sábado, 12 de janeiro de 2013

TESTEMUNHAS DA COMUNIDADE DO LAGO GRANDE E ARCO-IRIS, ZONA RURAL DA CIDADE DE PLACAS PRESTAM DEPOIMENTO EM LOCAL IMPROVISADO PELA POLÍCIA CIVIL DENTRO DE UM BAR NO MEIO DA TRANSAMAZÔNICA.

Dr. Ary Vital pegando depoimento de testemunha
em seu "escritório" improvisado
Nos dias 10 e 11/01/2013, policiais civis de Rurópolis, sob o comando do delegado Ariosnaldo da Silva Vital Filho realizaram uma exaustiva diligência policial em busca das testemunhas e do comerciante vítima de crime roubo, ocorrido no seu bar/residência, localizado na comunidade Lago Grande, Rodovia Transamazônica, zona rural da cidade de Placas, cuja autoria seria um adolescente. De acordo com o delegado de polícia civil, Doutor Ariosnaldo da Silva Vital Filho o fato ocorreu no dia 25/12/2012, e foi lavrado Auto de Apreensão em Flagrante de Ato infracional em desfavor do adolescente ALDAIR LIMA ALVES, 17 anos, residente no município de Rurópolis que se encontrava na casa de familiares na comunidade do KM 200 da Rodovia Transamazônica, próximo a vicinal do Poeirinha, há 30 Km do centro da cidade, por ter atirado contra o comerciante ERISVAN DA CONCEIÇÃO SOUSA, vulgo “PINTO” e ter lhe roubado certa soma em dinheiro.
Arma e munição encontrada com o menor
No dia do fato, a polícia militar efetuou a apreensão do menor apresentando-lhe na delegacia de polícia civil de Placas para as providências legais. Perante a autoridade policial, o adolescente negou que teria atirado na vítima, contudo, com ele os policiais encontraram 01(uma) espingarda Cal. 28, marca CBC, cor e papo em madeira, 04 munições e a quantia de R$553,00 (Quinhentos e cinquenta e três reais). A arma foi encaminhada ao Centro Científico de Perícias de Santarém para que seja examinada quanto a funcionalidade da mesma e se o disparo foi recente.
IPC Hércules chegando ao "escritório" improvisado
Já a vítima foi socorrida por populares e encaminhada para o município de Uruará, já que não recebeu atendimento no hospital de Placas por não ter sido encontrado médico no plantão, contudo, a polícia civil tomou conhecimento diretamente na administração do hospital de Uruará o comerciante recebeu curativos e logo foi liberado, uma vez que o tiro não o feriu gravemente. Faltava, então, nos autos do inquérito policial a oitiva da vítima e de testemunhas do fato que estavam espalhadas em duas comunidades da Transamazônica, as quais após horas de exaustivas diligências foram localizadas pelo delegado e pelo investigador Hércules dos Santos Araújo sendo de pronto intimadas e levadas a um espaço reservado improvisado num bar no meio da Transamazônica pela própria autoridade policial para que fossem ouvidas sobre o fato e exauridas todas as dúvidas do que aconteceu naquela madrugada de natal.
De acordo com o delegado de polícia civil, Doutor Ariosnaldo da Silva Vital Filho foram ouvidos os tios agricultores do adolescente senhores ALCIDES DE CARVALHO ALVES, ADILIO DE CARVALHO ALVES e o avô DOMINGOS ALVES, VULGO “NINô”, residentes na comunidade Arco-íris sobre a origem da arma e a autoria do crime. Eles foram unânimes em afirmar que ninguém teria dado qualquer arma de fogo para o adolescente, pois ele estava naquela comunidade passando as férias e que a espingarda foi trazida de Rurópolis e era comum ser utilizada para caça. Ainda, afirmaram que no dia do fato, após chegada da confraternização natalina ocorrida num comércio naquela comunidade, o adolescente teria saído de madrugada e somente no dia seguinte foram surpreendidos com a polícia militar na porta da casa efetuando a apreensão do parente.
Testemunhas informando o ocorrido

Também foram ouvidos, o vizinho que socorreu a vítima, senhor RAIMUNDO SANTANA DO NASCIMENTO, bem como a vítima ERISVAN DA CONCEIÇÃO SOUSA e sua esposa senhora ROSIMEIRE FERREIRA DOS SANTOS, os quais em depoimento afirmaram que no dia 25/12/2012, por voltar das 5h da manhã, encontravam-se dormindo na sua residência aonde funciona um bar, localizado na Comunidade Lagoa Grande, zona rural do município de Placas, e foram acordadas com uma luz de lanterna que vinha do teto do quarto focando em seus rostos e sob a mira de uma espingarda que portava um homem encapuzado, o qual pedia dinheiro. O casal reconheceu a voz do adolescente, pois o mesmo sempre estava pelo bar jogando bilhar e ele ao notar isto deve ter ficado nervoso e atirado no marido de Rosimeire. O tiro pegou no peito de Erisvan e nos dedos e ao tentar fugir o adolescente caiu em cima da cama do casal fugindo logo em seguida pela porta. Realizou-se com ajuda da vítima levantamento de local do crime e uma breve reconstituição dos fatos. O dinheiro apreendido foi entregue ao comerciante, inclusive o mesmo foi levado na viatura policial até a cidade de Placas e submetido a exame de corpo de delito até então não realizado.
Testemunhas informando o ocorrido

Doutor Ariosnaldo afirmou que se trata de crime de roubo previsto na legislação penal vigente e que o procedimento policial instaurado observa as disposições do Estatuto da Criança e do Adolescente, sendo que as peças do auto de apreensão em flagrante de ato infracional já foram protocoladas no fórum da cidade de Uruará para apreciação da Autoridade Judicial daquela comarca. Também, que com os depoimentos colhidos o procedimento policial já pode ser seguramente concluído com pedido de internação do adolescente. A população daquelas comunidades agradeceu a presença da policia civil e a iniciativa do delegado de Rurópolis em proceder a oitiva ali, pois são colonos com poucos recursos financeiros para custearem transportes até delegacia de polícia, o que levaria a perda de um dia de trabalho e comprometeria o orçamento e sustento familiar.
 
“Parabenizo a equipe de policiais civis de Rurópolis pelo companheirismo e determinação nos trabalhos de polícia judiciária realizados. Cada caso é um caso e este necessitou de um esforço maior para conduzir e resolvê-lo, além de boa vontade, intuição aguçada, improviso e criatividade para elucidação do crime” Finalizou o delegado Ariosnaldo.
Informações e fotografias: POLICIA CIVIL
 

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