Pároco Padre Jean Paul proferindo à benção aos fiéis |
Em procissão pelas ruas da cidade... |
Hoje,
domingo, dia 10 de Abril de 2017, a partir das 08h00min, fiéis se reuniram na
Praça Raimundo Brito e posteriormente caminharam em procissão até a Igreja de
São José Carpinteiro localizada no Bairro do Arroz, para assistir a Santa missa
por ocasião da solenidade de Domingos de Ramos na Paixão do Senhor. A Santa
missa teve início às nove horas, e foi presidida pelo Pároco Padre Jean Paul,
auxiliado pelo Padre Artur Kałdowski. A Igreja ficou pequena para o numero de
pessoas que se fizeram presentes. Esta celebração tem, por assim dizer, duplo
sabor: doce e amargo. É jubilosa e dolorosa, pois nela celebramos o Senhor que
entra em Jerusalém, aclamado pelos seus discípulos como rei; ao mesmo tempo,
porém, proclama-se solenemente a narração evangélica da sua Paixão.
Chegada na Igreja de São José Carpinteiro... |
Por isso o
nosso coração experimenta o contraste pungente e prova, embora numa medida
mínima, aquilo que deve ter sentido Jesus no seu coração naquele dia, quando
rejubilou com os seus amigos e chorou sobre Jerusalém. Assim, enquanto
festejamos o nosso Rei, pensemos nos sofrimentos que Ele deverá padecer nesta
Semana. Pensemos nas calúnias, nos ultrajes, nas ciladas, nas traições, no
abandono, no julgamento iníquo, nas bastonadas, na flagelação, na coroa de
espinhos... e, por fim, no caminho da cruz até à crucifixão. A
Semana Santa começa no Domingo de Ramos, cuja liturgia celebra a entrada de
Jesus Cristo em Jerusalém montado em um jumentinho (o símbolo da humildade),
que é aclamado pelo povo simples.
Padre Artur e Padre Jean Paul |
As pessoas O aplaudiam como “Aquele que vem
em nome do Senhor”; esse mesmo povo que O viu ressuscitar Lázaro de Betânia
poucos dias antes, estava maravilhado, e tinha a certeza de que este era o
Messias anunciado pelos profetas. Porém, pareciam ter se enganado no tipo de
Messias que o Senhor era. Pensavam que fosse um Messias político, libertador
social, que fosse arrancar Israel das garras de Roma e devolver-lhe o apogeu
dos tempos de Davi e Salomão. Para
deixar claro a esse povo que Ele não era um Messias temporal e político, um
libertador efêmero, mas o grande libertador do pecado, a raiz de todos os
males, então, Cristo entra na grande cidade, a Jerusalém dos patriarcas e dos
reis sagrados, montado em um jumentinho; expressão da pequenez terrena, pois
não Ele é um Rei deste mundo!
Dessa
forma, o Domingo de Ramos é o início da Semana que mistura os gritos de
“Hosana” com os clamores da Paixão de Cristo. O povo acolheu Jesus abanando
seus ramos de oliveiras e palmeiras. Os ramos significam a vitória: “Hosana ao
Filho de Davi: bendito seja o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel;
hosana nas alturas”. Hosana quer dizer “salva-nos!”.
Os
ramos santos nos fazem lembrar que somos batizados, filhos de Deus, membros de
Cristo, participantes da Igreja, defensores da fé católica, especialmente
nestes tempos difíceis em que ela é desvalorizada e espezinhada.
Os
ramos sagrados que levamos para nossas casas, após a Santa Missa [do Domingo de
Ramos], lembram-nos de que estamos unidos a Cristo na mesma luta pela salvação
do mundo, a luta árdua contra o pecado, um caminho em direção ao Calvário, mas
que chegará à Ressurreição.
O
sentido da Procissão de Ramos é mostrar essa peregrinação sobre a terra que
cada cristão realiza a caminho da vida eterna com Deus. Ela nos recorda que
somos apenas peregrinos neste mundo tão passageiro, tão transitório, que se
gasta tão rapidamente. Mostra-nos que a nossa pátria não é neste mundo, mas na
eternidade, que aqui nós vivemos apenas em um rápido exílio em demanda pela
casa do Pai.
A
entrada “solene” de Jesus em Jerusalém foi um prelúdio de Suas dores e
humilhações. Aquela mesma multidão que O homenageou, motivada por Seus
milagres, agora Lhe vira as costas e muitos pedem a Sua morte. Jesus, que
conhecia o coração dos homens, não estava iludido. Quanta falsidade nas
atitudes de certas pessoas! Quantas lições nos deixam esse dia [Domingo de
Ramos]!
Padre Artur Kaldowski |
O
Mestre nos ensina com fatos e exemplos que o Seu Reino, de fato, não é deste
mundo. Que ele não veio para derrubar César e Pilatos, mas para derrubar um
inimigo muito pior e invisível, o pecado.
A
muitos o Senhor decepcionou; pensavam que Ele fosse escorraçar Pilatos e
reimplantar o reinado de Davi e Salomão em Israel; mas Ele vem montado em um
jumentinho frágil e pobre. “Que Messias é este? Que libertador é este? É um
farsante! É um enganador, merece a cruz por nos ter iludido”, pensaram. Talvez
Judas tenha sido o grande decepcionado.
O
Domingo de Ramos ensina-nos que a luta de Cristo e da Igreja, e
consequentemente a nossa também, é a luta contra o pecado, a desobediência à
Lei sagrada de Deus que hoje é calcada aos pés até mesmo por muitos cristãos
que preferem viver um cristianismo “light”, adaptado aos seus gostos e
interesses e segundo as suas conveniências. Impera como disse Bento XVI, a
ditadura do relativismo. VEJA MAIS FOTOS CLICANDO ABAIXO
Prof. Felipe Aquino (extraído do Google)
Para ver em tamanho grande, clique em cima das fotos.
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