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O amigo Betã Ferraz e Ary Vital |
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Recebendo o troféu da Revista Negócios & Destaque |
Gosto de finais, eles são
tão importantes para as continuações, para reinícios, para recriações. Então,
chegamos mais um final de ano, momento em que colocamos as mãos, seja de forma
voluntária ou involuntária, em nossas cabeças e corações e acabamos nos transportamos
para um Tribunal do Júri, criados por nós mesmos, onde o julgador será o nosso
próprio “eu”. Momento em que, seremos condenados ou absolvidos por nossos atos.
Quesitos serão indagados. Fui um bom filho (a)? Bom pai (mãe)? Amigo (a)? Bom
vizinho (a)? Um bom profissional? Um bom cidadão(ã)? Ou acima
de tudo um bom ser
- humano? Quantas pessoas passaram pela minha vida? E o que elas deixaram? Por
quantas vidas de pessoas eu passei ou simplesmente eu esbarrei? E o que eu
deixei? Quanto tempo eu tive para elas? E para mim? O que eu fiz de bom, desta
vez consegui tirar as pratas da casa e a melhor taça para tomar um vinho comigo
mesmo, ou simplesmente fiquei esperando a visita chegar? Este ano me apeguei
mais ao
dinheiro ou a meus sonhos? Amei mais coisas ou pessoas? E o pôr-do-sol
quantas vezes pude parar para senti-lo? E a lua para contemplá-la, entorpecido
com a sensação de que um dia o amor verdadeiro apareceria num cavalo branco ou
que a bela adormecida estaria, em algum do lugar, esperando para ser acordada
com um beijo de felizes para sempre? Quantos “Eu te amo” falei? E quantos
escutei? Quantas injúrias proferimos contra o próximo violentamente e,
principalmente, contra nós mesmos nos julgando inferiores e incapazes? Será que
conseguiremos sair ilesos desse tribunal? Teremos outras chances para nos
redimir? Claro, enquanto houver vida, boa vontade e fé em Deus. Tudo é
possível, teremos um ano novo para fazer tudo novo de novo, basta dar a volta
por cima ou por baixo, não interessa, basta dar a volta com fé e esperança
acreditando-se em renovações e estas devem começar dentro de nós no Coração é o
que nos resta!
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Recebendo prêmio na Academia Brasileira de Letras |
Amigos, gosto de finais,
eles são tão importantes para as continuações e/ou recomeços de histórias.
Lembro-me de uma situação difícil de minha vida, onde havia crise financeira e
familiar. Foram-se tudo até os “amigos” e na minha mesa havia apenas um papel e
uma caneta, nem computador mais havia; dali nasceu meu primeiro livro que
chamou atenção da mídia, depois vieram os convites, trabalhos exaustivos e aí
sim pessoas com quem tive afinidade até encontrar o meu lugar e reconhecer meus
pares. Daquela época ficou somente quem deveria ficar, nada de quantidade e sim
qualidade. O final foi tão importante para um reinício. Nas conversas com meu amigo
Betã Ferraz no facebook, ele teria me marcado num post como anti-social.
Estranhei e perguntei por que ele teria me marcado com aquela característica.
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À espera do prêmio |
Ele me disse que teria feito apenas para eu ler. E eu lhe falei: “Ah tá pensei
que estivesse me chamando de anti-social, como tu descobriu isso só agora?”.
Betã caiu na gargalhada e disse: “Pô meu Brother, tu não é anti-social, pelo
contrário, você transita por qualquer ambiente e se relaciona com qualquer
pessoa, independente se é rico, pobre, preto, branco, amarelo, homem, mulher,
novo, velho, o que acontece é que você é Seletivo para que essas pessoas com
quem você se relaciona entrem de vez na sua vida, sacou?”. Foi o melhor
presente que o louco do Betã me deu nestes últimos dias do ano, pois, eu realmente
acreditava que era mesmo anti-social, quando na verdade meu estilo de vida está
muito mais ligado à seleção. E para minha vida seleciono pessoas de corações
leais, humanos, sinceros, capazes de se reinventar quantas vezes forem
necessárias para enfrentar os obstáculos da vida. Foram tantas que tive a honra
de conhecer nesta cidade de Rurópolis, nesta região, em Belém que ainda estão
na minha vida.
E aí pensou qual foi a sua
sentença dada para ser cumprida em 2016? Eu te falo a minha: “Bora ser feliz”,
é o que me resta!
Para finalizar registro a
letra de uma música de Frejat chamada de “Amor para recomeçar” e que ela seja
inspiração para muitos, assim como é para mim, quando me pego diante de finais,
fiquem com Deus, um abraço carinhoso e até ano que vem.
“Eu te desejo não parar tão
cedo
Pois toda idade tem prazer e
medo
E com os que erram feio e
bastante
Que você consiga ser
tolerante
Quando você ficar triste
Que seja por um dia, e não o
ano inteiro
E que você descubra que rir
é bom,
mas que rir de tudo é
desespero
Desejo que você tenha a quem
amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor pra
recomeçar
Pra recomeçar
Eu te desejo, muitos amigos
Mas que em um você possa
confiar
E que tenha até inimigos
Pra você não deixar de
duvidar
Quando você ficar triste
Que seja por um dia, e não o
ano inteiro
E que você descubra que rir
é bom,
mas que rir de tudo é
desespero
Desejo que você tenha quem
amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor pra
recomeçar
Pra recomeçar
Eu desejo que você ganhe
dinheiro
Pois é preciso viver também
E que você diga a ele, pelo
menos uma vez,
Quem é mesmo o dono de quem
Desejo que você tenha a quem
amar
E quando estiver bem cansado
Ainda, exista amor pra
recomeçar
Pra recomeçar
Pra recomeçar”.
E finalizando:
Entre o real e o imaginário,
entre a verdade e a fantasia aqui contada, o que nem eu já sei mais, encerro a
crônica da semana. Um beijo a todos fique com Deus e até ano que vem. Ariosnaldo da Silva Vital Filho.