Wadson Diniz e Rebeka Fonseca |
Enfermeira Rebeka Fonseca |
O
destino muitas vezes se apresenta de forma tão inesperada, que às vezes as
pessoas custam a acreditar que aquilo realmente chegou à vida delas. É o que
aconteceu no dia 13 do corrente mês, com os funcionários da Secretaria Municipal
de Saúde de Rurópolis, Rebeka Fonseca (enfermeira) e Wadson Diniz (motorista). Em um simples trabalho de rotina, quando os
mesmos foram designados a transportar uma paciente para o Hospital Regional do
Tapajós em Itaituba, aconteceu de passarem de simples anônimos, para serem
reconhecidos em todo o Brasil, e oxalá, no mundo.
Enorme
engarrafamento de carretas carregadas com soja estava bloqueando a Rodovia
Transamazônica (BR-230), no município de Itaituba (sudeste do Pará), no acesso
ao modal de Miritituba. Segundo a prefeitura,
eram pelo menos 5 mil carretas estacionadas em toda a extensão da via,
aguardando acesso à Estação de Transbordo de Carga (ETC) do Tapajós, principal
rota para o escoamento de commodities agrícolas na região, localizada no
distrito de Miritituba.
A
situação já durava há vários dias e desde sexta-feira (14/02), policiais do
Comando de Policiamento Regional bloquearam a passagem das carretas no trevo de
Campo Verde, para desafogar o fluxo na BR-230.
As
maiorias das carretas saem do Mato Grosso e chegam à localidade por meio da
BR-163. Informações de caminhoneiros indicam que um problema na ETC teria
provocado à espera do lado de fora dos pátios das empresas que gerenciam o
porto. A média de circulação diária de veículos de carga no Porto de Miritituba
é de 500 carretas.
O motorista da ambulância Wadson Diniz |
A
Polícia Rodoviária Federal disse que a BR-163 é um dos principais corredores
logísticos do País e é usado para escoamento da safra de grãos que sai do
centro do País, sobretudo de Mato Grosso, vindo pela BR-163 até os portos do
Pará.
Pessoas
que são conhecedores, dizem que esse problema se faz repetir todos os anos no
início da safra, devido à dificuldade para o tráfego de caminhões nessa época
do ano, por causa das chuvas na região amazônica. No começo é sempre assim,
depois as empresas vão organizando melhor o fluxo.
Então,
os dois servidores sem saber que essa muvuca toda estava acontecendo, foram
cumprir a missão de levar uma paciente em tratamento da Covid-19 (e que usava
cilindro de oxigênio) do Hospital Municipal de Rurópolis, para o Hospital Regional
do Tapajós em Itaituba, quando foi preciso interromper a viagem por conta da
obstrução da rodovia congestionada.
Os dois em ação... |
A
Enfermeira Rebeka e o motorista da ambulância Wadson Diniz, preocupados com o
tempo que demorariam no congestionamento e temendo que a reserva de oxigênio
acabasse, desceram da ambulância para levar a paciente a pé até a balsa. Mesmo
sem pensar nas consequências que poderia ter aquela ação, caminharam com a maca
transportando a paciente, cerca de aproximadamente dois quilômetros. No trajeto
a pé, a paciente chegou a ter uma queda de oxigênio no sangue, mas manteve-se
estável. Com as carretas começando a abrir caminho, o motorista voltou até a
ambulância para buscar o veículo e seguir viagem.
Felizmente,
depois de muita luta, e com ajuda de motoristas e dos profissionais da saúde de
Itaituba que foram ao encontro, cumpriram com a sua missão, e graças ao bom
DEUS, deu tudo certo. A paciente foi devidamente atendida e medicada, e passa
muito bem, haja vista, que até já está de alta.
Vendo
aquela situação dos funcionários da saúde, muitas pessoas fizeram vídeos e
jogaram nas redes sociais. Esses vídeos virilizaram e jornais escritos e
falados, blogs, programas de TV, políticos, etc, fizeram questão de saber quem
era os profissionais e as entrevistas e homenagens começaram a chegar de todos
os cantos do Brasil.
Veja
o que fala o motorista Wadson Diniz da aventura passada por ele e pela
enfermeira Rebeka Fonseca.👇👇👇
Em tempo: A
enfermeira Rebeka Fonseca, devido os inúmeros compromissos, não foi possível
contactar. Fizemos um breve contato, depois não foi mais possível.
Nosso
humilde blog, também se congratula com esses excelentes profissionais que fazem
parte da equipe da FAMILIA SEMSA/RURÓPOLIS.
Áudio com edição de Anderson Amorim
Obrigado ao Wadson Diniz pelo áudio e foto - Obrigado Rebeka Fonseca, pela foto.
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