Igreja Matriz de Nossa Senhora da Saúde em Alter do Chão na década de 1930 (foto de Apolônio Fona extraída do Blog do Padre Sidney Canto) |
Imagem registrada da residencia do autor da crônica |
Hoje,
estou aqui em Alter do Chão. É dia de Nossa Senhora da Saúde, padroeira da
Vila. Acordei sob acordes da “alvorada” e do foguetório de saudação e do louvor
a Ela.
Interessante
como esse modo interiorano de festejar a Santa ainda em mim suscita emoções
reminiscentes.
Envolvido
pela fleuma da fé pedi a Ela que nos ajudasse, que nos protegesse, que nos
desse força...
Levantei
mais cedo para apreciar a luz do sol iluminando todos os recantos sombrios que
a noite escurecera. Acordei mais cedo para ver um novo amanhecer com a marca
registrada da bondade e poder de Deus e a minha pequena grande ânsia de viver e
ser feliz.
Parte da vista da bela praia de Alter do Chão |
Não
quis ir tomar café em hotel ou restaurante. Minha cunhada Rosalba, daquelas
“antigas” matronas que acordam cedo, já preparava o nosso desjejum aqui mesmo
na cozinha de nossa casa.
Ainda
motivado pela emoção alegre da alvorada da Santa fui ao Mingote comprar pão,
manteiga, queijo e filtro para coar café.
Fui
a pé.
O
povo começava a chegar na Vila. Na praça da Matriz os garis lentamente faziam
seu nobre e difícil trabalho.
Aliás,
a Vila está suja, as calçadas descontinuadas, quebradas, invadidas por lixo e
areia… E essa visão me traz vontade de colaborar.
Igreja Matriz de Nossa Senhora da Saúde - hoje |
Pergunto-me,
- como?
E
creio que não sou o único a me auto questionar dessa forma. Você, em algum
momento, ao vir neste belo e conhecido balneário, já se fez essa mesma
pergunta.
Os
administradores da bela Vila dizem que faltam recursos. E o senhor prefeito, os
vereadores, os secretários de governo, talvez não se preocupem tanto com o “bem
comum” como deveria ser. Alguns, e isso eu vejo como cúmulo do absurdo, propõe
mudança de nome de ruas como se isso fosse algo que contribuísse para o bem
comum ou que valesse a pena.
A
festa da padroeira continua!
A
Santa Missa acabou! Quem rezou sai feliz para encarar as belezas da ilha,
desfrutar o calor do sol, refrescar-se no vento ameno que do Lago Verde,
Belterra…
Quem,
como eu não foi a Missa, mas rezou em silêncio, também se alegra com este belo
dia de domingo que também e dia de reis, Reis Magos.
O
dia segue bonito!
O
mundo é novo e segue com seu turbilhão de acontecimentos. Bons e ruins.
E eu
escrevo e descrevo minha emoção de viver mais um belo dia de minha vida.
(Santarém-Pá, 06/01/2019 - 10:20hrs - Alter do Chão) - Emanuel Teixeira Figueira
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