Procissão com o Círio Pascal |
Bênção do Fogo |
Benção da água |
O Sábado Santo ou Sábado de Aleluia é também conhecido como vigília pascal, período
em que as pessoas se reúnem em profunda oração aguardando a ressurreição do
Cristo Salvador.
Esse
é um dia de reflexão, vigília, espera pelo momento da ressurreição de Jesus,
sua volta triunfante do mundo dos mortos para salvar os homens de todos os seus
pecados, um ato de amor supremo pela humanidade.
Comunhão |
Cirio Pascal |
Devido
a esse momento de vigília e reflexão que o sábado santo ou sábado de aleluia é
tão respeitado pelos cristãos, pelas pessoas que realmente entendem o que é a
páscoa.
Aqui
em nossa cidade, a cerimônia começou por volta das 21h00min, realizada pelo
Pároco Padre Jean Paul que iniciou com a bênção do fogo, dando continuidade com
a procissão com velas, bênção da água, confirmação do batismo e por fim a tão
esperada Comunhão Pascal, na qual rendemos ação de graças à Nosso Senhor por
sua Gloriosa Ressurreição, na esperança de que possamos também nós ressurgir
como Ele para a vida eterna. VEJA A
MATÉRIA COMPLETA CLICANDO ABAIXO.
SANTO
SÁBADO DE ALELUIA
NO SÁBADO SANTO honra-se a
sepultura de Jesus Cristo e sua descida à mansão dos mortos; depois do sinal do
Glória, começa-se a honrar sua gloriosa Ressurreição.
A noite do Sábado Santo,
denominada também Vigília Pascal, é especialíssima e solene. A Vigília Pascal
era antigamente celebrada à meia-noite, depois mudada, infelizmente, por
questões práticas(?). Ela não pode, entretanto,
começar antes do início da noite, e deve terminar antes da aurora do
domingo. – É considerada "a mãe de todas as santas vigílias", pois
nesta a Igreja mantém-se de vigia à espera da Ressurreição do Senhor, a
consumação de toda a nossa fé, e celebra-a com os Sacramentos da Iniciação
cristã.
Esta noite é "uma
vigília em honra do Senhor" (Ex 12,42). Assim ouvindo a advertência de
Nosso Senhor no Evangelho (Lc 12, 35), aguardamos o retorno do Cristo, tendo
nas mãos velas acesas, para que ao voltar nos encontre vigilantes e nos faça sentar
à sua Mesa.
A
VIGÍLIA DESTA NOITE É DIVIDIDA DO SEGUINTE MODO:
1) A Celebração da Luz;
2) A meditação sobre as
maravilhas que Deus realizou desde o início pelo seu povo, que confiou em sua
Palavra e em sua Promessa;
3) O nascimento espiritual
de novos filhos de Deus através do Sacramento do Batismo;
4) E por fim a tão esperada
Comunhão Pascal, na qual rendemos ação de graças à Nosso Senhor por sua
Gloriosa Ressurreição, na esperança de que possamos também nós ressurgir como
Ele para a vida eterna.
BENÇÃO
DO LUME NOVO
As luzes da igreja estão
todas apagadas. Do lado de fora está um fogareiro preparado pelo sacristão
antes do início das funções, com a faísca tirada de uma pedra. Então o
celebrante abençoa o fogo e o turiferário recolhe algumas brasas bentas e as
coloca no turíbulo. A pedra representa Cristo, "a pedra angular" que,
sob os golpes da cruz, jorrou sobre nós o Espírito Santo.
O fogo novo, representativo
da Ressurreição de Nosso Senhor, luz Divina apagada por três dias, que há de
aparecer ao pé do túmulo de Cristo, que se imagina exterior ao recinto da
igreja, e resplandecerá no Dia da Ressurreição. Deve ser novo este fogo, porque
Nosso Senhor, simbolizado por ele, acaba de sair do túmulo.
Essa cerimônia era já
conhecida nos primeiros séculos da cristandade. Tem sua origem no costume
romano de iluminar a noite com muitas lâmpadas. Essas lâmpadas passam a ser
símbolo do Senhor Ressuscitado, que surge de dentro da noite da morte.
A
PROCISSÃO COM O CÍRIO PASCAL
Após a cerimônia de
preparação do Círio Pascal, é ele solenemente introduzido no templo por um
diácono que, por três vezes, ao longo do cortejo pela nave central, canta
elevando sucessivamente o tom: "Eis a luz de Cristo" (Lumen Christi).
O coro responde: "Graças a Deus" (Deo Gratias). Em cada parada vão se
acendendo aos poucos as velas: na primeira vez é acesa a vela do celebrante; na
segunda parada, feita no meio do corredor central, são acesas as velas dos
clérigos; na terceira vez, por fim, se acendem as velas dos assistentes, que
comunicam as chamas do Círio bento até toda a igreja estar iluminada.
As velas são acesas no Círio
Pascal, pois nossa luz vem de Cristo. O diácono, que vem vindo, é, portanto,
mensageiro e arauto da boa nova: anuncia ao povo a Ressurreição de Cristo, como
outrora o Anjo às santas mulheres.
As palavras Lumen Christi
significam que Jesus Cristo é a única Luz do mundo.
A procissão, que se forma
atrás do Círio Pascal é repleta de símbolos. É alusão às palavras de Nosso
Senhor: "Eu Sou a Luz do mundo. Quem me segue não anda nas trevas, mas
terá a Luz da Vida" (Jo 8,12; Jo 9,5; 12,46). O Círio, conduzido à frente,
recorda a coluna de fogo pela qual Deus precedia na escuridão da noite ao povo
de Israel ao sair da escravidão do Egito e lhe mostrava o caminho (Ex 13, 21).
– O cristão é aquele que, para iluminar, se deixa consumir na Luz maior, e que
em sua luz acende outras, dando sua própria vida, como ensinou e fez Nosso
Senhor Jesus Cristo (Jo 15,13).
O
PRECÔNIO PASCAL
Ao término da procissão, na
qual se introduz o Círio no Templo, é ele colocado em local apropriado. Com a
vela acesa na mão, renovamos nossa fé, proclamando Jesus Cristo, Luz do mundo
que ressurgiu das trevas para iluminar nosso caminho. E lembramos que por
vocação todo cristão é chamado a ser também luz, como Ele mesmo nos diz:
"Vós sois a luz do mundo. Que, portanto, brilhe vossa luz diante dos
homens, para que as pessoas vejam vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai,
que está nos Céus!" (Mt 5,14.16).
O diácono, após incensar o
Círio e o Livro, canta o Precônio Pascal, do latim Praeconium Pascale, que
significa Anunciação da Páscoa (vídeo acima), em que se exaltam os benefícios
da Redenção e que é um belo poema, a partir da vela, sobre o trabalho das
abelhas e o material para a sua confecção, o significado da luz ao longo da
história de Israel e, de modo especial, sobre Jesus, a Luz do mundo. As
magníficas palavras deste hino são atribuídas a Santo Ambrósio e a Santo
Agostinho. É esse canto o antigo Lucernário da Vigília Pascal. O nome
Lucernário foi dado às orações que se diziam na reunião litúrgica ao
acenderem-se as luzes ao anoitecer (veja letra e tradução aqui).
Arderá daí em diante o Círio
Pascal, em todas as funções, durante quarenta dias, recordando a permanência na
Terra de Cristo ressuscitado. Retirar-se-á no dia da Ascensão, isto é, no
momento em que Jesus Cristo ressuscitado sobe ao Céu.
LEITURA
DAS PROFECIAS
Nos primórdios da Igreja,
nesta hora, aproximavam-se os catecúmenos para receberem o Batismo. A fim de
ocupar a atenção dos fiéis e para a maior instrução dos catecúmenos, liam-se na
tribuna passagens da Sagrada Escritura apropriados ao ato. Eram as Doze
Profecias, como resumo histórico da Religião: criação, dilúvio, libertação dos
israelitas, oráculos messiânicos.
Atualmente são feitas apenas
nove leituras, sete do Antigo Testamento e duas do Novo. Para cada leitura, há
uma oração, com cântico ou salmo responsorial. Após a sétima leitura, são
acessas as velas do Altar a partir do Círio Pascal e o sacerdote entoa o canto
do Gloria in Excelsis, com acompanhamento de instrumentos musicais e de sinos,
que ficaram calados durante todo o Tríduo sagrado. A Igreja, portanto, entra
inteira na alegria pascal. Logo em seguida é feita a primeira leitura do Novo
Testamento (Rm 6,3-11), que é sobre o Batismo.
Após o término das leituras,
o sacerdote entoa o canto solene do "Aleluia", quebrando o clima de
tristeza e contrição que acompanhava todo o tempo da Quaresma. Esse canto
solene, repetido gradativamente três vezes em tom cada vez mais alto,
representa a saída de Cristo da sepultura e expressa o crescente júbilo pela
Vitória do Salvador. Por fim, proclama-se um trecho do Evangelho sobre a
Ressurreição de Jesus, levando-se em consideração o ciclo anual A, B e C.
BENÇÃO
DA PIA BATISMAL
Terminada a leitura das
Profecias, vai o Clero para a pia batismal. Na frente do cortejo, a Cruz e o
Círio Pascal, símbolos de Cristo que deve alumiar a nossa peregrinação terrena,
como em outras eras a nuvem luminosa norteava o rumo dos israelitas no deserto.
O celebrante abençoa a água
num magnífico prefácio em que são lembradas as maravilhas que Deus quis operar
por meio da água; depois, com a mão divide em quatro partes a água já
purificada, e derrama algumas gotas nos quatro pontos cardeais. Enfim, nessa
pia batismal, mergulha por três vezes o Círio Pascal, simbolizando o poder
regenerador que Jesus Ressuscitado dá a essa água e, também, nossa participação
em seu Mistério Pascal, no qual morremos ao pecado e ressuscitamos para a vida
da Graça. E ainda deita nela um pouco do óleo dos catecúmenos e do santo
Crisma. Essa água será usada nos batizados ao longo do ano e na aspersão do
povo.
Quando não há
Batismo-Confirmação, sempre se benze a água, que é levada solenemente até a pia
batismal.
Antigamente, após os ritos
preparatórias, era administrado o Batismo solene aos catecúmenos (os que se
iniciavam na fé cristã) que, durante três anos, viviam um processo intenso de
preparação para ingressar na Igreja, com um rigor maior na Quaresma e na Semana
Santa. Findos os ritos preparatórios, os catecúmenos, jubilosos, eram levados
ao lugar onde haveriam de receber o Batismo. A aspersão dos fiéis que hoje em
dia o celebrante faz, avançando através da igreja, com a água acabada de benzer,
recorda esta antiga cerimônia .
Depois da benção da pia
batismal, volta o préstito ao coro, cantando a Ladainha de Todos os Santos,
recordando os que viveram com fidelidade a Graça Batismal. Chegados ao pé do
Altar, o celebrante e seus ministros prostram-se para meditar ainda na Morte e
Sepultura de Nosso Senhor.
O final do Sábado Santo, com
seus três aspectos do mesmo e único Mistério Pascal: Morte, Sepultamento e
Ressurreição de Jesus, está no ápice do Tríduo Pascal. Primeiro está a Morte na
Sexta-feira; depois Jesus no túmulo, no Sábado; e, em seguida, a Ressurreição,
no Domingo, iniciada, porém, na noite de Sábado, por isso dito "Sábado de
Aleluia", na Vigília Pascal.
A Missa do Sábado Santo é a
primeira das duas cantadas na Páscoa. Esta Celebração ostenta o caráter de
extremo júbilo e magnificência, em forte contraste com a mágoa intensa da
Sexta-feira Santa. Vemos agora os Altares e os dignatários paramentados, em
grande gala. Reboam as notas alegres do Gloria in Excelsis, unidas ao eco dos
sinos festivos! O Aleluia, não mais ouvido desde o início da Quaresma, ressurge
após a Epístola. – Essa é, na realidade a Missa da madrugada da Páscoa. É a
celebração, por assim dizer, da Aurora da Ressurreição.
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