segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

A QUEDA!

Tijolo por tijolo vai caindo da estrutura do grande muro, a poeira de cimento deixa uma nuvem cinza, que irá baixar em pouco tempo, permitindo que os de fora vejam o que fazem os de dentro e vice versa.
Não! Não estamos falando da queda do muro de nossa prefeitura municipal que ocorreu há poucos dias, mas da queda do Muro de Berlim em 1989.
Mas afinal, sobre o que de fato estamos falando?
A queda ou derrubada de estruturas físicas de separação, tem historicamente uma significado de proximidade ou liberdade, mas é muita pretensão do caro blog comparar a derrubada do pequeno muro municipal com as grandes derrubadas históricas? De forma alguma, apesar de não parecer, nossa cidade está carregada de história, formada na época do Governo Militar, a cidade em que um Hotel de altíssimo luxo foi criado do dia para noite no meio da “Selva amazônica” para abrigar o Presidente Médici por apenas uma noite, apesar de não ter cara, tem muita história para contar, incluindo o prédio de nossa prefeitura, que inicialmente era um salão de artesanato do INCRA e não tinha o declinado muro em seu projeto original.
A derrubada do muro pela nova gestão simboliza não apenas a proximidade que a prefeitura deve ter com o povo, mas também quer passar a ele uma ideia de gestão que não tem medo de lidar com gente. Ao nosso povo, cujo rosto é originado de diferente regiões do Brasil, resta exigir que esta proximidade seja real, para que possamos sentir que de fato houve o que poderia se chamar de uma mini revolução, onde os marajás, escondidos em fortes luxuosos para não sentir a revolta do povo, não existem mais, e onde o povo de Rurópolis se sinta, em anos, finalmente representado .

Texto : João Paulo Fronhish – Fotografias: Autor desconhecido, enviadas pelo autor

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