quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

CHICO CABELUDO, PRINCIPAL ENVOLVIDO NA MORTE DE AKÁZ SE APRESENTA A POLICIA E NEGA AUTORIA DO CRIME.

Na noite de terça-feira – 28/02/12, o nacional conhecido por “Chico Cabeludo”, apresentou-se na delegacia de Policia Civil, acompanhado do defensor público Doutor Plinio Tsuji, quando prestou depoimento ao delegado Ariosnaldo da Silva. Foram mais de duas horas de depoimento, onde Chico foi indagado de seu envolvimento na morte de Akáz Pereira Ferreira, executado na noite de terça-feira de Carnaval na antiga quadra do AAR. Segundo o Doutor Ariosnaldo, Chico Cabeludo negou ter participado do assassinato de Akáz, mas disse estar presente no momento de sua execução.
Após ser ouvido pela Policia Chico conversou com a nossa reportagem;
PAULINO MAGNO: CHICO, BASICAMENTE O QUE O DELEGADO QUIS SABER EM SEU DEPOIMENTO?
CHICO CABELUDO: Bom meu caro Paulino, estou aqui para esclarecer, “pra” contar a verdade “pra” vocês. Muita gente me conhece, não sou um cara querido por todos, por que a gente não é perfeito. Todos nós temos os nossos defeitos, mas quero dizer a vocês, todos meus amigos, taxistas, moto-taxistas, vocês me conhecem, sabem como a pessoa do Chico taxista é. Então o meu envolvimento na morte do Akáz, eu sai da minha casa fui até a casa dele sim, cheguei a casa dele lá, não tinha muito costume de ir a casa dele, mas sempre ia à casa da mãe dele. Sempre de vez  enquanto ia na casa da dona Deusa (mãe de Akáz), que eu a tinha como uma pessoa minha, como uma irmã, uma amiga, a família dele inteira, que eu tinha muito respeito muita consideração, que eu não era amigo da família. Eu sou amigo da família, e creio que a dona Deusa não vai acreditar que fui eu que matei o filho dela.
PAULINO MAGNO: COMO VOCÊ CONHECEU A DONA DEUSA E SEU FILHO AKÁZ?
CHICO CABELUDO: Eu conheci a Deusa por que ela era uma pessoa sofrida e o marido dela também era. Inclusive teve que amputar uma perna e sempre a gente ficava com dó dela e dos meninos. Eles sofreram muito, sempre que podia ajudava a família, ajudava a comprar um saco de carvão, uns cadernos pros meninos como fiz recentemente e sempre ajudando a dona Deusa.
PAULINO MAGNO: VOCÊ SAIU JUNTO COM AKÁZ DA CASA DELE?
CHICO CABELUDO: Com certeza, nós saímos juntos caminhando todos dois emparelhados, ai viemos pela rua do ser Cornélio, ai chegamos na pista onde tem asfalto. Ficamos um pouco, nesse momento passou o Silas da Burburé e mais dois rapazes, até que eles ainda falaram comigo. Foi quando o Akáz recebeu uma ligação de um rapaz procurando onde é que ele estava, ele (akáz) falou que estava saindo na pista junto do AAR, eles disseram pra AKás que estavam chegando e que o esperassem no  local, ai eu fiquei um pouco lá mais ele, Ele (Akás) conversando de vez enquanto com as pessoas no telefone.
PAULINO MAGNO: VOCÊ SABE COM QUEM ELE (AKÁS) FALAVA?
CHICO CABELUDO: Não, não conheço o rapaz. Então nós ficamos um instante ali, e ele me convidou pra ir lá pra dentro da quadra do AAR, ir dá um tempo lá, que ele queria esperar esse pessoal pra eles irem pra festa. Me convidou também pra ir, mas eu disse que não, eu não vou pra festa, que eu não sou mais... Eu não gosto de festa, eu vou pra casa, eu tenho que viajar esses dois dias, estou aqui por que tenho que renovar a minha carteira de motorista e quero ir pra casa, ai nessa hora ele chegou e pediu meu celular emprestado dizendo que ia passar uma mensagem. Eu disse que meu celular não tinha crédito, mas ele insistiu e acabou pegando o celular, e foi pra quadra e eu fiquei um pouco do lado de fora, logo depois pedi o meu celular, e ele pediu calma e eu fiquei esperando ele lá, foi quando ele disse que ia entrar na quadra pra “defecar”. Disse que tinha jantado e estava com a barriga bastante cheia, e pediu pra eu continuar esperando, que ele ia tentar passar a mensagem pra lá, não sei pra quem, eu sei que o celular tocou de novo e procuraram pra ele assim: onde é que tu ta? Tô aqui na quadrinha do AAR. Foi no momento que eu entrei na quadra do AAR, ele me chamou... Vem aqui Chico, ai eu fui lá onde ele estava. Cheguei lá ele estava de cócoras, tava agachado, eu disse quê que é?  Me dá meu celular! Que já vou embora, se tu vai ficar ai, teus colegas vêm, mas eu já vou embora, vou arrumar minhas coisas que tenho que viajar. Não! Espera mais um pouco, foi  no momento que se aproximou a moto, uma moto barulhenta, moto preta, ai entrou e veio em nossa direção, quando se aproximaram que viram ele, já foram logo xingando ele e efetuando os disparos na cabeça do Akás. Mandaram eu me virar pra traz pra eu não olhar, disse “filha da puta tu não olha! Se tu olhar vou ti lascar agora” ai eu virei às costas, foi quando eu escutei os dois disparos, eles me empurraram e eu cai, machuquei o braço (Chico mostra o braço) e sai correndo, meu dever era correr, sai correndo, pulei as duas cercas uma de madeira, varei a cerca de arame, desesperado sem saber o que fazer e fiquei com medo, eles dizendo pra mim “não olha pra trás”  ai eu sai correndo, querendo um socorro pra mim, pra me acudir. Não fui atrás de policia, não fui atrás de ninguém, fiquei com medo dos assassinos virem na minha casa, chegarem lá e me matarem, eles disseram que iam, se eu procurasse a policia.
PAULINO MAGNO: VOCÊ ACHA QUE OS ASSASSINOS TE CONHECEM?
CHICO CABELUDO: Eu não tenho certeza, mas acho que sim, por que eu fiquei muito perto deles, e pensei que iam me acabar também, mas graças a Deus eles não me fizeram nada.
PAULINO MAGNO: A QUE HORAS TUDO ACONTECEU?
CHICO CABELUDO: Era mais ou menos umas dez e meia ou onze horas, não tenho bem certeza do horário, mas não era tão tarde da noite.
PAULINO MAGNO: QUANTOS DISPAROS FORAM?
CHICO CABELUDO: Foram dois disparos, um seguido do outro. Ele não falou nada, não disse nada, se eu pudesse teria livrado o Akáz, não teria deixado ninguém assassinar o Akáz, por que ele era meu amigo, eu não tenho nada contra ele, apenas eu considerava ele como um filho, como um amigo, com um irmão. Tai a mãe dele de provas que ela sabe dessa consideração que tenho por ele e respeito à mãe dele também e sei que ela me considera também.
PAULINO MAGNO: QUE TIPO DE ARMA OS ASSASSINOS USARAM?
CHICO CABELUDO: Só sei que a arma era curta, não era uma arma meio longa, mas não observei que jeito era a arma, por que tava escuro e logo que eles chegaram mandaram eu virar de costas.
PAULINO MAGNO: VOCÊ SABE QUE ASSUNTOS ELES TRATAVAM NO TELEFONE?
CHICO CABELUDO: Não, não sei qual era o assunto, só sei que eles queriam saber onde era que o Akáz estava, e ele falava que tava na quadra do AAR, ta  acompanhado? To com um colega respondeu Akáz ao telefone. Pois aguarda que estamos chegando. Foi quando chegou a moto com duas pessoa e fizeram essa execução com Akáz, e que não pôde  dar jeito.         
PAULINO MAGNO: EM ALGUM MOMENTO VOCÊ OUVIU O AKÁZ FALAR O NOME DE ALGUEM?
CHICO CABELUDO: Não, em nenhum momento ouvi ele falar  nome de ninguém.
PAULINO MAGNO: O AKÁZ REAGIU, TEVE TEMPO DE REAGIR AOS AGRESSORES?
CHICO CABELUDO: Não, não teve tempo de reagir nada, eles foram chegando e logo xingando, filha da puta eu disse que a hora que eu ti pegasse tu ia ti lascar, tu sabe, tu nunca mais sacaneia com ninguém, desgraçado, miserável, e mandando eu não olhar.
PAULINO MAGNO:FOI O MOMENTO QUE VOCÊ CORREU E PERDEU AS SANDALIAS E O RELOGIO?
CHICO CABELUDO: Logicamente, foi isso que aconteceu, meu relógio caiu do braço minha sandália caiu que eu pulei duas cercar uma de madeira e outra de arame, o          que eu queria era correr, eu tava com medo.
PAULINO MAGNO: VOCÊ TEM MEDO QUE ESSAS PESSOAS VENHAM ATRÁS DE VOCÊ?
CHICO CABELUDO: Tenho medo, foi o que eles me prometeram, se eu fosse avisar a policia, eles iriam atrás de mim.
PAULINO MAGNO: CHICO, EXISTE UM DEPOIMENTO DA NAMORADA DE AKÁZ, QUE DIZ QUE VOCÊ TINHA UM RELACIONAMENTO AMOROSO COM ELE, É VERDADE?
CHICO CABELUDO: Não é verdade, se ela fala essas coisas é porque quer me acusar, ela não sabe, ele nunca viu, eu não conheço essa pessoa, só sei que o nome dela é Rosana, mas não sei quem é ela, eu queria conhecê-la, pra ela me falar, falar na minha frente, o Akáz era um filho pra mim. Ela não pode falar isso, ela não tem certeza, eu nunca mantive relação sexual com Akáz, estou pronto pra qualquer exame, nunca fiz sexo com Akáz, e estou pronto pra fazer exame a qualquer hora.          
Na continuação de nossa conversa com Chico Cabeludo, ele disse que esta com bastante medo e que sempre esteve aqui em Rurópolis na casa de parentes, que não se apresentou antes, por que tinha medo de represálias, que nunca possuiu arma de fogo, e que sempre ajudou Akáz, quando o mesmo fazia algum serviço, e que tem certeza que os assassinos serão encontrados pela policia e que nunca teve desentendimento com o Akás e com  a família do mesmo.


Reportagem: Paulino Magno

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