu, na minha adolescência, a roça que teria que derrubar. No início da minha vida, na cidade anteriormente citada, fui morar na casa do irmão Abraão Batista da silva. Ele foi o meu segundo pai e a dona Laura, a minha segunda mãe, isto por mais de um ano;
   - No final do ano de 1993, a preocupação do meu pai era com o nosso irmão mais velho, o Maxweel. Graças à intervenção do prefeito da época Aprígio Silva, houve o concurso de seleção para Escola Agro técnica Federal de Castanhal, tendo o mesmo participado do referido certame com aprovação. Dessa forma, o cidadão em relevo foi encaminhado para Castanhal, em fevereiro de 1994, com dificuldades financeiras;
   - Quando chegou o final de 1994, eu perguntei para o meu pai: o Márcio vai estudar em Santarém?
   E ele me respondeu: - vai meu filho. Só que o meu pai, Miguel Furtado, e Deus sabiam o quanto isso seria difícil, tornar-se realidade. Mas, a fé é a fé... Graças à intervenção de Frei Roberto nós fomos matriculados, eu no 3º, e ele no 1º científico também no colégio Dom Amando. Não custou muito tempo, fomos para o quadro de honra da citada escola. Nesta altura do campeonato nós éramos três filhos estudando fora, dependendo de dois salários mínimos do papai, do trabalho da minha mãe, Socorro Mendonça, e de uma ajuda mínima da prefeitura de Rurópolis;
   - Em 1996, foi a vez do nosso irmão Marlos ir fazer o 1º ano no colégio Dom Amando, sendo que naquela época o Márcio já estava terminando o científico e eu, após ter feito a minha inscrição no vestibular da Universidade Federal do Pará, Campus de Santarém, com $ 32,00 doados pelo professor José Alves, uma vez que a família não dispunha dessa cifra e ter alcançado êxito no mesmo, começava o curso  de Licenciatura Plena em Letras. No ano em questão, trabalhei como recenseador no IBGE, durante seis meses, no interior, sendo que todo o recurso ganho nesse período foi empregado para pagar as mensalidades do Marlos e do Márcio na instituição de ensino em foco. O meu irmão Marlos voltou, no fim do ano, para Rurópolis, concluindo o seu Ensino Médio na Escola Eurico Valle.
   - O nosso irmão mais velho, Maxweel da Silva Furtado, em 1996, foi graduado pela Escola Agrotécnica Federal de Castanhal como Técnico em Agropecuária. A previsão mais lógica era que ele começasse a trabalhar, na prefeitura, em 1997. Infelizmente, isso não aconteceu. De fato, ele veio trabalhar, em maio de 1999, já na gestão do Interventor Averaldo Pereira, o que representou uma ajuda significativa para a família.
   - Em fevereiro de 2001, depois de ter trabalhado como recenseador, ajudante de eletricista, limpando o quintal da vizinha, ministrando aula particular e em pré-vestibular, além de deixar de se alimentar bem por algumas vezes, fui diplomado Licenciado Pleno em Letras pela Universidade outrora mencionada, tendo começado a trabalhar em Rurópolis, no mês de Março, desse ano como professor de Português e Inglês. Com isso, a nossa receita aumentou, pois passamos a ser quatro a termos renda em casa (meu pai, minha mãe, Maxweel e eu);
   - O nosso irmão caçula, Mábio da Silva Furtado foi estudar no colégio Álvaro Adolfo, em 2000, onde concluiu o Ensino Médio. Naquela época, eu e o Márcio ainda morávamos em Santarém. Hoje, ele é formado em enfermagem pela Universidade Estadual do Pará-UEPA e em Direito pela Universidade Federal do Pará-UFPA. Atualmente, exerce a função de Secretário numa Escola Estadual, no bairro da Nova República, na cidade de Santarém e está aguardando chamada para os concursos da Secretaria Estadual de Saúde-SESPA e do Ministério Público Estadual-MPE.  
   Em 2002 o Márcio, formou-se em Matemática pela Universidade Federal do Pará, começando a trabalhar, em março de 2003 pelo município e em agosto do mesmo ano pelo estado, junto comigo, ambos concursados, sendo ele professor de matemática e física. Este fato, considero o mais importante de nossa história familiar, pois ampliamos a nossa renda, podendo, assim, ajudarmos ainda mais a nossa família e os nossos irmãozinhos carentes. A partir daí, o meu pai criou o conselho familiar, sendo que eu fui nomeado chefe de governo, o Márcio ministro da fazenda e o meu pai chefe de estado e os demais membros da família conselheiros. Na minha família, tudo é feito em comunidade, graças a Deus.
   Passaram-se 23 anos e aquilo que era impossível para os homens, especialmente, os céticos, aconteceu. Os filhos do Miguel furtado combateram o bom combate, e são vencedores, tendo sempre a certeza de que muitas outras vitórias estão por vir . Uma coisa eu digo: “o meu velhinho repete sempre a todos nós, sejamos humildes e agradecidos à misericórdia divina, sabendo que a melhor maneira de fazê-lo é na igreja ( mesa eucarística ) e partilhando com os nossos irmãos mais necessitados as muitas bênçãos recebidas de Deus.
   Além disso, cabe ressaltarmos que o Maxweel, hoje é Extensionista Rural da EMATER ( Empresa de Assistência Técnica em Extensão Rural ), inclusive, exercendo o cargo de chefe do escritório local da referida empresa e o Marlos está formado em administração pela Universidade Luterana do Brasil-ULBRA.
   Senhores e senhoras leitores do Blog Sem Polêmica, esta é a síntese de nossa história que prova aquilo que está dito no livro sagrado “que a fé mostrada pelas obras vence qualquer dificuldade. Parecia, até um sonho inatingível, mas que se transformou em realidade”. Que o relato feito, sirva de estímulo, sobretudo, para aqueles que estão na luta para alcançar o seu lugar ao sol.
   Rurópolis, 15 de março de 2013.
   Muito sucesso a todos e um forte abraço,
   Professor Marcos Furtado

Um comentário:

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