sábado, 31 de dezembro de 2016

CRÔNICA DA SEMANA: A FITA VERMELHA

Esse ano de 2016 foi intenso e cheio de reviravoltas. Pelo menos para mim foi assim. Ora comédia, ora drama, ora aventura, ora romance, ora terror, ora suspense e muito mistério, mas estes não duram para sempre. Aliás, nada é para sempre. E de repente, quando vi se foram 365 dias, ufa! Sempre falei a todos que gosto de finais, eles são tão importantes. Quem diria que no final da trama aquele nobre plebeu deixou a caverna do dragão e foi parar num castelo!? É...são as reviravoltas da vida, e haja paciência, haja coração ou aja coração (assim mesmo no imperativo).
Certa vez, ouvi dizer que as reviravoltas servem para nos sacudir e nos fazer acordar, mostrar para gente que merece mais, muito mais, mais e mais. Quer saber? No final tudo valeu a pena. Há um ditado Chinês que diz que a vida é um jogo de xadrez, e quando esse jogo termina o peão e o rei vão para a mesma caixa. Legal né! Por isso gosto de finais. E gosto daqueles tão clichês, bobos, leves, cheio de abraços, beijos e comunhão, isso demonstra que a história foi bem contada.
Tudo que é seu, de uma forma ou de outra, acha uma maneira de te encontrar. Há quase dez anos meu mundo foi chacoalhado e de repente me vi num avião partindo para uma cidade que não conhecia.
Assustado em vim assim mesmo e encontrei tanta gente boa, tanta gente bacana, de tantos risos, de tantos abraços, palavras e afagos que isso fez a minha estadia aqui mais leve, me deu forças para suportar a saudade de casa, a ausência dos abraços de meus pais, as conversas sem sentido e despretensiosas com meu irmão, primos, amigos, o humor ácido de minha avó de 89 anos e o cheiro de meu antigo quarto.
E fazendo uma retrospectiva, o meu amor pela cidade de Rurópolis e vice-versa continua o mesmo, intacto, renovado como um presente de fim de ano deixado na porta com um laço vermelho e um bilhete dizendo: “Te amo”. Eu pude sentir tudo isso de novo nesses últimos três dias com cada abraço e sorriso recebido das pessoas que visitaram a UIPP e aqui deixaram comigo o seu melhor.
 E é isso que Rurópolis precisa que deixemos nosso melhor, nosso melhor sorriso, nosso melhor aperto de mão, nossa melhor versão, nosso amor para com o próximo. Que, em 2017, possamos mais ouvir e enxergar o próximo, e sermos mais tolerantes com as diferenças.
Recebam os próximos 365 dias de 2017 como um presente de Deus com uma fita vermelha e tudo. Como eu gosto de ganhar presente com fitas vermelhas então... Na antiguidade, as fitas vermelhas possuíam um significado de proteção, onde as forças negativas não se aproximavam do objeto ali embalado. Eu estava me lembrando disso num dia desses quando assistia a abertura de uma novela da globo em que uma fita vermelha se entrelaça entre cenários naturais, fato
este que foi inspirado em uma lenda chinesa que diz que duas pessoas predestinadas a ficarem juntas para toda a vida são ligadas por uma fita vermelha invisível e fatalmente irão se encontrar no futuro, por mais que se afastem.
Pois é, que 2017 venha embrulhado num belo papel de presente com uma gigantesca fita vermelha e que todos os nossos próximos 365 dias sejam abençoados, cheio de fartura, menos violência, prosperidade, amor ao próximo e a vida.

Entre o real e o imaginário, a verdade e a fantasia, presentes com fitas vermelhas, encerro a última crônica do ano e desejo um ano novo, próspero, robusto de alegrias a todos nós, fiquem com Deus. Ary Vital Filho.













































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