Tijolo por tijolo vai caindo
da estrutura do grande muro, a poeira de cimento deixa uma nuvem cinza, que irá
baixar em pouco tempo, permitindo que os de fora vejam o que fazem os de dentro
e vice versa.
Não! Não estamos falando da
queda do muro de nossa prefeitura municipal que ocorreu há poucos dias, mas da
queda do Muro de Berlim em 1989.
Mas afinal, sobre o que de
fato estamos falando?
A queda ou derrubada de
estruturas físicas de separação, tem historicamente uma significado de
proximidade ou liberdade, mas é muita pretensão do caro blog comparar a
derrubada do pequeno muro municipal com as grandes derrubadas históricas? De
forma alguma, apesar de não parecer, nossa cidade está carregada de história, formada
na época do Governo Militar, a cidade em que um Hotel de altíssimo luxo foi
criado do dia para noite no meio da “Selva amazônica” para abrigar o Presidente
Médici por apenas uma noite, apesar de não ter cara, tem muita história para
contar, incluindo o prédio de nossa prefeitura, que inicialmente era um salão
de artesanato do INCRA e não tinha o declinado muro em seu projeto original.
A derrubada do muro pela
nova gestão simboliza não apenas a proximidade que a prefeitura deve ter com o
povo, mas também quer passar a ele uma ideia de gestão que não tem medo de
lidar com gente. Ao nosso povo, cujo rosto é originado de diferente regiões do
Brasil, resta exigir que esta proximidade seja real, para que possamos sentir
que de fato houve o que poderia se chamar de uma mini revolução, onde os
marajás, escondidos em fortes luxuosos para não sentir a revolta do povo, não
existem mais, e onde o povo de Rurópolis se sinta, em anos, finalmente
representado .
Texto
: João Paulo Fronhish – Fotografias: Autor desconhecido, enviadas pelo autor
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