A procissão teve um percurso de aproximadamente dois quilômetros debaixo de chuva e muita lama (fotografia de Mauricio Siqueira) |
Pároco padre Jean Paul |
Hoje, domingo (20/02/2016),
a Igreja católica realizou a procissão de “Domingo de Ramos”, que teve inicio
às 08h00min, quando os fiéis se reuniram em frente à Oficina do senhor Marcelo
e seguiram caminhando até a Igreja de São Raimundo Nonato no Bairro do Leitoso.
Infelizmente, devido à chuva que começou à noite e perdurou durante todo o dia,
poucas pessoas tiveram a fé e a coragem para participar do encontro (inclusive
eu). Além da chuva, e muita lama durante o percurso de aproximadamente dois quilômetros, “acabou” com o pouco da coragem (inclusive a
minha) e a fé daqueles que se dizem católicos. Antes da caminhada,
e ainda nas dependências
do barracão da oficina (para se proteger da chuva), o Pároco Padre Jean Paul abençoou
os ramos e depois começou a caminhada até a Igreja de São Raimundo Nonato, onde
foi realizada a Santa Missa, que teve a participação dos Padres Jean Paul, João e Artur; dos fiés que acompanharam a procissão e comunitários. Hoje é um dia muito importante para os católicos, já que o Domingo de
Ramos abre por excelência a Semana Santa.
Padre João |
Padre Artur |
Relembramos e celebramos a entrada
triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a Paixão,
Morte e Ressurreição. Este domingo é chamado assim porque o povo cortou ramos
de árvores, ramagens e folhas de palmeiras para cobrir o chão onde Jesus
passava montado num jumento. Com folhas de palmeiras nas mãos, o povo o
aclamava "Rei dos Judeus", "Hosana ao Filho de Davi",
"Salve o Messias"... E assim, Jesus entra triunfante em Jerusalém
despertando nos sacerdotes e mestres da lei muita inveja, desconfiança, medo de
perder o poder. Começa então uma trama para condenar Jesus à morte e morte de
cruz.
O povo o aclama cheio de
alegria e esperança, pois Jesus como o profeta de Nazaré da Galiléia, o
Messias, o Libertador, certamente para eles, iria libertá-los da escravidão
política e econômica imposta cruelmente pelos romanos naquela época e,
religiosa que massacrava a todos com rigores excessivos e absurdos.
Mas, essa mesma multidão,
poucos dias depois, manipulada pelas autoridades religiosas, o acusaria de
impostor, de blasfemador, de falso messias. E incitada pelos sacerdotes e
mestres da lei, exigiria de Pôncio Pilatos, governador romano da província, que
o condenasse à morte.
Por isso, na celebração do
Domingo de Ramos, proclamamos dois evangelhos: o primeiro, que narra a entrada
festiva de Jesus em Jerusalém fortemente aclamado pelo povo; depois o Evangelho
da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, onde são relatados os acontecimentos do
julgamento de Cristo. Julgamento injusto com testemunhas compradas e com o
firme propósito de condená-lo à morte. Antes, porém, da sua condenação, Jesus
passa por humilhações, cusparadas, bofetadas, é chicoteado impiedosamente por chicotes
romanos que produziam no supliciado, profundos cortes com grande perda de
sangue. Só depois de tudo isso que, com palavras é impossível descrever o que
Jesus passou por amor a nós, é que Ele foi condenado à morte, pregado numa
cruz.
O Domingo de Ramos pode ser
chamado também de "Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor", nele, a
liturgia nos relembra e nos convida a celebrar esses acontecimentos da vida de
Jesus que se entregou ao Pai como Vítima Perfeita e sem mancha para nos salvar
da escravidão do pecado e da morte. Crer nos acontecimentos da Paixão, Morte e
Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo, é crer no mistério central da nossa
fé, é crer na vida que vence a morte, é vencer o mal, é também ressuscitar com
Cristo e, com Ele Vivo e Vitorioso viver eternamente. É proclamar, como nos diz
São Paulo: '"Jesus Cristo é o Senhor", para a glória de Deus Pai' (Fl
2, 11).
Fonte:
http://www.catequisar.com.br –
Fotografias: Padre Artur
Nenhum comentário:
Postar um comentário