sábado, 11 de abril de 2015

CRÔNICA DA SEMANA: SOB O CÉU DE RURÓPOLIS

Doutor Ary sob o céu de Rurópolis

DPC´s Ary Vidal e Nelson Nascimento

Ultimamente tenho vivido muitas emoções sob o céu de Rurópolis e graças a Deus, mais uma vez, depois de injustas acusações, confusões, fofocas e bafões provei que o vilão da história não é eu, já até perdoei alguns “bobões” que na sua santa ignorância acabaram confundindo o sagrado direito da liberdade de expressão com a arte de insultar. Mas, convenhamos, toda boa história para que haja um bom mocinho, tem que existir um bom vilão. Não é mesmo? Isso é natural. Dialético. O que seria de Clark Kent se não fosse Lex Luthor? Do Homem Aranha, sem o Duende Verde? Tudo na verdade depende de um ponto de vista. Pena, sorte ou apenas um sentimento de “ainda bem”, aliviado me benzo e agradeço que minha natureza humana não permita a vilania e nem a cara de pau.  
Se sou amigo, sou por inteiro. Se sou sincero, sou por inteiro. Se eu prometo, eu cumpro. Esta semana, depois de muito tempo, me senti em paz comigo e com o meu próximo. Senti Deus. Fui digno de momentos. Dinheiro não é tudo, mas compra pupunha e bolo de milho que eu adoro. 
Escrivão Bibiano e DPC Ary
Tenho conhecido pessoas incríveis nesta cidade e o que é mais interessante pelo facebook. Não nego que minhas crônicas têm emocionado muitos e até a mim mesmo, pois, quando as escrevo me perco nas horas, certo dia me peguei ora rindo, ora chorando em cima do teclado e como num teatro tenho passado pelo drama, comédia, aventura, romance, terror e suspense. Vocês sabem disso, já me acompanham há anos no blog sem polêmica.
Sob o céu de Rurópolis tenho passado por várias transformações, sejam elas físicas, emocionais, estéticas e ideológicas, o que me faz me recriar a todo tempo e cada vez mais firme, sem perder a suavidade e a gentileza. É tão bom ser chique e para ser não é preciso ser rico, basta ser digno, fino, ético, justo consigo e com os outros.
Continuo sendo aquela pessoa de sorriso frouxo e apertos de mãos sinceros (digo sincero mesmo, repito e soletro s-i-n-c-e-r-o) e tenho encontrado pessoas assim para as quais faço questão de estender a mão e o coração.  
Os "maratonistas" Ronaldo e Raimundo Padre
É muito comum pessoas dizerem que possuem amigos contados nos dedos das mãos, antes eu pensava da mesma forma, contudo, me enganei, tenho amigos que são contados nos dedos das mãos, dos pés e nas cavidades do coração. Esta semana foi surpreendente, pois, mais uma vez resolvi me reinventar em razão da minha crise asmática, aos poucos, estou voltando com as caminhadas, trotes e corridas. Nossa como é bom, principalmente, quando a gente vai encontrando gente e vai encontrando gente e vai encontrando gente... e no meio dessa caminhada vamos trocando ideias, pensamentos, repartindo perdas e ganhos pessoais e profissionais. Como diz meu amigo estiloso Junior Melo: “O mundo não da voltas, ele capota”, achei isso fantástico.
Bom ter amigos. Fazer amizades é necessário, porém, o mais importante é cultivá-las e tratá-las para que estas não se percam e que os apertos de mãos sejam dignos, limpos, verdadeiros, transparentes e éticos. 
Sob o céu de Rurópolis eu encontrei tantas pessoas bacanas, especiais, legais, principalmente, em momentos difíceis, de provações, que fizeram até mudar um pouco, inclusive ajudando até curar meus TOCs.
(((No grupo do Whatszapp)))
- Meninas hoje eu vi o delegado de camisa vermelha.
Falou espantada Sirlane.
- Quem?
Euza Perguntou.
- O delegado.
Respondeu Sirlane.
- Onde?
Perguntou Lívia.
- Na rua.
Respondeu Sirlane.
- Não acredito.
Disse Euza.
Enquanto isso eu somente acompanhava em silêncio aquela euforia das meninas que alegram minhas manhãs na Academia Nikkey. Interessante, que esta semana Rozimar chegou toda de preto e disse a todos: “Hoje, estou de Sub-delegada”. Tive que parar o exercício de pernas (Malho pernas sim tá) para rir junto com elas daquele sarro, enquanto, Lívia registrava tudo.
Ronaldo - Carteiro e Pastor
Como falei resolvi me reinventar novamente. Gosto deste processo de recriação, principalmente, se achamos outros loucos tão lúcidos quanto nós que não tem vergonha de rir de si mesmos.
Esta semana, enquanto caminhava pela cidade, conversava em silêncio com Deus e perguntava sobre algumas dúvidas que habitavam meu coração, inclusive sobre a minha permanência nesta cidade, já que são 7 anos e, penso em voltar para casa, será um parto difícil para mim e muitos, pois tenho certeza que neste tempo, sob estes céus, procurei fazer sempre o melhor em prol do próximo.
De repente, no meio do caminho:
- Oi doutor.
Falou Ronaldo Pereira da Silva. Nosso querido carteiro.
- Tudo bom amigo?
- Tudo Abençoado.
Ronaldo, veloz igual como entrega as cartas
Ele respondeu.
Para tudo: Me sinto tão bem quando ele me cumprimenta assim. Muito chique mesmo, sincero. Elogio sempre acompanhado de um sorriso e um aperto de mão abençoado. Ronaldo é um verdadeiro Atleta, ele faz mais de 5 voltas correndo na área do aeroporto. E sem estar com roupa de trabalho quase eu não o reconheci (graças a minha  miopia de 6 graus) quando o vi de longe até lhe disse, vou escrever sobre isso nas minhas crônicas semanais. Você fica muito diferente. Ele riu e continuou a corrida.
- Doutor Ari, vamos acelerar os passos para melhorar os movimentos.
Falou Raimundo Padre.
- Olha ali Raimundo, um Arco-Íris.
Você sabe a história do Arco-íris?
Ele me perguntou.
- O que eu sei é sobre as fantásticas narrativas populares. Por exemplo, na outra ponta do Arco-íris há um pote de ouro e um duende; Que a sorte e a felicidade está no final do Arco-íris. Aliás, o simples fato de se contemplar o Arco-íris, já é um contato do homem com Deus. É a conexão entre criador e criatura.
Balançando a cabeça ele me disse:
- Doutor, esta lá na Bíblia, Gênesis que “Toda vez que o arco-íris estiver nas nuvens, olharei para ele e me lembra­rei da aliança eterna entre Deus e todos os seres vivos de todas as espécies que vivem na terra".    
Então, realmente eu estava certo, o Arco-Íris é a aliança entre Deus e o homem e fui ler a bíblica que me levou a história de Noé.
E depois que cheguei ao fim da minha leitura, eu tive a confirmação que não estava e nunca estarei só na minha caminhada, mesmo diante das tormentas e dilúvios, pois naquele dia, caminhando sob o céu de Rurópolis, Deus estava me ouvindo, ainda que em silêncio e em pensamento, tanto é que me deu sinais. Minto, Deus me deu sinais a semana inteira, como fui bobo. O que era visível tornou-se visível. Lembrei de minha mãe que sempre me diz: “Meu  filho, Fé é aquilo que não vemos, porém cremos. Não há oração sem resposta”.
E antes de encerrar, minhas meninas amadas que alegram minhas manhãs, Sirlane não estava mentindo, eu realmente estava vestido de vermelho sim, tanto é que naquele dia sob o céu de Rurópolis, bati uma foto com o escrivão Bibiano que estava de passagem na cidade, onde aqui também trabalhou. Ah, também esta semana vesti azul, tanto é que também tenho uma foto registrada sob o céu de Rurópolis, recebendo um forte abraço do delegado Nelson Nascimento que esteve aqui de passagem.
Mas, ainda tenho uma dúvida o que tem na outra ponta do arco-íris? Bem...sob o céu de Rurópolis deixo meu carinho a todos e para finalizar, transcrevo a passagem bíblica abaixo, bom fim de semana à todos:
Gênesis 9
Deus abençoou Noé e seus filhos, dizendo-lhes: "Sejam férteis, multipliquem-se e encham a terra.
Todos os animais da terra tremerão de medo diante de vocês: os animais selvagens, as aves do céu, as criaturas que se movem rente ao chão e os peixes do mar; eles estão entregues em suas mãos.
Tudo o que vive e se move lhes servirá de alimento. Assim como lhes dei os vegetais, agora lhes dou todas as coisas.
"Mas não comam carne com sangue, que é vida.
A todo que derramar sangue, tanto homem como animal, pedirei contas; a cada um pedirei contas da vida do seu próximo.
"Quem derramar sangue do homem, pelo homem seu sangue será derramado; porque à imagem de Deus foi o homem criado.
"Mas vocês, sejam férteis e multipliquem-se; espalhem-se pela terra e proliferem nela".
Então disse Deus a Noé e a seus filhos, que estavam com ele:
"Vou estabelecer a minha aliança com vocês e com os seus futuros descendentes,
e com todo ser vivo que está com vocês: as aves, os rebanhos domésticos e os animais selvagens, todos os que saíram da arca com vocês, todos os seres vivos da terra.
Estabeleço uma aliança com vocês: Nunca mais será ceifada nenhuma forma de vida pelas águas de um dilúvio; nunca mais haverá dilúvio para destruir a terra".
E Deus prosseguiu: "Este é o sinal da aliança que estou fazendo entre mim e vocês e com todos os seres vivos que estão com vocês, para todas as gerações futuras:
o meu arco que coloquei nas nuvens. Será o sinal da minha aliança com a terra.
Quando eu trouxer nuvens sobre a terra e nelas aparecer o arco-íris,
então me lembrarei da minha aliança com vocês e com os seres vivos de todas as espécies. Nunca mais as águas se tornarão um dilúvio para destruir toda forma de vida.
Toda vez que o arco-íris estiver nas nuvens, olharei para ele e me lembrarei da aliança eterna entre Deus e todos os seres vivos de todas as espécies que vivem na terra".
Concluindo, disse Deus a Noé: "Esse é o sinal da aliança que estabeleci entre mim e toda forma de vida que há sobre a terra".
Os filhos de Noé que saíram da arca foram Sem, Cam e Jafé. Cam é o pai de Canaã.
Esses foram os três filhos de Noé; a partir deles toda a terra foi povoada.
Noé, que era agricultor, foi o primeiro a plantar uma vinha.
Bebeu do vinho, embriagou-se e ficou nu dentro da sua tenda.
Cam, pai de Canaã, viu a nudez do pai e foi contar aos dois irmãos que estavam do lado de fora.
Mas Sem e Jafé pegaram a capa, levantaram-na sobre os ombros e, andando de costas para não verem a nudez do pai, cobriram-no.
Quando Noé acordou do efeito do vinho e descobriu o que seu filho caçula lhe havia feito,
disse: "Maldito seja Canaã! Escravo de escravos será para os seus irmãos".
Disse ainda: "Bendito seja o Senhor, o Deus de Sem! Seja Canaã seu escravo.
Amplie Deus o território de Jafé; habite ele nas tendas de Sem, e seja Canaã seu escravo".
Depois do Dilúvio Noé viveu trezentos e cinqüenta anos.
Viveu ao todo novecentos e cinqüenta anos e morreu.

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